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O espírito de uma época

Atualizado dia 17/07/2013 16:22:33 em Psicologia
por Andrea Pavlo


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Zeitgeist; "pronúncia: tzait.gaisst) é um termo alemão cuja tradução significa espírito da época, espírito do tempo ou sinal dos tempos. O Zeitgeist significa, em suma, o conjunto do clima intelectual e cultural do mundo, numa certa época, ou as características genéricas de um determinado período de tempo". (Wikipédia)

Pessoas nas ruas. Gritos de ordem, de progresso real, verdadeiro. Frases de efeito, música, bandeiras brancas, flores. E, ao mesmo tempo um medo. Reprimido, esgotado. Um medo de que dê tudo errado. De que meia dúzia de baderneiros estrague uma manifestação a principio pacífica. Esta está sendo, por estes dias, a realidade de um novo povo brasileiro. "O gigante acordou".
Mas interessante como nada disso começou há duas semanas.
Nem há um mês. O que está acontecendo está marcando o ápice de uma nova história, de um novo fazer, de um novo entender o mundo. Toda revolução é pessoal. Nenhuma mudança é necessariamente externa, todas são de lá de dentro.
E parece que estas mudanças estão refletindo as mudanças internas das pessoas, enquanto cidadãos, brasileiros, humanos.
Os filmes em cartaz são os que falam da Brasília de Renato Russo, quando ele participava do movimento punk, sempre contra o governo, e cantava "que país é esse?" num evento público, pago pela prefeitura, numa cidade do interior. Outro fala da sina de "João de Santo Cristo" e dos políticos corruptos da época. A Fiat, famosa montadora de veículos (italiana, diga-se de passagem) solta uma campanha, e principalmente uma música, para a Copa das Confederações, cantada pelo vocalista da banda O Rappa. "Vem vamos para rua, pode vir que a casa é sua". Virou o símbolo do movimento (e por essa nem os publicitários mais antenados do mundo esperavam). 
Facebook virou uma vitrine de indignação. De uma indignação que vem assustando e nos deixando amedrontados. Num primeiro momento, fizemos nossas malas e fomos morar fora, em busca de melhores (e justas) condições de vida. Hoje o protesto por um Brasil melhor ganhou Dublin, Montreal e muitas outras cidades do mundo. Sinal dos tempos.
O Zeitgeist brasileiro é de revolução, de revolta. De mudança. Sim, toda a revolução traz necessariamente uma mudança. Às vezes positiva, às vezes não. Às vezes duradoura, às vezes não. Pode ser que em cinco minutos tudo isso se disperse, mas, com certeza, a prefeitura vai pensar 20 vezes antes de aumentar o ônibus de novo.
A revolução é de cada um. Pense no que você precisa mudar na sua vida? Você é do tipo que jamais iria pra rua com medo do confronto? Talvez você seja uma pessoa que não goste de confrontar as coisas ou tenha muito medo disso. Ou talvez você esteja entre os 50 que quer confusão, violência e morte.
Será que esta é mesmo a melhor maneira de resolver as coisas? É assim mesmo que você vive a sua vida?

O equilíbrio é tudo, sempre. E se você está como eu, sendo tocado por essa movimentação toda, talvez seja o momento de nos perguntarmos também, além de só colocar a culpa nos outros, o que nós precisamos mudar de verdade? Será que é levantar do "berço esplêndido" de só pensar em si mesmo?
Não precisamos só de uma passeata para isso, precisamos de atitudes no dia a dia. Menos violência com o motorista do carro ao lado. Menos medo de fazer
qualquer coisa, de dar um "oi" para um estranho no elevador. Colocar e enfrentar são isso também.
Enfrentar nossos medos, anseios, virtudes. Enfrentar o nosso lado "ladrão" ou "burocrático" demais, o que será que nos fez vir parar nessa nação chamada Brasil? Começar a perceber que não somos só filhos de portugueses, espanhóis ou alemães. Que não é porque nossa árvore genealógica não é daqui que não estaremos ligados a essa terra para sempre. A terra que te alimentou de onde saiu o leite que te sustentou a vida toda. A terra que te dá chance de ter um trabalho honesto, de ter um carro, conforto. A terra que te dá chance de enriquecer, de ser feliz de verdade, de ter uma família.
É tempo não só de revolta, mas de gratidão. Gratidão a todos que formaram, pelo bem, o que chamamos hoje de país. De ter orgulho do nosso passaporte azul! De ter orgulho de ser um pedaço de um gigante. Uma perna, um braço, talvez só uma célula mesmo. Mas sem ela, ele faria muita, muita falta.
Se tiver que ir para rua para isso, vá. Se consegue entender e fazer alguma coisa do seu jeito, ótimo. Não interessa o que precisamos fazer, mas que isso seja lotado de boas vibrações e intenções. Ache o que seu jeito de ser brasileiro, cidadão e, principalmente humano. Essa é a verdadeira humildade!

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Conteúdo desenvolvido por: Andrea Pavlo   
Psicoterapeuta, taróloga e numeróloga, comecei minhas explorações sobre espiritualidade e autoconhecimento aos 11 anos. Estudei psicologia, publicidade, artes, coaching e várias outras áreas que passam pelo desenvolvimento humano, usando várias técnicas para ajudar as mulheres a se amarem e alcançarem uma vida de deusa.
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