Reflexões sobre Ser Terapeuta
![Facebook](https://www.somostodosum.com.br/apoio/rede-sociais/face2.png)
![E-mail](https://www.somostodosum.com.br/apoio/rede-sociais/mail2.png)
![Whatsapp](https://www.somostodosum.com.br/apoio/rede-sociais/zapp2.png)
Autor Andrea Malta
Assunto PsicologiaAtualizado em 8/10/2015 8:18:01 PM
Terapeuta...
Que papel é esse que escolhemos desempenhar, acompanhando a jornada de pessoas que sofrem por terem, em algum momento, se perdido de si mesmas?
Para mim, esse papel é antes de mais nada, colocar-se a serviço do outro. Servir outro SER.
E o que é de fato servir?
Em primeiro lugar estabelecer o vínculo e a confiança mútua, estando presente, centrado, envolvido com o relacionamento terapêutico.
Estar interessado no outro. Abrir a escuta. Isso é Empenho.
Caminhar ao seu lado, apoiando o seu próprio caminhar, sem isentá-lo da sua responsabilidade e sem tolher a sua liberdade. Isso é Apoio.
Ver o mundo com o olhar do cliente, para compreender a sua visão, como pensa e o que realmente sente. Sua relação com o mundo e consigo mesmo. Isso é Empatia.
Ao mesmo tempo, mostrar-lhe um olhar novo sobre suas velhas questões, oferecendo-lhe elementos de reflexão, para que a partir daí mudanças sejam possíveis.
Escutar atentamente e pensar junto. Pensar com o cliente, sendo um facilitador, um catalisador do seu processo, ajudando-o a perceber, sentir e ampliar a sua própria realidade. Permitindo que entre em contato com sua sabedoria interna e desenvolva o seu terapeuta interior.
Ajudar a identificar e remover os obstáculos que estão bloqueando o seu caminho.
Estimular a sua autenticidade, aceitando incondicionalmente esse Ser, que nos pede ajuda, conhecendo-o da forma mais completa possível, com o cuidado para não nos limitarmos a diagnósticos, que podem nos levar a interpretações tendenciosas.
Acolher o cliente, reconhecendo as suas particularidades. A aceitação e o apoio positivo são extremamente encorajadores, e muitas vezes, podem ser o principal veículo da ajuda terapêutica.
Possibilitar que o cliente vivencie a sua totalidade, ajudando-o a integrar as suas polaridades, reconhecendo seu lado luz e seu lado sombra, esse é o caminho transpessoal, da integração e do reconhecimento das nossas limitações e do divino que habita em nós. Abrindo espaço para essa integração, é possível chegarmos a síntese que cura.
Ajudá-lo a reorganizar sua relação consigo mesmo, com o outro e com o mundo, através de formas menos cristalizadas, engessadas nas mesmas possibilidades, incentivando-o abrir-se para o novo, para o saudável, para a beleza da vida, que mesmo difícil, sempre tem o seu encanto.
Utilizar técnicas como um meio e não como um fim. E ao escolher uma determinada técnica, sempre lançar mão da pergunta: “O que vai ajudar a iluminar mais claramente essa situação, ou esse sentimento, ou esse momento?
Perceber o cliente em suas dimensões psíquica, corporal, emocional e espiritual, ajudando-o a integrar todas essas dimensões, que separadas levam a fragmentação do ser humano, ao sofrimento e a doença.
Orientá-lo a cuidar do seu corpo, das suas emoções, e dos padrões de pensamentos repetitivos, que levam a comportamentos indesejáveis e que trazem sofrimento.
Cuidar também de nós mesmos, estando alinhados com aquilo que somos, em contato com nosso mundo interior, abertos aos nossos próprios sentimentos, emoções, conhecendo nossas limitações, atentos as nossas necessidades, para podermos assim, ajudar o outro a entrar em contato com o mundo interior dele. Isso é congruência.
Nesse sentido cabe a pergunta: “Posso levar meu cliente além do ponto em que cheguei?”
Segundo Irvin Yalom, Jung frequentemente falava da maior eficácia do curador ferido. Ele chegava a afirmar que a terapia funcionava melhor quando o cliente trazia o unguento perfeito para a ferida do terapeuta.
O Self do terapeuta é o seu instrumento mais valioso. Cuidemos do nosso Self. Cuidemos do nosso Ser.
Antes de mais nada, o processo terapêutico é um encontro humano autêntico, e a palavra aqui é RELACIONAMENTO. É esse relacionamento que impulsiona a terapia. É a partir dele que virá a transformação, pois onde há vinculo saudável, há expansão.
O ser humano possui uma propensão inata para a autorrealização e para Jean Yves Leloup: “a tarefa considerada primordial para os Terapeutas do Deserto era cuidar, já que é a natureza quem cura. Antes de tudo, cuidar do que não é doente em nós, do Ser, do Sopro que nos habita e inspira. Também cuidar do corpo, templo do Espírito, cuidar do desejo, reorientado-o para o essencial; cuidar do imaginar, das grandes imagens arquetípicas, que estruturam a nossa consciência e cuidar do outro, o serviço à comunidade, implicando o próprio centramento no Ser."
E para finalizar, transcrevo algumas palavras do mestre Roberto Crema:
“Tudo isso que nos constitui é o que “estamos sendo”. É um sonho breve, que passa. A fonte do mistério, que jamais nos toca diretamente... O Transpessoal. Tudo brota desse mistério e a grande tragédia contemporânea é a do esquecimento. Nós esquecemos do essencial."
Saúde plena é quando a essência se manifesta na existência.
Cuidemos então do ESSENCIAL.
![star](https://www.somostodosum.com.br/clube/stars.png)
![star](https://www.somostodosum.com.br/clube/stars.png)
![star](https://www.somostodosum.com.br/clube/stars.png)
![star](https://www.somostodosum.com.br/clube/stars.png)
![star](https://www.somostodosum.com.br/clube/stars.png)
![estamos online](https://www.somostodosum.com.br/testes/icones/consulta-profissional-tarot.gif)
![Facebook](https://www.somostodosum.com.br/apoio/rede-sociais/face2.png)
![E-mail](https://www.somostodosum.com.br/apoio/rede-sociais/mail2.png)
![Whatsapp](https://www.somostodosum.com.br/apoio/rede-sociais/zapp2.png)
Psicóloga, Psicoterapeuta Transpessoal e Coach, interessada por todas as áreas de desenvolvimento humano que contribuam para a existência de seres mais felizes, plenos e amorosos. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |