O Caminho
Atualizado dia 10/06/2014 18:37:15 em Psicologiapor Paulo Tavares de Souza
Renato Russo tinha razão, o caminho é um só.
Não existem vários caminhos só existe um. Existe sim, várias formas de percorrê-lo, mas não há como criar um novo caminho.
Esse caminho faz parte da saga de todo ser humano, é o caminho da autorrealização que todos buscam e está cada vez mais claro que não há meios de alcançar esse objetivo sem esforço, sem sofrimento, sem o enfrentamento de todas as nossas limitações.
A cada passo, novas conquistas. Essas conquistas são as virtudes preconizadas por todos os grande avatares e pensadores da dinâmica que envolve a condição humana e que precisamos manifestar em nosso ser.
Todos os vícios que temos são apenas sinais de ausência destas virtudes. Só podemos vencer os vícios, portanto, desenvolvendo virtudes.
São elas: a humildade, a confiança, a alegria, a coragem, a perseverança, a serenidade e a renúncia.
Não existe um caminho sério que não irá exigir a conquista da humildade; sem ela, não existe jornada, simplesmente porque ficamos presos no conforto doentio da inércia, na prepotência, na ilusão da autossuficiência, enfim, permanecemos em uma zona de conforto que contraria todo o movimento natural da evolução.
Não há meios de avançar sem confiança, sem a fé. A fé representa o poder de manifestação, a criação de novas realidades, a capacidade de deixar o Universo agir, o reconhecimento de sua pequenez, e isso é ótimo, pois a partir dessa atitude, nos abrimos para o "novo", ficamos receptivos, sabedores de que não sabemos nada.
Ninguém conseguirá seguir sem alegria, ela será o combustível de toda essa caminhada. A tristeza, a melancolia, o pessimismo, são sinais de falta de confiança e humildade, por isso para ser alegre, será preciso desenvolver as outras virtudes.
A coragem será indispensável para os obstáculos, pois só é possível desenvolver a coragem através do conhecimento, principalmente aquele trazido pela experiência. Tudo aquilo que desconhecemos nos assusta. A coragem representa uma consciência expandida, capaz de entender os eventos dentro de uma amplitude maior.
Ninguém poderá ter vitórias sem desenvolver a perseverança, outra exigência indispensável, pois o assédio do desânimo estará em seu caminho, lado a lado.
Ninguém conseguirá atingir a reta final sem desenvolver a serenidade, enquanto não formos serenos, estaremos vulneráveis à toda instabilidade da alma. Esse tipo de virtude não se compra na feira, serão necessários esforços hercúleos conquistando todas as virtudes precedentes para que possamos nos sentir serenos.
Finalmente, ninguém poderá alcançar a graça da autorrealização sem renunciar a tudo aquilo que nos escraviza. Não é à toa que a renúncia está presente nas doutrinas de todos os grandes iluminados que já estiveram nesse planeta.
Só assim será possível entender o que é amar. Enquanto isso, é preciso olhar para si sem desanimar-se.
É importante falar que não temos defeito, acreditar nisso é golpear a autoestima, ninguém pode gostar de algo defeituoso, Deus é perfeito, não criou nada com defeito. Somos o que somos dentro da nossa idade astral, vivendo o nosso processo contínuo de manifestação da própria essência. Ninguém pode dizer que uma criança é defeituosa porque ainda não sabe andar.
O único caminho é esse, o resto, são apenas experiências místicas de êxtases transitórios e não faltam "acordados" de plantão vendendo facilidades para o êxito desta busca.
"O sol nasce pra todos, não sabe quem não quer..."
Texto revisado
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