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Quando nasce um bebê...

Atualizado dia 11/04/2016 14:18:46 em Psicologia
por Andrea Pavlo


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Eles vêm, aos poucos. Não chegam de uma só vez. Vão se embrenhando na sua vida. Eles noticiam, avisam, com pequenas dicas. A menstruação que atrasou, a carta que chegou, algum enjoo. Uma sensação de que tem alguma coisa “errada”, mas que ainda é tão certa.

Aí você descobre. É um bebê, ele está a caminho. Começam os planos na cabeça. Como será a gestação? Será que é menino ou menina? Chegam os primeiros presentes. Um macacão lindo, um sapatinho. Tudo minúsculo, tudo tão novo. Tudo cheira ele. Todo o presente se enche de agora.

Um dia, depois de muito tempo, um tempo que demora, chegam as dores. Chega o dia marcado. Ele vai sair do seu forno, quentinho. Do conforto da mamãe querida. Ele verá o mundo. Vai abrir os olhos, vai chorar de dor e de susto. Todos lá, esperando. Uma legião de pessoas, enfermeiras, babás, avós. Todo mundo pronto, ansioso. Todo mundo feliz.

Ele aparece. No vidro da maternidade. No colo da assistente. No berçário. Ele existe! É mesmo de verdade! Estava lá dentro esse tempo todo?! É lindo. Cheiroso. Frágil. Quase humano. Você chora de emoção, de uma felicidade que não tem tamanho. Só quer estar por perto, ao redor dele. Quer amanhecer ao redor dele. Quer poder tocá-lo, mesmo que pouco ou de longe. Quer que ele saiba que você está lá para ele.

Olha, o que você precisar viu, bebê? Eu aprendi um monte de coisas aqui fora que posso lhe mostrar. Como uma irmã mais velha, sua vontade é proteger e explorar. Você quer ele saiba tudo o que você sabe e mais meia dúzia de bobagens. Quer que ele seja um montão de coisas legais! Que seja rico como você não conseguiu. Que seja próspero, que conheça celebridades ou que viagem o mundo. Quer para ele a sua vida perfeita.

Mas ele é ele. E ele vai crescer, vai aprender tudo o que precisa. Ele vai aprender a comer, a falar, a andar. E você estará lá, ainda, por perto. Vai, não só ensinar, mas aprender muito. Vai viajar nas frases dele, vai chorar quando ele se machucar na escola. Vai viver um pouco o que ele vive.

E, um dia, ele será um homem ou uma mulher. E você ainda estará lá. E vai ver tudo o que você desejou se tornar realidade. Mesmo que não seja verdade. Vai enxergar toda força e beleza, mesmo que ele não veja em si mesmo. Vai ser a tia, o tio, o pai, a mãe, lá de longe. Vai deixar para ele um legado, as coisas que você conseguiu passar para ele. Ele é um pouco de você e vai ficar aí, no mundo. Você vai precisar ir embora, mas deixou alguma coisa.

Cada bebê que nasce é um pouco da gente que fica.

Para os meus sobrinhos: Mariana, Bento e Lorena.

Texto revisado


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Conteúdo desenvolvido por: Andrea Pavlo   
Psicoterapeuta, taróloga e numeróloga, comecei minhas explorações sobre espiritualidade e autoconhecimento aos 11 anos. Estudei psicologia, publicidade, artes, coaching e várias outras áreas que passam pelo desenvolvimento humano, usando várias técnicas para ajudar as mulheres a se amarem e alcançarem uma vida de deusa.
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