Sabe aquela pessoa que só atrai o que não serve?
Atualizado dia 08/11/2019 18:22:37 em Psicologiapor Rosana Ferraz Chaves
- Fulana é igual curva de rio, só atrai bagulho!
- Fulano tem o dedo podre!
- Feliz no jogo, infeliz no amor!
- O amor é uma flor roxa que nasce no coração dos trouxas!
Mas será que tudo isso é real? Segundo as neurociências, não.
Vamos estudar três premissas sobre o cérebro, que provam que você não tem “culpa” por sentir atração pelas pessoas “erradas”.
1) O cérebro não trabalha com a realidade.
Portanto, a atração inicial é inevitável, quando é sincera. Mas, na prática, o que isso significa? Que primeiro o cérebro se sente atraído e só depois ele analisa se o objeto da atração vale “a pena” ou não.
A atração inicial ocorre quando surge na sua frente uma pessoa ou uma situação que em algum lugar do passado, já foi favorável para você.
Por exemplo, você assistiu ao filme “Uma linda mulher” e achou a história maravilhosa!
É possível que no futuro, mesmo sem perceber, você espere que um homem rico surja do nada, se sinta realmente atraído por você, se apaixone loucamente e vocês se casem no final.
É possível que a partir desse dia, você comece a gostar muito de champanhe com morangos, mesmo não se lembrando do motivo.
E também é possível que qualquer homem, pobre ou rico, parecido fisicamente pelo ator principal, atraia sua atenção.
Da mesma forma, um homem pode se apaixonar por uma mulher que é a cara da Julia Roberts, com um passado complicado igual ao da personagem do filme, acreditando que o que estava faltando pra ela mudar de vida era exatamente ele. Só que não.
2) O cérebro trabalha com programações repetitivas.
Não importa se foi apenas ficção. Para o cérebro, tudo o que você sente é real e ficará guardado para uso, quando pelo menos um elemento que esteja armazenado se repetir no mundo real. O nome disso é gatilho.
Não importa se o Sr. João, porteiro do seu prédio é casado, ama sua esposa, é pai de cinco filhos e dez netos. Se ele fisicamente for parecido com o Richard Gere, tá valendo!
A mente é parecida com um gato. O gato não se importa se sexta-feira você brincou com ele o dia inteiro e no sábado quer descansar. Se foi bom, o gato quer repetir a brincadeira todo santo dia.
Enquanto a experiência não for ruim, ele vai querer repetir.
Ele não entende as suas necessidades. Ele quer e fim de papo!
3) O cérebro trabalha com âncoras.
Significa que ele agrupa sentimentos com ações. Se no passado você teve um professor de matemática que era prepotente e loiro de olhos azuis, e você o detestava e não via a hora de se livrar dele, toda vez que você se deparar com alguém do mesmo tipo físico, o cérebro vai lhe mandar dizer que “não sabe por qual motivo, mas não foi com a cara dele”.
Mas tudo isso ainda não explica por que você sempre sente atração pela pessoa errada.
Não é a pessoa que está errada. Porque cada uma tem o arbítrio condicionado, para ser e agir como quiser, de acordo com suas crenças.
O problema é que após passar a primeira impressão, boa ou má, você ignora todos os sinais do cérebro, pra persistir ou se livrar da pessoa.
Você sabe que apesar dele ser loiro de olhos azuis, as atitudes dele lhe mostram que é um cara legal e o seu eu lhe dá permissão para prosseguir, mas você não quer. Prefere insistir no outro que é moreno, mas é a cara de um cantor que você adora.
Você já sabe que a pessoa é problemática, que mente pra você, e que a trata de forma desprezível, mas como ele é a cara do Richard Gere, você insiste.
Você se machucou tanto, que nunca mais quer se relacionar com “ninguém”, porque “todo mundo” é igual.
E o problema nem é a aparência de um ator bonito, porque os sentimentos são muito mais fortes e profundos do que a aparência.
O que o cérebro tem lhe escondido esses anos todos, foi que mesmo a pessoa sendo muito problemática, ele vê algum ganho em permanecer com ela, sem ela ou com ninguém.
É esse ganho que precisa ser questionado. Quer aprender mais? Acesse: www.ateliersantamagia.com.br.
Texto Revisado
Avaliação: 5 | Votos: 3
Oraculista, sensitiva e escritora. Se dedica aos estudos de anjos, baralhos e tarots antigos, ministra cursos de oráculos, neurolinguística. Desenha mandalas e cria perfumes mágicos em seu atelier. Autora do livro Magid - O encontro com um anjo. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |