O Cambacica que quer ser Beija-flor!
Atualizado dia 18/06/2010 08:18:37 em Psicologiapor Cássia Marina Moreira
Chamou-me a atenção desde... Sempre.... pelo que me lembro. Começou sentando no parapeito da varanda, chamando minha atenção, ao cantar. Nada como um canário faria certamente, mas insistentemente como uma pequena cigarra.
Resolvi que precisava experimentar atraí-lo para mais perto e por mais vezes, então, tive a idéia de colocar uma vasilha com água para ele. Uma vez que aqui pelo bairro existem muitas árvores frutíferas e alimento. Tornou-se assíduo da varanda, comecei a notar que logo após seu espalhafatoso banho, voltava ao parapeito e de lá ‘chamava os amigos para que também aproveitassem da água, embora já não tão fresca e limpa.
Tempos difíceis estes da dengue! Tive de evitar colocar a ‘piscina na varanda, então, pensei em um bebedouro para os beija-flores, uma vez que havia visto alguns rondando o local.
Começou a confusão... os cambacicas de barriguinha amarela começaram ‘a ter lições de malabarismo em algum circo de São Paulo, pois rapidamente passaram a disputar com os iridescentes beija-flores, uma bicadinha desta água doce.
Em meio à algazarra destas duas espécies, formou-se na varanda uma confraria de peritos bem verdinhos e barulheiros, aos quais chamamos erroneamente de maritacas (descobri depois). Maiores e mais pesadas que os cambacicas e beija-flores disputavam a bicadas uma bicadinha na água doce. O bebedouro claro não dava conta e acabava virando em meio às peripécias...
Conclusão: água doce no chão = formiga chegando às plantinhas, até, então, bem protegidas.
Mudei a tática, sem deixar de atender ninguém. Coloquei em outra janela o bebedouro para os menores. Para que os periquitos verdes continuassem a vir até minha janela, passei a colocar frutas e um bebedouro maior só com água, e percebi que a aceitação do tácito acordo foi aceito por todos.
Com o tempo, passei a observar que outras espécies vinham fazer uma ‘boquinha na varanda; fiquei feliz ao encontrar um guia de pássaros da grande São Paulo, e muito mais feliz por ver e ouvir a natureza tão perto.
Tornou-se um compromisso que não ouso deixar para lá, mesmo porque logo cedo os periquitos verdes em alvoroço ‘chamam pela tratadora´, ficam no parapeito, espalhados pelos vasos ou pendurados nos sinos dos ventos aguardando pelas bananas, laranjas, e o preferido mamão, para este a disputa é a bicada e aos gritos!
Repetem a façanha e voltam certeiras ao mesmo endereço várias vezes ao dia, sem dúvida, fazem uma boa sujeira, mas nada que a ‘Pat não dê conta´!
Como diz uma propaganda famosa:- certas coisas não têm preço!
Texto revisado
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Cássia Marina Moreira Psicóloga / Terapeuta Floral - Vibracional Pesquisadora do Sistema das Essências Vibracionais D´Água E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |