Será que é só preguiça?
Atualizado dia 10/02/2015 16:12:17 em Psicologiapor Andrea Pavlo
Na maior parte das vezes, aquilo que chamamos de preguiça é falta de motivação. Preguiça é quando, num domingo de manhã chuvoso, e sabendo que não temos nenhum compromisso, a gente se estica na cama e dorme mais um pouquinho. Ou quando ficar lá, brincando com o seu filho, só mais um pouquinho antes de lavar a louça do jantar, parece mais interessante. Em casos assim, sem gravidade, falamos de preguiça e daquela preguicinha gostosa depois de comer bem num feriado.
Mas desmotivação não é preguiça. A desmotivação é aquela completa falta de vontade de sair da cama de manhã. É aquela “Síndrome do domingo à noite”, quando toca a música do Fantástico, e tudo o que você queria era não precisar trabalhar no outro dia. Então, deve ter alguma coisa errada com as suas tarefas do dia, com o seu humor ou até mesmo com o seu trabalho.
Sentimos essa preguiça porque não queremos olhar a situação de frente. Não estamos mais naquela energia do trabalho, não aguentamos mais aquela academia. Ou, no caso de uma criança, que preguiça de ir para escola, será que é preguiça mesmo? Será que não acontece alguma coisa por lá que você não saiba? Bullying, uma dificuldade de aprendizado ou até falta de óculos podem desestimular uma criança ao extremo.
Nos adolescentes isso acontece muito, mas ainda assim não é preguiça. Os adolescentes estão geralmente bem perdidos. Não sabem o que querem, tem uma imagem muito negativa de si mesmos, não tem autoestima. Aí para você querer que ele mantenha o quarto arrumado, é complicado. O mundo externo dele está só mostrando o mundo interno. Atolado de coisas sem lugar ainda no mundo. Sei que é difícil, mas é preciso ter paciência.
Algumas pessoas não têm o pique de outras. Minha mãe, por exemplo, tem 20 anos a mais que eu, mas se mexe muito mais e melhor. Fica com o meu sobrinho bebê no colo por horas, enquanto eu mal consigo por alguns minutos. Não dá para me chamar de preguiçosa, dá?
A gente nunca sabe o que desmotiva o outro. Pode ser uma série de coisas (incluindo falta de noção ou de educação mesmo). Mas essa palavra “preguiça” precisa ser ressignificada. Será que é isso mesmo que você sente? Reveja o que precisa ser realmente mudado na sua vida e depois se julgue (ou julgue os outros). É sempre melhor e nos mantém mais saudáveis e felizes.
Texto revisado
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Psicoterapeuta, taróloga e numeróloga, comecei minhas explorações sobre espiritualidade e autoconhecimento aos 11 anos. Estudei psicologia, publicidade, artes, coaching e várias outras áreas que passam pelo desenvolvimento humano, usando várias técnicas para ajudar as mulheres a se amarem e alcançarem uma vida de deusa. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |