O que há de errado em ficar sozinho?
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Autor Paulo Tavares de Souza
Assunto PsicologiaAtualizado em 14/05/2015 08:12:26
Vivemos em um tempo controverso. Estamos o tempo todo ocupados com alguma coisa e com isso nossa mente está sempre ativa, pois não faltam razões para evitarmos o silêncio e o vazio ameaçador da própria alma; vivemos quase sempre entorpecidos com entretenimentos e seguimos, como poeira, conduzidos pelo vento das circunstâncias, no entanto, temos muita dificuldade com a solidão e o silêncio, por isso preenchemos o tempo com atividades constantes.
O mundo mudou e muito. Transformou-se em um vício moderno pessoas digitando seus celulares ininterruptamente como se não pertencessem a essa realidade; criou-se atrações variadas para manter o cidadão preso diante de televisores de alta definição que se transformaram em verdadeiros cinemas em casa, como se fosse uma nova forma de escravidão; redes de internet conectam o mundo inteiro com todo tipo de informação e jogos eletrônicos, cada vez mais sofisticados, substituíram as brincadeiras de rua e o convívio social na infância. Brave new world!
Toda essa parafernália eletrônica denuncia contornos de uma nova era, sinaliza um novo paradigma no relacionamento do homem consigo mesmo e com próprio meio. Nunca as pessoas estiveram tão sozinhas, nunca a humanidade teve tão pouco interesse por uma boa conversa ou pela criação de vínculos afetivos mais consistentes com o próximo, pois nunca os valores da amizade e do companheirismo estiveram tão em baixa.
Em certo aspecto isso é bom, pois instrumentalizado com informações, o homem moderno poderia angariar recursos importantíssimos para alcançar uma compreensão cada vez mais profunda de sua natureza e consequentemente de toda mecânica universal, no entanto, ainda precisa aprender a lidar com essas ferramentas, saber o que buscar e não apenas utilizar os recursos dessa era digital para fugir das angústias e desconfortos que o acompanham - anestesiando-se com diversões.
A sombra de suas patologias psíquicas continuará existindo, mesmo que seja ignorada diante deste modelo de ocupação mental desenfreada e em algum momento ele acordará e perceberá que existem batalhas a serem travadas no abismo da própria alma.
Tudo isso é compreensível, pois o homem teme o vazio e, em outros tempos, não teria tantas alternativas de fuga como hoje, mas mesmo diante de tantas distrações, o vazio continua presente, assustando do mesmo jeito, querendo uma audiência e não há como evitá-lo.
Negar ou fugir de si mesmo é uma incoerência e também uma forma de niilismo. O filósofo Nietzche já denunciava esse modelo, dizia que negar a realidade e refugiar-se dentro de um 'mundo das ideias' platônico é uma incoerência. Acreditar ser incapaz de reagir e transformar a própria realidade é apenas adiar confrontos, pura procrastinação. Nietzche chamou esse processo de niilismo negativo.
É comum quando lidamos com o ambiente desconhecido do inconsciente ou quando somos compelidos ao enfrentamento das informações que surgem no panorama da própria sombra - de onde promanam os medos e lembranças que continuam vivas nos arquivos do nosso HD interno - procurarmos algo que nos dê prazer ou que ocupe a nossa mente. A mente trabalha, incessantemente, para nos dar prazer, cria mecanismos de fuga diversos e isso acontece porque a nossa falta de recursos emocionais é assombrosa, faz um elefante temer o ratinho.
Muitas vezes procuramos, através dos prazeres anestesiantes, meios de nos esquecermos deste boi-da-cara-preta e, assim, dirigimos a nossa atenção para o mundo que nos cerca, procurando pessoas e coisas para ocuparem esse vazio. Erramos ao não percebermos que deveríamos preenchê-lo com a consciência, que o bom combate é indispensável para encontrarmos a felicidade e por acharmos que encontraríamos no exterior as condições adequadas para a nossa realização.
Pensando desta forma acabamos de pires na mão, atrás de ajuda ou de algum tipo de afeto, pois colocamos equivocadamente sobre os ombros alheios a responsabilidade pelo nosso bem estar. Não entendemos porquê as pessoas se afastam, não entendemos o que existe em nosso campo energético que causa tanta repulsa. Não entendemos nada disto, justamente, por não nos conhecermos, por negarmos uma aproximação com esse abismo e por fugirmos do diálogo interno, pois apenas uma atitude de coragem poderia modificar a natureza destas informações e o teor destas energias pesadas que faz com que as pessoas se afastem.
Todo ser humano busca, inconscientemente, a companhia de quem está bem, pois pessoas felizes são sempre radiantes, agradáveis, cheias de energia, em contrapartida, os covardes que fogem de si mesmo - muitas vezes criando personagens fictícios que foram ajustados ao meio em que vivem -, são absolutamente repulsivos, roubam energias e contaminam o psiquismo daqueles com quem se envolvem.
O homem ainda não aprendeu que o Reino de Deus está dentro dele, trata uma revelação desta magnitude sem a devida importância, desta forma, se aprisiona cada vez mais em mundo de ideias, sofrendo na condição de escravo da própria mente.
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