Menu

Profissão Terapeuta

Atualizado dia 7/11/2008 1:18:41 PM em Psicologia
por Maria Isabel de Oliveira


Facebook   E-mail   Whatsapp

A terapia é uma viagem de autodescoberta. Não uma jornada curta e simples, nem tampouco livre das dores e tropeços. Há perigos, há riscos e nem a própria vida passa sem eles, já que em si constitui uma viagem para o desconhecido, que é o futuro. A terapia retoma o passado esquecido e esta não é uma época segura e tranqüila, pois se o fosse, não teríamos vindo dela marcados pelas cicatrizes das batalhas. Esta não é uma viagem que eu poderia recomendar a alguém fazer sozinho, apesar da certeza de que houve os corajosos que a empreenderam por si.

A palavra "terapeuta" (do grego, "therapeutés") significa "servidor, curador". Ao terapeuta cabe criar condições para a reconquista de fluidez, transparência, consciência e flexibilidade, tornando o indivíduo fértil e cultivável, senhor de sua consciência orgânica de cura. Suscetível de ser cultivado e trabalhado, ele é também aquele que cura a si mesmo, na medida em que opta pelo caminho da responsabilidade sobre si, compreendendo seus limites e possibilidades como ser humano.

O terapeuta funciona como guia ou navegador; seu treino levou-o a reconhecer perigos e a aprender como enfrentá-los; além disso, será o amigo que oferecerá a mão compreensiva e encorajadora quando vier o mau tempo. É necessário que o terapeuta tenha feito a sua viagem pessoal ou que esteja a meio caminho, e com um nível suficiente de experiências armazenadas, para poder já ter construído um senso sólido de si mesmo e estar suficientemente preso à realidade de sua própria pessoa, para que possa servir de perto ao cliente, nos momentos em que as águas tornarem-se essencialmente revoltas.

A viagem de autodescoberta não acaba nunca; não há a terra prometida onde, finalmente, podemos aportar e ficar. Nossa integralidade nos escapará continuamente, conquanto cheguemos perto dela a cada momento. Uma das razões para este paradoxo é vivermos numa sociedade altamente civilizada e técnica, que vai nos levando, a alta velocidade, para cada vez mais longe do ambiente do qual somos parte integrante. Mesmo quando a terapia é bem-sucedida, não ficamos livres de todas as tensões, dadas as condições que a vida atual nos impõe constantemente e que nos impelem para novas tensões. O poder que as terapias e alguns terapeutas se advogam, de eliminar por completo os efeitos de todos os traumas vividos durante o desenvolvimento e o crescimento, é algo a ser questionado, pois acredito ainda, que são as tensões, este acúmulo de energia, os propulsores de novas e constantes buscas do processo evolutivo.

É de se perguntar, então, o que é que se ganha fazendo terapia, já que não há uma liberação completa das tensões e nem um término para a viagem? Felizmente, a maior parte dos que buscam esse tratamento não está atrás de nirvanas nem de jardins de éden. As pessoas estão confusas, desesperadas às vezes e precisam de ajuda para continuarem a jornada da vida. Fazê-las remontarem a épocas anteriores pode provê-las dessa força, se houver uma melhoria em sua autoconsciência, se puderem expressar-se melhor e aperfeiçoar seu autodomínio. Estarão melhor equipadas para lutar se tiverem um senso mais forte de si mesmas. A terapia pode ajudá-las nesse sentido, pois as libera de suas restrições, aproximando-as de sua verdadeira e autêntica natureza, fonte de sua força e de sua fé.

Considerar a terapia como um processo interminável levanta uma questão de ordem prática? Quanto tempo vou ter que vir vê-la?, perguntam-me os pacientes. Como utilizo a Astrodiagnose, inclusive para ter uma premissa do tempo mínimo necessário para a terapia, além de responder objetivamente, complemento com uma resposta prática, mas subjetiva: “Você ficará em terapia tanto tempo quanto sentir que vale a pena em termos de tempo, de esforço e de dinheiro”. No entanto, posso interromper uma terapia se sentir que não está levando a nada, no sentido de impedir o paciente de usá-la como muleta existencial. Já o paciente terminará o vínculo terapêutico quando sentir-se capaz de assumir por si a responsabilidade pela continuidade de sua evolução, ou seja, quando achar que pode continuar a viagem sem outro guia. O verdadeiro critério da terapia bem-sucedida é fazer com que o cliente dê início e mantenha um processo de desenvolvimento que se perpetue, independente dos préstimos terapêuticos.

Aquário, signo regente desta Era, prenuncia que encontraremos o guru ou guia dentro de nós, pois ele sempre esteve lá. Aproxima-se o momento desse reencontro, dessa comunhão com a nossa divindade, onde deixaremos para trás todas as muletas, todos os “gurus” que nos acompanharam até aqui, mas enquanto isso, haja TERAPEUTAS!

Texto revisado por Cris

Gostou?    Sim    Não   

starstarstarstarstar Avaliação: 5 | Votos: 89


estamos online   Facebook   E-mail   Whatsapp

foto-autor
Conteúdo desenvolvido por: Maria Isabel de Oliveira   
Maria Isabel de Oliveira tem formação em Cosmobiologia e Naturopatia, especialização em Fitoenergética e pós-graduação em Análise Bioenergética.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

Saiba mais sobre você!
Descubra sobre Psicologia clicando aqui.
Deixe seus comentários:



Veja também
© Copyright - Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução dos textos aqui contidos sem a prévia autorização dos autores.


Siga-nos:
                 




publicidade










Receba o SomosTodosUM
em primeira mão!
 
 
Ao se cadastrar, você receberá sempre em primeira mão, o mais variado conteúdo de Autoconhecimento, Astrologia, Numerologia, Horóscopo, e muito mais...


 


Siga-nos:
                 


© Copyright 2000-2024 SomosTodosUM - O SEU SITE DE AUTOCONHECIMENTO. Todos os direitos reservados. Política de Privacidade - Site Parceiro do UOL Universa