IDENTIDADE PERDIDA




Autor Verônica Dutenkefer
Assunto PsicologiaAtualizado em 6/13/2013 7:30:05 PM
Olhava aquele rosto já tão transformado pelo tempo
Mas descobriu que ainda era desconhecido
O brilho que continha o olhar.
Pois seu coração
Antes mesmo de nascer
Já conheceu a dor do abandono.
E em seu caminho
Desesperadamente mendigava
Pela aceitação e pelo amor
Em inalcançáveis corações
Tão perdidos quanto os dela.
Desesperadamente buscava
O significado de sua vida
E um dia então
Chegou o cansaço acumulado de tantas lutas
Desistência muda, aquela que é a mais perigosa.
Tão perigosa que nem se percebe
E nessa escuridão e peso
Ela aceitou uma mão e um olhar atento
E com ternura
Como não poderia deixar de ser
Ela descobriu a verdade
Das águas que ela sempre conteve
E onde ela havia pensado que já havia a cura
E onde ela acreditava já ter alcançado o perdão
Descobriu que era apenas o medo
Mascarado de bondade.
E naquele corpo agora tão dolorido
Pelas marcas que a emoção imprimiu
O grito de alerta da alma!
Um grito que desde muito cedo surgiu
Daquela dor que na imensidão de sua presença
Já nem era mais notada.
Aquela dor que se mascarou e nomeou outras dores menores
Mais fáceis de serem contempladas e admitidas.
E agora mais uma vez
O grito dessa alma aumentou tanto
Que a descoberta triste se deu
E agora?
Como curar aquilo que nos faz tão perdidos?
E de repente
Aquela luz desconhecida do olhar
Acendeu uma pequena chama
Que começa aquecer o coração
E como toda a chama
Um pedaço de luz maior !
E é essa luz
Que agora tem de ser desvendada
Para que o mistério da identidade
Possa começar a ser revelado
Ao menos para mim.
Verônica Dutenkefer
13/06/2013









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