O Solo da Inocência
Atualizado dia 11/6/2012 12:04:22 AM em Psicologiapor Alessandra França
Como é bom viver com o frescor do desabrochar de uma criança! Como é bom poder brincar, falar, ser e viver como criança.
Como é boa a sensação de ter todo o tempo e o mundo a ser desbravado, sem pressa nem pretensão.
É possível aos adultos pisar novamente no solo da inocência?
Acreditar que existe uma criança interna que necessita de brincadeiras, de carinho, afagos e poder deixá-la surgir pode ser um verdadeiro presente para todo adulto.
Quando vemos as atrocidades que alguns adultos vêm cometendo quando sofrem suas perdas, é possível perceber a grande falta das vivências da infância.
Crianças que não brincam exercendo os papéis de mocinhos e bandidos em seu mundo de imaginação, quando não aprendem a decidir sozinhas quem será o líder em suas brincadeiras, quando não aprendem a lidar com as frustrações das perdas, quando não aprendem a ceder à decisão da maioria dessas escolhas, crescem adultos intelectualmente desenvolvidos e emocionalmente infantilizados onde seus atos diante das frustrações se apresentam como birras daquilo que não foi corrigido no devido momento. As consequências de suas pirraças podem vir a ser danosas, muitas vezes cruéis, é o que vemos em crimes passionais cada vez mais comuns.
O que fazer para mudar essa situação?
É preciso cuidar das emoções, exercendo um profundo conhecimento de si mesmo, pois somente desta forma é possível ao ser humano exercer controle sobre os impulsos que surgem.
As emoções e sentimentos devem ser um ponto a ser cuidado com grande zelo por todos, principalmente nas nossas crianças, caso contrário, encontraremos adultos cada vez mais infantilizados que resistem em amadurecer.
Ser uma criança com tantas atribuições e responsabilidades desenvolve adultos infantilizados, ou seja, homens com um bom intelecto e bem desenvolvidos no campo mental, mas que diante de suas frustrações e dos "nãos" recebidos pela vida reagem com uma agressividade descabida e incontrolada ou com a depressão de quem não quer reagir pela superação que a circunstância exige.
Ser criança é "ser criança", é brincar no mundo do faz-de-conta, experimentar os papéis da vida, representando a futura vivência familiar, ora sendo o papai ou a mamãe, ora sendo o super-herói, ora sendo o vilão, pois experimentando esses arquétipos, é possível amadurecer emocionalmente de forma saudável e viver com mais plenitude a alinhamento mental-emocional.
As crianças que crescem sem conhecer os "nãos" chegam à vida adulta inseguras, sentindo-se vitimizadas diante das situações em que a vida lhes nega seus intentos. Não há mal em dizer "não" ao filho, não há mal em permitir que eles lidem com as frustrações escolares, fraternais e familiares, pois essas crianças serão adultos muito mais resilientes na vida adulta e estarão muito mais preparados para vivenciar as experiências.
Para o adulto que faz do obstáculo o fim da linha e vive à espera de um pai e de uma mãe que lhe resolvam os problemas (mesmo sabendo que isso não ocorrerá) resta a revolta ou o desânimo. No entanto, quem faz dos obstáculos degraus para seu desenvolvimento alcança resultados muito mais otimizados e duradouros.
Que os momentos da infância sejam uma verdadeira celebração a essas sementes do futuro, e que nós, adultos, possamos viver com a expectativa e espontaneidade de uma criança e o amadurecimento e sabedoria que a vida pode trazer.
A todas as crianças ansiosas por felicidade, que trazemos dentro de nós, dedico este texto.
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Texto revisado
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Life Coach, especialista em Inteligência Emocional nos Relacionamentos, Ativista Quântica, Escritora, Prática em Filosofia e Metafísica Aplicada, Técnicas energéticas e vibracionais (Quantum Touch, Florais e Reiki Integrativo Quântico). Fundadora do site Auditório da Alma com a missão de levar Desenvolvimento Humano sem fronteiras. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |