Meus Heróis Morreram de Overdose.
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Autor Lisandro
Assunto PsicologiaAtualizado em 2/25/2021 10:26:27 PM
Já ouvi falarem, não foi uma e nem duas vezes, sobre artistas que partiram deste mundo devido ao abuso de drogas. Que são idolatrados como heróis, mas na verdade não serviram de exemplo para ninguém, pois nada mais eram do que pessoas drogadas e promíscuas. Discordo completamente.
Ao meu ver existem dois tipos de pessoas que caem nesse tipo de vício: marginais e pessoas de bem. Pessoas como eu e você, mas que por algum motivo sofrem de doenças, como a depressão e buscam algum tipo de alívio para este problema. Alguns buscam profissionais da saúde. Outros acabam se aprofundando nesse caminho (não irei discorrer sobre os motivos que a levaram a isso) e devido a sua doença, o vício as domina e já não conseguem mais parar.
Eu idolatro uma heroína. Ela não tocava guitarra, não pintava quadros, não escrevia livros. Minha mãe era uma pessoa comum, que amava sua família, mas que após uma separação traumática entrou no vício da bebida. "Ela deveria ter pensado nos filhos", ouvi dizer. Mas como acabei de escrever, isso é uma doença. Se fosse fácil nos livrarmos seja do vício que for, não precisaríamos de especialistas para isso. Se você acha fácil é porque nunca enfrentou esse problema. Entrou mas conseguiu sair sem ajuda, foi um caso a parte. Não funciona assim para todos. E para minha mãe não foi assim. Sem ajuda, ela partiu desse mundo. Minha heróina.
Eu não condeno minha mãe. Porque iria condenar outros heróis? Por exemplo, sou fã de Renato Russo e Raul Seixas. Renato amava seus filhos e sua família, era uma pessoa de bem - após contrair HIV entrou em depresão e se entregou. Raul tinha seu estilo de vida alucinado e morreu nas mãos de seus vícios. Ambos amavam os filhos, amigos, familiares. Existem outros, de qual não sou fã, mas me lembro muito bem: Cazuza, Cássia Eller, Michael Jackson, Kurt Cobain, Heath Ledger, etc. O que cada um fazia, o estilo de vida que levavam, o problema que tiveram e que os levou a fazer isso é algo particular, que só a eles diz respeito. Má influência? Mau exemplo para os demais? Eu não uso drogas, não sou alcólatra. Acredito que nada externo lhe influencia a ser algo que você não é. Jogos de videogame violentos, filmes, música? Nada disso vai fazer você levar um estilo de vida que não condiz com você. A não ser que você esteja fraco. E quando digo fraco quero dizer, doente. Sempre que alguém cede a este tipo de "influência", possui algum tipo de carência ou deficiência que precisa ser curada. E eu acredito piamente que nada nem ninguém desencadeia isso neste indivíduo. Retire a música, os filmes, os jogos, ela vai entrar nesse caminho de qualquer maneira. Se ela não procurar ajuda, isso acontecerá.
Não concordo com qualquer tipo de vício. Mas não concordo que as pessoas sejam rotuladas como não deveriam ser. Para mim estes artistas foram exemplos de vida. Que atalho elas pegaram no caminho fez diferença apenas para elas e não para nós. Exemplo? Para mim serviu como exemplo do que não se deve fazer. Obter "sucesso" na vida, "ter tudo" e jogar pela janela. Quem em sã consciência deseja isso para si mesmo? Quem está com algum problema. Quem precisa de ajuda.
Quem condena esses heróis deveria se condenar. Afinal, algumas pessoas se matam aos poucos com vícios diferentes como fumo, comer carne engordurada de churrasco com muita frequência, alimentos não saudáveis, sedentarismo, obesidade, workaholics. Alguns vícios são mais agressivos, outros nem tanto. Mas todos temos um tipo de vício, e alguns deles podem ser fatais. Mas porque pessoas que morrem pelos vícios "menos agressivos" tem mais mérito que as demais? Porque os heróis são discriminados sendo que seus acusadores também possuem vícios, não conseguem se livrar deles e um dia podem ter um fim trágico também? E se você é uma pessoa que segue um caminho diferente, mais correto e continua a julgar os outros por isso, que pena. O preconceito neste caso é o seu maior vício. E você também está doente se não consegue se livrar dele. Você também está morrendo aos poucos, matando sua alma. Julgando pessoas que mal conhece, com as quais nunca conviveu. Pessoas que em sua grande maioria possuem familiares e amigos que ama, como eu, como você. O preconceito não é um vício fatal, mas é o mais vergonhoso.
Existem várias pessoas nesse mundo cometendo os mesmos erros. Pais, filhos, mães, amigos. E tenho certeza que após a partida destes e apesar dos erros que estas pessoas cometeram, para quem ficou, para quem esta pessoa era cara, ela fará muita falta. Ela foi e continuará sendo sempre um herói. Assim como minha mãe foi para mim.
Sim. Meus heróis morreram de overdose. E eu me orgulho de todos deles. Por tudo que representaram para mim, cada qual à sua maneira.
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Lisandro Lisandro é músico new age. Conheça seu site www.lisandros.com E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |