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Ferramentas narcísicas: Hoovering

Atualizado dia 9/16/2023 1:12:18 AM em Psicologia
por Andrea Pavlo


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Eu estava decidida. Aquela seria a última vez que eu daria uma chance para ele. Ele tinha me humilhado, desaparecido, terminado comigo depois de eu ter ligado mais de 13 vezes no celular dele. Eu estava mal, doente, deprimida. Fiquei dias sem comer direito ou querer sair da cama. Ou então comia tudo o que via pela frente. Dois meses depois, descobri uma diverticulite, precisei de medicamentos fortes e quase fui internada – se não fosse o auge da pandemia. Passei mais de seis meses me recuperando daquele término, sozinha, e enchendo a cabeça das minhas amigas tentando entender o que tinha acontecido.
Mas o tempo passou e a raiva também. Um dia recebi uma mensagem dele, dizendo que queria saber se eu ainda tinha uma blusa que ele deixou na minha casa. Começou uma conversa. Eu estava bem, tinha me curado e perdido 10 quilos. Ia para academia todos os dias e ele voltou a curtir coisas no meu Instagram.
Fiquei feliz. Será que tinha sido tudo um grande mal-entendido? Será que eu tinha errado tanto com ele? A lista dos meus supostos erros crescia na minha cabeça conforme eu conversava com ele e os deles diminuíam. Eu não sabia, mas ele estava me puxando de volta ao inferno.
O hoovering vem da marca de um aspirador de pó americano, e virou o termo para o movimento de sugar a vítima para dentro do relacionamento abusivo novamente. Depois do descarte, vem um período de abandono total. A pessoa desaparece sem deixar vestígios. Todas as maneiras de você conseguir entrar em contato são cortadas, com bloqueios e afastamentos. Mas o agressor continua de olho na vítima de longe, e hoje isso é mais fácil com as redes sociais. Quando ele ou ela percebe que o outro está bem e recuperado, ataca novamente.
Pede desculpas, diz que vai mudar, que vai para a terapia. Ele até pode ir para terapia para provar a sua boa vontade. Quanto mais você disser que não, mas manter a conversa ativa, mais esforço ele vai fazer. Até que você, carente e trazendo os sentimentos todos de volta, acaba cedendo e o ciclo recomeça: love bombing, desvalorização e descarte.
Em um dos meus relacionamentos eu cumpri, amargamente, esse ciclo 8 vezes. No último foram 6. Mas até os antigos ainda tentavam, até serem todos bloqueados. Não adianta tentar manter a amizade ou achar que é só ficar firme. A verdade é que você – como uma empata ou carente – jamais terá forças para superar os mecanismos de manipulação sórdidos dos narcisistas. Eles mudam a tática, conforme percebem alguma mudança sua. Mas no final, você foi sugada e terá que pagar o preço de recomeçar o ciclo narcísico. Proteja-se e contato zero.
Texto Revisado





 

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Conteúdo desenvolvido por: Andrea Pavlo   
Psicoterapeuta, taróloga e numeróloga, comecei minhas explorações sobre espiritualidade e autoconhecimento aos 11 anos. Estudei psicologia, publicidade, artes, coaching e várias outras áreas que passam pelo desenvolvimento humano, usando várias técnicas para ajudar as mulheres a se amarem e alcançarem uma vida de deusa.
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