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Lugar depois da morte

Atualizado dia 7/25/2010 7:54:49 PM em Psicologia
por João Carvalho Neto


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Desde os primórdios da vida humana que nos preocupamos sobre a vida após a morte e sobre como ficamos ou não ficamos nesse futuro misterioso. Por isso mesmo, o homem iniciou sua vida religiosa criando cultos e rituais na tentativa de “agradar” às forças superiores para que lhe garantissem uma situação satisfatória.
Em nome dessa solução, nos rituais mais primitivos enterravam-se os mortos com seus pertences, suas riquezas, para que não lhes faltasse nada no além túmulo. Ainda hoje se acendem velas nos velórios para iluminar os caminhos, mandam-se rezar missas sem que nem se compareça a elas, tudo na tentativa de garantir ao ente querido – e talvez à própria consciência de quem ficou, às vezes culpada pelo que tinha que ter feito enquanto vivos e não fez – a imunidade às tormentas do inferno.
Ao longo dos incontáveis séculos que nos separam desse primitivismo, muitos de nós temos evoluído para uma percepção mais espiritualizada da vida e menos submissa aos medos que se originam, na verdade, de uma sensação de culpa de que não se viveu como deveria, de que cometeu-se “pecados” e não se adorou aos poderes superiores como sugerem as religiões.
Os conceitos das diversas filosofias que abordam mais profundamente a vida após a morte têm se tornado mais populares, paralelamente à constatação por diversos ramos da ciência de fortes evidências sobre a continuidade da individualidade mesmo com a cessação da vida física.

Pesquisadores sobre experiências de quase morte (as chamadas EQM), sobre a terapia de vidas passadas, sobre a mediunidade, sobre a psicologia transpessoal iniciaram movimentos que passaram a chamar a atenção da humanidade para novas compreensões sobre o assunto.
Alguns conceitos já podem ser tomados como definitivos, principalmente em decorrência das informações obtidas através da experiência com pacientes durante estados regressivos, onde revêem a morte em vidas anteriores e seus estados pós-morte.
O primeiro é que realmente a vida continua após a morte, com a preservação da individualidade em toda a sua amplitude, com suas memórias, seus conhecimentos, seus sentimentos e relacionamentos afetivos.

Nós realmente passamos a viver em uma outra realidade, que é tão concreta para aqueles que lá se encontram como esta aqui da Terra é para nós, isto pelo fato de que a tangibilidade se dá pela mesma condensação dos corpos que se tocam. O espírito pode ser composto de uma energia sutil, mas a matéria que forma a sua realidade também o é, e logo ele irá tocá-la como sólida.
Estados definitivos, como inferno ou paraíso, não existem. A lei do progresso é uma realidade imanente a toda a criação; basta olhar ao redor e ao longo do tempo e iremos percebê-la. Por isso, os espíritos não ficam estáticos sobre sentenças estabelecidas após a morte, mas continuam evoluindo, aprendendo, se libertando de suas limitações, reconstruindo a si mesmos e à realidade ao seu redor, sempre na direção de condições mais felizes de vida. E isso nos remete à inevitável necessidade da reencarnação, como estágios de evolução na escola da vida planetária.
Mas, certamente, o que todos querem saber é se ficaremos bem ou sofrendo quando a nossa vida atual terminar. Uma coisa é garantida: a morte não muda nada em nossa vida mental e sentimental; apenas retira um corpo que deixa de ser necessário, mas continuamos como somos, com nossas dificuldades, angústias e transtornos emocionais por resolver.

Isso significa que a forma como nos sentimos antes será exatamente como nos sentiremos depois da morte. Talvez até um pouco mais intensamente, pois o corpo material é menos sensível às influências emocionais internas do que o corpo espiritual. O corpo do espírito expressa com mais transparência os estados emocionais da mente. Se o espírito está feliz, seu corpo reflete luz, se ele está depressivo, reflete sombra.
Dessa forma, vamos nos encontrar na vida após a morte da mesma forma como a deixamos aqui na Terra, com nossos desejos, nossos vícios, nossas angústias e dores, até que elas sejam resolvidas. Os depressivos vão continuar depressivos, os invejosos da mesma forma, os que sentem ódio não vão perdê-lo, e os que estão em paz e felizes também permanecerão em paz e felizes. Isto porque a resolução dos problemas que nos afligem é uma questão pessoal de conquista nossa, aqui ou no além túmulo.

Portanto, cuidado! Não deixe de cuidar da sua saúde espiritual (psíquica, emocional, social) agora, neste exato momento, reavaliando seus conceitos de vida e seus sentimentos, para que a morte não te pegue de surpresa e te coloque frente à frente com tudo aquilo que você quis negar enquanto estava por aqui, você mesmo tal como é. Porque não nos libertaremos de lá até que nossa consciência esteja em paz.

João Carvalho Neto
Psicanalista, autor dos livros “Psicanálise da alma” e “Casos de um divã transpessoal”
www.joaocarvalho.com.br

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Conteúdo desenvolvido por: João Carvalho Neto   
Psicanalista, Psicopedagogo, Terapeuta Floral, Terapeuta Regressivo, Astrólogo, Mestre em Psicanálise, autor da tese “Fatores que influenciam a aprendizagem antes da concepção”, autor da tese “Estruturação palingenésica das neuroses”, do Modelo Teórico para Psicanálise Transpessoal, dos livros “Psicanálise da alma” e “Casos de um divã transpessoal"
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