OS PRIMEIROS ANOS
Autor Renato Liberman
Assunto PsicologiaAtualizado em 7/19/2008 11:20:31 PM
Você sabe qual a importância dos primeiros anos de sua vida?
Eles são fundamentais na determinação de sua personalidade atual, independentemente da idade que você tenha hoje!
No fim do século XIX , Freud e vários outros pesquisadores do comportamento humano, desenvolveram estudos do desenvolvimento humano, considerando os anos iniciais de extrema importância.
Dentre os diversos fatores que determinam nossa personalidade e um desses fatores é o meio sócio-cultural no qual passamos nossa infância, principalmente os primeiros sete anos. Portanto, podemos perceber que a família é fundamental para o desenvolvimento psíquico.
Nesse texto, gostaria de abordar a influencia da relação entre pais e filhos.
Você se sente amado? Possui segurança e auto-estima?
Estudos já demonstraram o quanto é importante que a criança seja e sinta-se amada, aceita e desejada pelos pais. Essa é a base da formação da auto-imagem e segurança.
Em grande parte, as crianças que foram ou sentiram-se rejeitadas tendem a ser medrosas, ciumentas, inseguras e sempre procuram conquistar a atenção onde quer que estejam ao longo de sua vida adulta.
Mas o oposto também pode ser prejudicial, isto é, a superproteção materna ou paterna.
Crianças que foram superprotegidas passam a ter, na vida adulta, dificuldades de enfrentar situações do cotidiano e podem fantasiar soluções sem agir. Tornam-se pessoas dependentes do outro e acabam se relacionando com pessoas que, de alguma forma, representam a mãe ou o pai super-protetor.
Outro fator similar à super-proteção, porém com conseqüências distintas, é o excesso de mimo. As crianças muito mimadas passam a ser egoístas e exigentes no que se refere à realização de suas vontades. Podem se tornar adultos que tiram proveito ou exploram suas relações e têm muita dificuldade diante de autoridades.
Atualmente, devido à grande exigência do mundo globalizado, muitos pais procuram o melhor para seus filhos, porém de forma exagerada, isto é, exigem um alto grau de perfeição nos estudos e em outras atividades. Na maioria das vezes, a criança não consegue responder às expectativas dos pais e outras respondem à tais expectativas porém com grande desgaste emocional, muitas vezes não percebido pelos próprio pais.
As conseqüências vão desde a agressividade à auto-desvalorização. Quando adulto, pode não sentir-se capaz de realizar então nem parte para a ação.
A capacidade de agüentar a frustração é de suma importância para inserir a criança num contexto sócio-cultural e muitas vezes, os pais acham que não se deve frustrar ou punir. Porém é muito importante que haja a disciplina coerente, isto é, quando um pai diz não, a mãe deve apoiar tal decisão, caso contrário a criança fica confusa e passa a buscar tais modelos em sua vida adulta não possuindo valores bem definidos de comportamento.
Enfim, há muitos outros fatores que influenciam nosso desenvolvimento psíquico e emocional.
Talvez você consiga se perceber em algum desses modelos ou em outros com os quais queira compartilhar.
O trabalho terapêutico, principalmente o psicanalítico, busca compreender tais comportamentos e ao mesmo tempo estabelecer uma nova maneira de se relacionar com o outro e com o mundo à nossa volta.
Compreender nosso passado nos ajuda a compreender nosso presente e melhorar o futuro.
São os nossos primeiros anos de vida que determinam como seremos amanhã.
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