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Luto: a morte.

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Autor Milene DArc Lima

Assunto Psicologia
Atualizado em 8/28/2011 12:54:07 PM



Tenho visto muitas dores quando se tem a morte e durante o luto. Fico a me perguntar como acalentar, como diminuir a dor destes que me procuram, enquanto pscicóloga, para poder ressignificar, diminuir a dor da morte. Tive o presente de poder compreender um pedacinho deste e aqui divido com vocês a imagem que tive do luto e o que aprendi sobre a morte.
Li, reli, estudei, mas nunca fiquei inteira com aquilo que via e como aquilo que podia passar para os meus queridos pacientes e quem precisasse. Sempre percebia que algo faltava para ajuda-los em sua busca de transmutação da dor do ente querido que fora embora.
Na busca da aquisição de conhecimento nas minhas andanças pelo desejo do saber da vida e da morte recebi de presente uma imagem: pimentas.
Pimentas são delicadas por fora, de várias cores e tamanhos, tem que ser pouco aguada senão se encharcam, os pés não são enormes, mas são vistosos, e por dentro: “AAAhhhhhh, por dentro!”, são fortes e cheias de força, tem o poder de unir sabores quando misturados e apimentar na medida de cada.
Na China, usa-se com fartura na alimentação, mas para o equilíbrio colocam uma pitada de açúcar em cada prato feito com amor. Em Minas, nem se fala a grande maioria quer uma pimentinha, tem até engarrafada.
Assim podemos fazer uma analogia com quem passa pela dor da morte: para mim são pessoas pimentas.
“Pessoas pimentas”, que por fora são delicadas, frágeis e que por um período da vida precisam de tão pouco, pois estão preenchidas de um outro algo interno, que tem força e poder de apimentar , mas tem que saber a dose. Se a pimenta é demais pode trazer sérias complicações, mas também dá para apimentar dentro da medida do possível, vai-se levando e apimentando.
Pode ser delicado por fora e ter guardadinho dentro de si a força e a grandeza da pimenteira…Não precisam de muita coisa, pouca água, um lugar de temperatura mais amena, ficam bem sem muito por perto, têm o seu lugar e crescem á seu tempo. Em tempos de dor menos é mais, penumbra é a predisposição futura á luz, mas tudo á seu tempo.
A sabor da pimenta, o cheiro, a força, a delicadeza tudo isso é legítimo á pimenta, é dela. Assim como a dor do luto, da perda é legítimo, é um direito de quem passa.
Cada pimenta tem um sabor uns mais forte, outros mais suaves, um terrivelmente fortes que nos fazem até chorar assim como a dor de um ente querido que se vai é do tamanho do meu amor por ele(a). Passar pela dor da perda é algo natural, é o luto, é a forma amorosa na separação dos vivos e dos mortos. E não temos o direito de retirar esse tempo do outro, é legítimo á ele e não á mim.
Assim é com o luto, com a dor da morte, podemos deixa-lo ir com o tempo, permitindo que essa dor nos atravesse ao seu tempo, com amor e carinho por nós mesmos.
Cuidando dessa dor liberando o choro, deixando os dias irem ao seu tempo amenizando a saudade que se faz presente na lembrança dos dias alegres, felizes, divertidos vividos, daquilo vívido, assistido ao vivo e á cores antes da separação. Pois retirar a dor da separação, não passar pelo luto é esquecer, não querer ver o belo vivido, a alegria construída até a separação. Se alegre suavemente com o vivido, guarde no coração, fique atendo em tê-lo por perto em seu coração na ausência presente.
Se quisermos arrancar o pé de pimenta iremos atrasar e anestesiar o que temos que viver e principalmente esquecer o que foi vivido. Podemos também resolver colocar veneno ou não aguar mais o pimenteiro e com ele morrer, dessa forma estaremos matando todos os momentos alegres que vivemos com aquele que se foi e que alegraram o nosso coração.
Deixe o tempo passar com amor…
A pimenta só existe em função da mãe terra que a acolheu, e a mãe terra se alegra com o amor da pimenta que escolheu á ela para ser ali a sua morada e fazer ali um pedaço verde, erguido, saboroso de suas pimentas, é uma troca o amor que vem da pimenta para a mãe terra. Esse amor é grande, é real, assim como o amor que vem do morto para nós, o amor daquilo que foi que se fez em vida, sinta esse amor vívido na ausência da presença.
Isso não irá melhorar a sua dor, mas o melhor é continuar vivendo á medida do possível com a dor á medida que o tempo passa e a brisa leve que traz a saudade suave.
Vocês têm o meu respeito pela grandeza de sua força, “ pimentas”…

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Milene DArc Lima   
Trabalho com com psicoterapia infantil, de adolescentes, adultos, casais e constelação familiar. Através de várias técnicas entre elas a hipnose, a acupuntura, constelação familar, EMDR, entre outras, trabalho de forma única com cada paciente, ou seja, é um terapia feita sob medida.
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