Quem nos ensina a ter fé?
Atualizado dia 5/22/2010 10:34:33 AM em Psicologiapor Cássia Marina Moreira
Todas as religiões ensinam de um modo ou de outro a rezar, seja puxar o terço, uma ladainha, na leitura de um salmo, reflexões de passagens das escrituras sagradas; qualquer texto religioso, os vedas, o antigo testamento, o alcorão, a cabala, os escritos milenares chineses, japoneses, taoístas todos sem exceção nos ensinam a teoria da fé, a religião que é regra, é razão, é entendimento de como ela deve ser proclamada.
O que devemos fazer, o como devemos agir, qual caminho seguir, qual a melhor forma para glorificar o Deus que este ou aquele credo possui para sermos considerados bons religiosos ou pelo menos religiosos.
Mas o que todas estas palavras ou preces ditas ‘religiosamente fazem ou podem realmente fazer por nós?
Aprendi e decorei a oração do Santo Anjo do Senhor ainda no Jardim da Infância com pouco mais de três anos. O significado das palavras desta prece, textualmente com o passar dos anos e com todas as aulas de educação religiosa no colégio deu para entender, mas quando foi que eu realmente aprendi e com quem foi que aprendi sobre a fé? Sobre ter fé?
A religião católica fala inúmeras vezes do dogma da fé, em várias situações onde a razão não chega a fazer um bom trabalho por si só. É preciso mais e este algo mais é a fé, é o conseguir acreditar, ir além. Pode ser em algo que não se vê. Algo que não se pode tocar; algo que, na verdade, nem se pode ter certeza ao seu respeito. Mas que através do poder da fé proclamamos a "vossa e a nossa ressurreição", em algum tempo e lugar.
Que não neste exato momento, onde tocamos e vemos para poder crer, mas depois, tomará -diriam alguns- bem depois! Por hora ainda é cedo! Talvez este pensamento seja corriqueiro, pois por mais fé que possamos aclamar por aí, e por aqui sempre faltará um pouquinho.
Somos humanos não se esqueçam disto. E isto, por incrível que pareça, é uma faca de dois gumes, por um lado a humanidade traz este ‘dom com ela a capacidade ímpar de acreditar que algo bem maior que esta mesma humanidade irá acontecer, e milagrosamente nos tirar desta encrenca.
Por outro lado, a capacidade também bastante humana de duvidar que tais coisas como os milagres possam mesmo acontecer ou existir.
Parece que a fé está sempre acompanhada pelo beneficio da dúvida. Assim, enquanto estivermos em dúvida, talvez possamos continuar rezando mesmo que de forma racional, nas infindáveis ladainhas, orando sem parar, fazendo mantra ou recitando daimoku, puxando um terço e seus mistérios todos - mesmo que mecanicamente para pagar nossas dívidas e combater nossas mais profundas dúvidas, aquelas causadas pela nossa pouca fé.
Texto revisado
E quem sabe um dia, em meio a tantas orações possamos ser agraciados com um pouco de fé!
Avaliação: 5 | Votos: 8
Cássia Marina Moreira Psicóloga / Terapeuta Floral - Vibracional Pesquisadora do Sistema das Essências Vibracionais D´Água E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |
