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O Trabalho sem Significado

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Autor Instituto AION

Assunto Psicologia
Atualizado em 20/11/2008 12:25:56


Hoje há um distanciamento entre as organizações e os indivíduos que, restritos a um mundo pragmático, se sentem frustrados por serem tratados como simples “recursos humanos”, colocados dentro da linguagem organizacional na mesma categoria dos demais componentes de produção. São inúmeras as evidências de que o ambiente do trabalho representa um fardo e um sofrimento para as pessoas. Nos dicionários da Língua Portuguesa, a palavra trabalho, do latim labore, tem como um de seus significados a palavra sofrimento. Segundo a Bíblia, o homem, quando expulso do Paraíso, foi condenado a ganhar o pão com o “... suor de seu corpo...”, o que sugere certa dose de sofrimento.

A imagem do sofrimento ligada ao trabalho é uma referência arquetípica da mente coletiva e não é sem razão que as empresas e grandes indústrias lançam mão de vários artifícios, como os seus grêmios recreativos, onde os operários e funcionários “se divertem”, normalmente logo após o horário do almoço ou do expediente.

Na cultura administrativa, essas “descontrações” funcionam como anestésicos ou uma espécie de paliativo, que não resolvem a questão do sofrimento provocado pelo trabalho. É uma forma que as empresas encontraram para não enfrentarem o problema e alienarem as pessoas. O verdadeiro prazer, ao contrário, produz um relaxamento e uma satisfação duradouros, que nada têm a ver com “momentos de descontração”. O que ocorre com essas maneiras equivocadas de resolver o problema da tensão e do sofrimento é uma grande perda de energia psíquica, das pessoas e da própria organização. O fato é que estamos acostumados, na cultura ocidental, a entender a felicidade como ausência, ou o oposto de sofrimento. Contudo, a felicidade e o prazer nada têm a ver com estes valores.

Mas é na questão da linguagem corporativa que o indivíduo sofre as maiores pressões desse fardo. O desenvolvimento e a lógica de funcionamento das empresas, na atualidade, estão centrados na produtividade, em uma política de gerência do fluxo de caixa e em uma estrutura funcional narcisista, que visam geração de riquezas, onde os recursos tecnológicos e humanos são apenas meios, facilidades ou dificuldades para se alcançarem objetivos.

Esta lógica de funcionamento-padrão sustenta a geração de valor econômico diretamente relacionada à sua estrutura logística, que, em última análise, cria este valor e entrega ao consumidor ou ao cliente. A presunção deste modelo está no fato de que as empresas julgam-se proprietárias desse valor. Com o desenvolvimento da sociedade industrial, criou-se uma fragmentação de um modelo onde a economia passou a ser a forma dominante do pensamento ocidental, que vem explorando a natureza e o próprio ser humano como sendo meros recursos econômicos de produção e não o seu principal valor. Contudo, este tipo de lógica funcional gera uma série de problemas para o indivíduo que, ao mesmo tempo em que se beneficia com produtos e serviços dessas empresas, se sente vitimado por elas. Esta separação, provocada por uma consciência condicionada, afasta-nos da realidade e nos coloca em uma posição desfavorável para atingirmos o nosso objetivo como seres humanos e refazermos nosso caminho de volta... de volta para a nossa verdadeira natureza criativa.

Na tentativa de dominar as regras desse complexo sistema de conhecimento e crenças estabelecidas, o indivíduo, inserido na linguagem formal das organizações, sente-se forçado a se privar de sua interioridade, ao mesmo tempo em que luta com seus conflitos, que nem sempre encontram ressonância em uma linguagem estabelecida.

Desta forma, passa a viver em dois mundos diferentes: o das exigências externas e o do seu mundo interior. Quanto maior for esse distanciamento maior será sua alienação.

Com o tempo, vários níveis de conflitos vão se sobrepondo, de maneira a reagir com antigos padrões negativos, e sempre que deparados com situações conflitantes, surge a idéia dessa realidade fragmentada e caótica.



As pessoas estão percebendo que a maneira como empregam seu tempo no trabalho reflete uma decisão que pode significar a forma de conduzirem suas vidas. Uma vez que as organizações e o mundo dos negócios, em uma abordagem moderna, passaram a ser a preocupação central de nossa sociedade, por força disso, são para os indivíduos uma ocupação que significa mais do que simplesmente se ganhar dinheiro. 

(Texto extraído do livro Liderança Criativa - de Celso Cardoso)


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