O Poder das Decisões
Atualizado dia 11/21/2018 8:36:13 PM em Psicologiapor João Carvalho Neto
O prazer está em viver, está no caminho. Acertar ou errar são circunstâncias naturais que sempre devem nos levar cada vez mais à frente no rumo da felicidade.
Na linha dessa reflexão, vamos entender que o poder da decisão não reside apenas em situações que serão construídas mas também em que tipo de emoção vai marcar nossas reações. O mundo nos atinge constantemente com desafios e contrariedades, contudo, reagir emocionalmente a eles será sempre uma opção nossa. Podemos ser destrutivos ou construtivos, podemos sentir raiva ou compreensão, podemos agredir ou conversar.
Aliás, este é um nível de maturidade imprescindível à vivência da liberdade, já que a liberdade pressupõe respeito às diferenças, que surgem mais amplas quando deixam de ser reprimidas. Muitas vezes, tentar fazer silenciar o contrário, a custa de agressividade, só demonstra insegurança e uma incapacidade de ouvir e aprender com o outro. Isto porque quem busca aprender jamais estará fechado a ouvir, elaborando sempre as formas alheias de pensamento com suas próprias, rumo a uma construção mais segura e completa.
A intransigência religiosa, política, filosófica ou de qualquer expressão obstrui os caminhos do desenvolvimento pessoal, já que é no somatório da diversidade que se cresce.
Uma lei da Biologia que se aplica à Psicologia e à espiritualidade diz que quanto mais um organismo se protege, fechando-se ao redor de si mesmo, menos ele evolui. Quanto mais ele compartilha e troca com o meio externo, mais ele recebe contribuições e se desenvolve.
Claro que é imprescindível sabedoria para separar o que nos convém daquilo que nos contamina, mas essa sabedoria, por sua vez, também surge das experiências de erro e acerto em que vamos discernindo melhor a cada situação. Como uma criança poderia aprender se não cometesse erros? Imunidade nesse sentido é uma pretensão presunçosa.
Sobre isso, Igor Teo escreve no livro “Lições do caminho”: “Ainda que o caminho não lhe pertença, a forma como caminha sobre ele é sua. E a isso lhe cabe escolher, se encontrando no presente e no futuro com as consequências daquilo que escolhe”.
Aí vemos uma referência à lei do carma, tão antiga quanto conhecida, provinda do Budismo mas que, de alguma forma, estava presente também na Lei de Moisés, no “dente por dente e olho por olho” ou no cristianismo no “a cada um segundo as suas obras”, ou ainda “quem vive pela espada, pela espada perecerá”.
A maioria de nós ainda associa a lei do carma ao castigo pelos erros cometidos, mas ela é muito mais que isso. É uma lei que atribui responsabilidade e aprendizagem na medida em que, por um movimento de sincronicidade, nos vemos sempre atraindo o fruto de nossas decisões, pensamentos e ações para nos regozijarmos com os acertos ou concertarmos os erros crescendo com eles.
E, nisso tudo, é preciso que se veja a beleza da vida, do experimentar, do errar ou acertar, aprendendo sempre.
Sentir-se um aluno na escola da vida traz alegria e motivação, traz a certeza de que algo novo surgirá a cada momento, dando-nos a oportunidade de escrever e reescrever nossa história com a caneta do discernimento.
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Psicanalista, Psicopedagogo, Terapeuta Floral, Terapeuta Regressivo, Astrólogo, Mestre em Psicanálise, autor da tese “Fatores que influenciam a aprendizagem antes da concepção”, autor da tese “Estruturação palingenésica das neuroses”, do Modelo Teórico para Psicanálise Transpessoal, dos livros “Psicanálise da alma” e “Casos de um divã transpessoal" E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |