Para ser amado
Atualizado dia 12/07/2014 15:12:36 em Psicologiapor Paulo Tavares de Souza
Na verdade, quase todo mundo, sabe por quê?
Porque somos indivíduos, psicologicamente infantis, queremos que nos amem, esperamos que o mundo esteja sempre sorridente e acolhedor, pronto para a nos amparar.
Vivemos na mais absurda dependência da aprovação do outro, precisamos ser aceitos a todo custo, somos extremamente mimados e, em função disso, passamos a criar máscaras que se ajustem aos mais distintos ambientes aos quais pertencermos, dessa forma, passamos a viver um vida abstrata e virtual, seguindo desconectados da própria essência.
A vaidade, o orgulho, a arrogância e muitas outras distorções negativas do comportamento humano, são apenas desdobramentos desse caminho equivocado que escolhemos.
Poucos se rebelam e transgridem essas falsas necessidades; uma pequena minoria deixa de se render aos imperativos dos modelos atávicos de conduta, poucos deixam de buscar o amor do outro como solução para o preenchimento de seus vazios existenciais e quase ninguém muda a direção dessa busca sendo capaz de compreender que a felicidade passa pelo capacidade de aprender a se amar, aceitar-se e conseguir desenvolver um apreço por si mesmo.
Mas essa mudança de trajeto não é tão simples assim. Para gostar de si mesmo, o ser humano terá que investir na transformação do seu ambiente interior, renovar-se em termos de valores e crenças negativas e buscar o Conhecimento em níveis mais profundos, principalmente, o da sua própria condição. Precisa fazer isso até alcançar o despertar de uma nova Consciência.
Enquanto procuramos as condições adequadas para nos sentirmos felizes, considerando apenas o mundo que nos cerca, continuaremos presos à ilusão de Maya, ou seja, apegados às seduções de um campo sensorial, permanecendo escravos do dualismo que interfere diretamente na nossa verdadeira iluminação. Isso nos leva a concluir que, mesmo tendo o planeta inteiro aos nossos pés, devotando-nos todo o amor possível, não nos sentiremos completos e muito menos realizados.
Aquela velha máxima do Eclesíastes que nos diz: “A felicidade não é desse mundo”, é a mais pura verdade, ela simplesmente nos alerta para o despertar de uma nova realidade, não existe a menor possibilidade de alcançarmos a plenitude da existência enquanto estivermos hipnotizados por essa paisagem, muito menos vivendo na esperança do amor de outras pessoas. O texto jamais quis dizer que não podemos ser felizes, podemos sim, mas não nesse mundo projetado pela sombra coletiva.
Infelizmente, a praxe política conseguiu até distorcer e sentido verdadeiro e profundo daquele ensinamento de Francisco de Assis: é dando que se recebe, pois trata-se de uma regra fundamental para o desenvolvimento humano. Quando começamos a dar, significa que não nos importamos mais em receber nada de ninguém, estamos apenas irradiando o nosso estado de desprendimento; desta forma, por força do princípio da Lei de Ação e Reação, nossa vida se transforma em um manancial de graças constantes e todo amor que deixamos de buscar de forma ostensiva e superficial passa a se transformar na matéria prima da nossa existência, pois o mundo passará a nos tratar de uma forma muito mais amorosa. Não há duvidas de que é preciso primeiro aprender a amar, antes de esperar ser amado.
Texto revisado
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