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O Amante Interior

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Autor Paulo Rubens Nascimento Sousa

Assunto Psicologia
Atualizado em 19/09/2017 02:04:14


Tudo o que fazemos é em função do outro, vivemos para o outro e no torvelinho das relações nos perdemos no meio de tudo isto, nos desconectamos de nós mesmos. Vivemos tempos em que estamos altamente estimulados a experiência do outo, as possibilidades de conexões humanas são tamanhas, que é como se nos perdêssemos de nossa central, através de milhares e milhares de conexões. Vejo entre os adolescentes uma facilidade de vivenciarem ao mesmo tempo múltiplas relações afetivas sem o menor envolvimento ou comprometimento, a moda é conectar, e as pessoas entram e saem de vários relacionamentos sem o menor envolvimento emocional. Ao mesmo tempo, as pessoas estão vazias, monossilábicas, mal humoradas, mais dependentes de psicoativos, álcool, tranquilizantes, antidepressivos, ansiolíticos e mais infelizes.

Existe um culto ao corpo e uma grande preocupação com a aparência como uma corrida desesperada por aceitação e o que eu percebo é que isto se tornou um grande anseio do nosso tempo. “Esta pressão” pelo estereotipo leva as pessoas a uma depressão, porque é um grande trabalho sustentar isto tudo, mas, nem tudo isto, é capaz de satisfazê-las, as preencher de sentido ou significação.  Eu ouvia uma adolescente me falar entusiasmada que tinha conhecido um rapaz, e daqui a pouco ela me fala de outro, e pra encurtar a conversa ela já estava brigando com o terceiro que estava com ciúmes, porque ele criara uma expectativa que ela não correspondeu, buscando um quarto menino; ela me contava rindo embora fosse mais um sorriso amarelo do que qualquer outra alegria.

Eu a lembrei de seu senso de inferioridade no qual rejeita o próprio corpo e autoimagem, a grande dificuldade de auto aceitação, a reclamação com o tamanho do ombro, da barriga, dos braços, cujo quais, quer operar. Ela me interrompeu a conversa e me diz: “ah quero tirar as duas costelas”, e começa a contar de uma situaçãozinha conflitante com um dos “ficantes”, que diz olhar para sua tez e elogiá-la e ela negando os elogios, acabam brigando por isso, e com ele dizendo que ela no fundo gostava de se auto firmar com aquela situação, e eu perguntei-lhe, isto faz sentido pra você? – ela sorriu concordando e eu lhe perguntei: Tem medo do amor, de estabelecer vinculo? – e ela começa a chorar fomos entender de onde era aquele desejo frenético pela perfeição do rosto, do corpo, ao mesmo uma insatisfação dilacerante, mostrava que ali havia um ferimento. E em nosso mergulho daquela tarde ela compreendeu algo sobre isto, sobre o amor, e me disse: “eu estou fazendo tudo errado”.

Às vezes estamos fazendo tudo errado, porque estamos com medo de amar, e por medo de amar passamos a brincar com o amor e nos ferimos em sua flecha. Desde pequenos somos formados para atender as exigências alheias, a expectativas dos pais, as ordens dos adultos, lutamos desesperadamente para atender o desejo dos outros, achando que vamos ser amados por eles. Neste esforço perdemos de vista o milagre incrível que cada um de nós é como centelha divina e esplendida expressão da vida. Enquanto não aprendermos a amarmos a nós mesmos, nunca seremos incapazes de amar o outro. Atitudes de agressividade, arrogância, revelam medo, são disfarces que as pessoas usam para esconderem-se do medo. Temos esta deficiência desde pequenos, nossos pais nem sempre foram amados, e vão reproduzir conosco suas mesmas histórias, gerando em nós medo, insegurança, necessidade de autoafirmação.

Um dos principais temas da psicologia sagrada é o amante interior, o amante da alma, ou seja, um impulso em cada um de nós que busca encontrar sua contra parte perdida através do outro, é assim que nos encontramos com nós mesmos, através do outro, como diria o poema de Fernando Pessoa: “Eros e Psique”, que diz que ao fim de um relacionamento nos encontramos com nós mesmos. Em tempos de amor líquido perdemo-nos nos muitos outros, nas incontáveis conexões, no egocentrismo e no extravio do amor e que quando você se percebe você se perdeu. Comece voltando para si mesmo, aprenda a si amar, a se respeitar a se valorizar, quando você for capaz de se amar e se respeitar o amor vai se manifestar e sua vida em seus relacionamentos, em seu trabalho, na sua vida.

Talvez seja muito difícil qualquer resquício deste amante interior, você distanciou tanto dele, que agora esta tão vazio que tudo o que ouve é o eco de sua própria voz. É como um namoro conquiste-se, redescubra-se, contemple-se, enamore-se. Passe a gostar de você, aceita seu corpo como ele é, pois, seja lá como for, é um milagre estamos vivos aqui em carne e osso neste mundo de infinitas possibilidades. Ame seu corpo, ele é a obra mais perfeita do universo de Deus. Contemple seus talentos e qualidades, apoie-se e ame aquela criança que você foi que o amor retornará a casa vazia e coabitará com você. Quando você encontrar este elo de conexão interior você se tornará a pessoa mais interessante do mundo, porque você vai viver o seu melhor e histórias ricas de significado, de amor e realização tomaram conta de você e mudaram a sua vida. Encontre o seu amante interior e o convide a conviver com você, através de bons hábitos, como uma mudança em sua alimentação, caminhadas, meditações, palestras, terapias, esportes, robes e diversões salutares vão conectá-lo com outro ritmo interior e dissolver o sentimento de vazio e as compulsões dará lugar a um estado motivado, de satisfação e sentido intimo.

Originalmente publicado em: https://www.equilibriocdh.com.br/2795/o-amante-interior/


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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Paulo Rubens Nascimento Sousa   
PSICOTERAPEUTA JUNGUIANO, ATUA COM HOMEOPATIA, TERAPIA FLORAL E FITOTERAPIA. PROFESSIONAL E SELF COACHING
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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