Orgulho do quê?
Atualizado dia 06/05/2015 13:52:53 em Psicologiapor Paulo Tavares de Souza
É impossível humilhar uma pessoa humilde, só é possível humilhar uma pessoa orgulhosa.
O orgulhoso sofre por estar profundamente preocupado com o seu sucesso, preza de forma doentia a sua imagem, luta pela manutenção do personagem que projeta no mundo e com isso cria regras e estatutos que possam acomodá-lo, protegê-lo e mantê-lo confortavelmente em seu reino de ilusões. Agindo assim, todas as vezes que percebe qualquer transgressão ou sente-se ameaçado, reage violentamente.
O humilde não se preocupa com nada disso, não se importa com a avaliação que fazem dele, não espera por aceitação ou aprovação de ninguém, não se alimenta de elogios nem busca os próprios interesses e, por isso, vive alinhado com os imperativos da existência.
O orgulhoso vive em guerra com o mundo, quer controlá-lo, não confia, enquanto o humilde oferece a outra face, entende o seu papel nesse jogo cósmico e aceita os revezes com serenidade. Ele oferece a outra face não por ser covarde, mas por não ter o menor interesse em fortalecer a personalidade, pois entende tratar-se apenas uma máscara transitória e necessária, portanto, não teme avaliações ou julgamentos, na verdade, nem se importa muito com ela. Vive como um espectador e aceita tudo, pois confia no Universo.
Não é difícil ser humilde, na verdade, a humildade faz parte da própria natureza humana, é estado natural do ser, ou seja, somos todos humildes em essência, entretanto, por estarmos distantes da própria natureza, por vivermos no cárcere de um personagem fictício construído por nossos medos e acuados pela ignorância, somos compelidos ao confronto. Não percebemos que tentar realizar, proteger, salvar e promover esse falso eu acaba se transformando em uma gigantesca pedra no caminho de nossa ascensão.
Orgulho contamina todas as relações humanas, pois fomenta a hipocrisia. Ao promover um personagem ajustado às demandas externas o ser humano gasta recursos energéticos importantíssimos em sua manutenção. Não poderia ser de outra forma, é preciso mantê-lo lustrado, envernizado, atendendo todas as exigências dos paradigmas funestos que se impõem sobre ele.
A humildade nos aproxima da luz, pois empresta leveza à existência, enquanto que o orgulho nos enche de condicionamentos estúpidos que um dia serão nossos maiores adversários.
É preciso ser muito forte para ser humilde, é preciso ser muito forte para ser você mesmo.
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