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Paranóia!

Atualizado dia 7/9/2012 10:12:56 AM em Psicologia
por Paulo Salvio Antolini


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"De médico e louco, todos temos um pouco". Ditado popular que corre pelos tempos e nunca perde seu sentido. E vamos observar nesse caso um pouco do nosso lado "loucos". Esse tema tem me chamado muito a atenção pela freqüência com que se manifesta nas pessoas o achar que tudo é com elas, tudo está direcionado a elas e em qualquer lugar que cheguem, sentem que estavam falando dela. Pura paranóia.

Vamos ver a definição não de compêndios científicos, contentemo-nos com a definição de nosso dicionário: "Paranóia -  doença mental caracterizada pelo conceito exagerado que de si mesmo faz o doente que se julga incompreendido e superior ao seu meio, tendo por vezes delírios de grandeza ou de perseguição. Idéias persecutórias desencadeadas pelo consumo de drogas psico-estimulantes ou psicodislipticas". Nos compêndios, as divergências de classificação entre as esquizofrenias e psicoses, suas abrangências e manifestações fazem com que descaracterizemos o foco do assunto.

E o foco é o quanto às pessoas acham que tudo é voltado a elas, gerando pensamentos e conclusões que são verdadeiros delírios mentais. Pois na realidade, não é nada disso que acontece.

Percebo que um dos principais motivos que leva as pessoas a isso, é o constante julgar-se e comparar-se, colocando-se sempre em questão, para que a todo o momento estejam sentindo-se aceitas ou não pelos que as cercam. É um "avaliar-se" ininterrupto. Essas pessoas não se dão descanso, não se aceitam como são e precisam então se auto-convencerem de suas importâncias e seus valores.

"Isso só acontece comigo". "Até agora, todos podiam, foi só eu querer, veja, já não se pode mais". "Todos podem fazer tudo, eu não posso fazer nada". Acrescentem a essas afirmações tantas outras que dizemos a cada momento. E todas estão embasadas no sentimento de que, se fosse com outra pessoa, tudo seria diferente, só porque é comigo ou para mim, então muda de figura.

O filho que acredita ter os mesmos direitos que seus irmãos, sem considerar condições diferentes, como idade, maturidade etc. Cria em sua mente a idéia de que está sendo perseguido por seus pais que não o deixam, por exemplo, ir à danceteria junto com seus irmãos. O fato dele ter 13 anos e os irmãos acima dos 16 não significa nada. A esposa que acha seu companheiro um tremendo "carrasco", pois com os outros não discute, mas com ela tudo quer palpitar, esquecendo-se que ele ao tem nada a ver com os outros, mas sim com sua casa, sua família, seu orçamento, enfim, que é com ela que ele tem que compartilhar das decisões. Para ela, o não comprar o vestido querido, diz que ele acha que ela não merece. Ele, apenas disse que nesses próximos meses não tem como tirar essa verba do orçamento.

Colegas de trabalho, em vários níveis hierárquicos, que estabelecem acirrada disputa por acharem estar sendo vítimas de perseguições e diferenciações por parte dos colegas e/ou superiores.

Enfim, em qualquer situação em que isso ocorra, leva as pessoas a "criarem" estórias inverídicas, criação essas que regem o comportamento das mesmas. Portanto, suas ações e reações serão baseadas em seus próprios delírios, esse é o termo, fazendo com que a manifestação dos demais sejam em função desta manifestação delirante, consequentemente, o que elas recebem foi gerado por elas mesmas e não pelos que as cercam.

Aqueles que carregam dentro de si forte sentimento de serem injustiçados pela vida, pelas pessoas, dêem uma parada e comecem a se perceberem em como estão se vendo verdadeiramente. Aqui é o desafio, pois quem se vê e se sente assim, acha que não tem nenhuma distorção de percepção. Porém, como esse texto não é direcionado a casos extremos e sim a nós, "normais", então é possível sim deixar a porta da reflexão aberta para encontrar onde estamos nos desligando do mundo e olhando apenas para nossos umbigos. Eu sou o meu centro, o meu referencial, mas não o centro e o referencial do mundo!

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