Gente
Atualizado dia 3/26/2012 11:43:43 AM em Psicologiapor Milene DArc Lima
As duas iam olhar uma terrinha de Mariinha.
Que delícia que foi o trajeto da cidade grande para o interior, a conversa fluía, parecia melodia, o tempo passou rapidinho e as duas chegaram ao seu destino. Deram uma paradinha para pegar o novo namorado de Mariinha, homem bacana tranqüilo, queridinho da mamãe, mas muito companheiro de Mariinha.
Ah, para vocês conhecerem um pouco de Mariinha: moça falante que adora viver, muito séria no seu afazer, gosta de gente, e estudar, adora uma estrada pegar.
Pois bem, depois de agregar o Pedrão ao grupo lá se foram todos para a nova aventura.
Chegaram à terrinha de Mariinha; essa moça vive meio com a cabeça no céu, liga uma coisa na outra, tira aprendizado de tudo, aplica todos e uns dão certo e outros não, mas ela não desiste não, tenta arrumar sempre e uma outra solução, e não é que arruma e a vida vai assim caminhando entre os tormentos e as delícias, mas sempre caminha. É só pedir e fazer, que ela sempre caminha.
Com a sua cabeça lá no céu, fazendo conexões sinápticas, Mariinha ouvia atentamente sua amiga Doutora falar sobre o terreno, que lá embaixo que era mais alagadiços, que não dava para construir coisas ali pois ela iria cavar, cavar e só água brotaria. Muito tempo, dinheiro e esforços gastariam para firmar o terreno e corria o risco de não fixar; outra parte era para fazer contenção para evitar rachaduras e desmoronamento; a outra parte era para ir fazendo um desnível SUAVE, LEVE, pois reto demais corre o risco de ir cedendo; Ah! Ia ter que ter cuidado com o terreno do vizinho para não danificar nada, ia ter que fazer uma espécie de rampinha, e o mais importante: tudo, tudo, tudo ia ter que ser bem compactado, muito bem compactando... mas que depois de tudo isso feito com tranqüilidade e planejamento, Mariinha iria ter uma linda casa de campo, uma terrinha com sabor de infância...
Mais o mais divertido era o que se passava na cabeça de Mariinha á medida que sua amiga Doutora, a qual ela tinha extrema admiração e carinho, falava Mariinha associava:
..."Pois bem, gente é que nem terra, natureza viva, tem hora que o corpo fala, mas ele às vezes não diz pela boca, diz por seus órgãos, pele, musculatura, osso, face. Quantas vezes gente insiste em cavucar relacionamento, uma história, uma dor e fica ali com tanto esforço vivenciando algo que não tem firmeza e só sai água, não dá terreno fértil. Ao invés de saber que ali é terreno alagadiço e fazer uma linda reserva para as borboletas virem...
Outros modelitos já pensam em planejamento, fazem, erram, refazem, e não desistem com as intempéries da vida. Muito pelo contrário, criam um muro de proteção, mas não desistem de uma boa e leve ação.
Têm outros que já vão descendo morro abaixo no afã de se livrar daquela ou de uma situação. Epa, epa cuidado com a inclinação, e com a aceleração, pois às vezes não tem freio que segure tanta empolgação. Tem que ir com mais leveza, diminuir a velocidade, curtir a paisagem, o importante é fazer na hora, e não a velocidade. O importante é ter sempre uma ação dentro de uma realidade.
Tem modelitos que fazem e deixam a coisa solta, acreditam que não precisam validar em seu coração a leveza e uma boa ação para si mesmo. Daí muitas vezes procura no outro a benção de uma realização, mas como ele mesmo pode se dar? É só compactar a sua ação na alegria do seu ser ativo dentro do seu coração, no dia-a-dia..."
E assim vai a cabeça de Mariinha que até em natureza vê a vida de gente, vê na natureza solução para leveza dessa gentaiada, gente que ela gosta, gente que ela vai gostar, gente que ela cuida, gente que vai até ela...
SIMPLESMENTE GENTE!
Ah, muito grata ela ficou com sua amiga pelo dia delicioso pelas possibilidades de ir com a cabeça no céu e voltar para a terrinha compactando idéias para poder disseminar no seu dia a dia, além é claro de poder arrumar com um bom planejamento a sua terrinha. Feliz da vida estava com seu namorado que ao seu lado estava, o Pedrão, lembram?
E a volta para cidade grande mais divertida se deu, pois o inesperado aconteceu, como tudo na vida, né, gente? Não podia falta o fator surpresa... rsrsrrsrs.
O farol do caro queimou, e já noite se fazia. Então, de táxi elas voltaram e para segurança de todos, para não colocar farol alto no rosto de quem ela não conhecia e ofuscar a visão destes, mais uma vez uma delícia de trajeto se fez, pois o papo foi divertido, o motorista Mariinha já conhecia tranqüilo e de boa índole o era. A noite começou estrelada e perto da cidade grande uma chuvarada ameaçava, mas como a alegria ali dentro reinava só ficou na ameaça a chuvarada.
Assim é, a vida sempre nos surpreende e ela pode ser leve ou pesada depende da GENTE.
SIMPLESMENTE DA GENTE!
Namastê...
Texto revisado
Avaliação: 5 | Votos: 4
Trabalho com com psicoterapia infantil, de adolescentes, adultos, casais e constelação familiar. Através de várias técnicas entre elas a hipnose, a acupuntura, constelação familar, EMDR, entre outras, trabalho de forma única com cada paciente, ou seja, é um terapia feita sob medida. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |