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O Perdão

Atualizado dia 9/7/2009 12:41:23 AM em Psicologia
por Merit Rabanés


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Um dos ensinamentos mais difíceis que podemos tirar das lições do MESTRE JESUS é o de perdoar àqueles que nos ofenderam, nos machucaram, nos causaram dor.
A regra é perdoar 70 X 7, mas como perdoar tudo isto se não conseguimos, ao menos, entender o processo que é o perdão?

Tudo o que as pessoas nos fazem de ruim, segundo a lei de ação e de reação, volta para elas.
Perdoar é não torcer para que eles sofram.
Perdoar é compreender que elas são tão falhas como nós mesmos, só que escolheram errar na tentativa de fazer algo certo.
Até quando uma pessoa quer se vingar, ela acredita que quer fazer o que é certo.

Tudo o que querem fazer de mal tem a justificativa de que é para o bem daquele que vai receber o castigo.
Perdoar é descer do pedestal e ver que estamos todos no mesmo chão.
Perdoar é entender que se outro errou é que não conseguia fazer algo melhor.
Perdoar é compreender o erro do outro e relevar.

Relevar não nos obriga, necessariamente, a aprovar o que o outro fez de ruim, significa que podemos entender o que aconteceu, que não concordamos com o ocorrido, que doeu, mas que podemos entender, aceitar e perdoar.

Nós podemos.

Mas por que queremos manter o poder de quem nos faz mal?
Por que não destituímos os menos bons de seu falso reinado de maldade?
Por que não lhe mostramos que compreendemos o que eles fazem, que não aceitamos para nossa vida, mas que podemos entender os motivos que os levaram a errar?

Por qual motivo, definitivamente, insistimos em manter os ofensores em seus postos distintos de maldade?
Já está na hora de mostrarmos que eles erraram sim, mas que seu erro é compreendido.
O perdão não só alivia o nosso coração como envergonha àquele que nos atacou. Em um momento ou em outro ele terá consciência do mal feito e ficará muito avexado por ter, além de causado mal, recebido a nossa compreensão.

As pessoas nobres se fortalecem no medo que cultivamos de que elas sempre poderão nos fazer mal, mas, na medida em que começarmos a demonstrar que entendemos o que fazem qualquer intenção já estará, por si, descaracteriza. Porque quem faz mal, quer ver o nosso sofrimento e quando se depara com nossa nobreza em compreender e perdoar se enfraquece.

Quanto mais perdoarmos, menos fortes se sentirão os ímpios e mais ativos estaremos no exercício do bem.
Dê-se esta chance. Desconstitua o mal com a sua compreensão. Você pode.

Texto revisado

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