Seu querer e seu poder - ser consumida ou ser consumidora?
Atualizado dia 9/4/2007 12:26:36 PM em Psicologiapor Andrea Pavlo
Diálogo do filme: "Um tira no jardim da infância"
Lembro-me o quanto morri de rir quando vi esta frase no referido filme. Um pequeno menino, de uns 4 anos de idade, definia de maneira poética a diferença entre homens e mulheres. De fato, ele não estava errado. Os homens tem pênis e aprendem a usá-lo de uma maneira, muitas vezes, catastrófica. E as meninas, pobres meninas, tem "só" uma vagina!
Não estou aqui querendo falar da anatomia sexual humana, apesar dela passar totalmente pelo crivo das minhas questões neste artigo. Estou querendo falar sobre a diferença entre homens e mulheres quando mencionamos o nosso elemento Terra, ou seja, as finanças e os bens materiais.
Há alguns dias tive uma luz, um insight. Mulheres tem vagina e não são ensinadas a cuidar do seu rico dinheirinho e nem a fazer mais dinheiro. São ensinadas a lavar, passar e preparar maravilhosos pães. São até mesmo estimuladas, nos dias de hoje pelo menos, a freqüentarem uma faculdade e não dependerem dos homens. Só se esqueceram de nos dizer como.
Minha mãe vivia me dizendo isso. "Cresça, trabalhe e não precise de um homem para nada, nem mesmo para trocar uma lâmpada". Se você tiver dinheiro, de fato, você poderá contratar alguém para trocar a lâmpada. Mas exemplos simplistas a parte, minha mãe estava certa. Ela mesma sempre dependeu financeiramente do meu pai que, por ser brasileiro e normal, sempre manteve o controle das finanças consigo mesmo. Resultado? Minha mãe mal sabia usar um cartão de débito. Um dia ela se revoltou e resolveu que ia sim aprender a usar essa coisa. Eu também fiz isso, de alguma maneira. Comecei a entender de cartões de crédito e débito, empréstimos super fáceis no banco , cheque especial. Deslumbrada e feliz por "ter" todo aquele dinheiro aconteceu o inevitável: me atolei em dívidas e juros, até não querer mais!
A primeira coisa que sentimos quando nos vemos nessa situação é culpa! Muita culpa! Culpa por gastar, culpa por não ter controle sobre si mesma, culpa por ter chegado a esse ponto. Eu chorei uns 3 dias seguidos e tinha taquicardia cada vez que abria a conta do banco e via mais um saldo em vermelho ou mais um cheque minguando o resto de crédito que ainda restava. E o choro não era de nada mais a não ser culpa.
Mas, um dia, fui eu quem tive um insight. Caramba! Como eu poderia saber? Meu pai nunca me falou o que era juros. Na escola ninguém abre a boca sobre esse assunto, a não ser que você faça uma faculdade de economia. Na TV tudo parece tão complicado e estranho. Eu tinha errado, claro, mas em que ponto? Será que a culpa era mesmo toda minha? Será que se eu não tivesse sido melhor ensinada, se não tivessem me ensinado o beabá da economia ao invés das cadeias de carbono (sinceramente não sei para que servem tantos cálculos até hoje) eu não teria menos problemas hoje? Claro que sim. A educação está errada em todos os sentidos. Os pais não ensinam os filhos a serem independentes. A escola muito menos. E fico eu presa no cartão de crédito para sempre? NÃO!!!
A revolta, amigas, é uma coisa boa. Ela nos faz repensar as coisas. Cansada de tantos problemas fiz o óbvio. Passei uma bela e afiada tesoura nos meus cartões de créditos, os 5 já que tinha adquirido. Fiquei só com 1, para emergências, que fica escondido no fundo do armário com um post it "Cuidado, perigo de dívidas". E fui aprender essa coisa.
Aprender. O que nós precisamos é de aprendizado. É entender a língua do economês e parar de ter preconceitos com ela. Ela é até divertida, quando sabemos o que estamos fazendo. Consegui alguns livros, pesquisei vários textos da internet e estou compartilhando informações com quem também quer aprender sobre isso. Também estou pesquisando as leis da prosperidade, da atração, mas só isso não é suficiente. Somos enganadas o tempo todo. Pela mídia, pelas promessas que seremos melhores e mais bem aceitas se tivermos isso ou aquilo. Aquela bolsa cara, aquele casaco. Pegam a gente pela auto-estima, pela criação de uma necessidade de consumo. Aliás, esse é um termo que corre solto nas agências de publicidade "crie necessidade de consumo para um produto". Parece justo? Parece justo que você caia nessa armadilha e seja a idiota da história só porque não foi ensinada? Eu me revoltei, mesmo. De agora em diante eu estou no jogo, queridos. Quero ver quem é que me engana!
Sugestão de leitura "Mulher Rica: livro de investimentos para mulheres" - Kim Kiyosaki - Ed. Campus
Avaliação: 5 | Votos: 7
Psicoterapeuta, taróloga e numeróloga, comecei minhas explorações sobre espiritualidade e autoconhecimento aos 11 anos. Estudei psicologia, publicidade, artes, coaching e várias outras áreas que passam pelo desenvolvimento humano, usando várias técnicas para ajudar as mulheres a se amarem e alcançarem uma vida de deusa. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |