Sexualidade
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Autor Alexandre Cruz Masi
Assunto PsicologiaAtualizado em 23/06/2009 13:55:44
Creio interessante iniciar com uma definição do que pretendo falar neste pequeno artigo. Naturalmente não pretendo ir muito a fundo no tema, que é bastante vasto.
Considero a sexualidade como uma forma de prazer que não se reduz ao ato sexual em si.
Como diria Freud, toda fonte de prazer é erótica. O que temos então é uma gama de atividades que vão de uma simples ação, que pode ser tomar um café, até o ato sexual, que seria o maior prazer, terminando naturalmente em coito genital com orgasmo.
O próprio Freud chegou a julgar que uma atividade sexual (preliminar), que não atingisse o coito genital, seria perversão por estar em jogo a reprodução da espécie.
O que podemos ver de cara é que, de fato, parece não haver bem uma regra para tal.
Creio que há uma vasta gama de possibilidades, fantasias e etc. Tudo dependendo do acordo e entendimento claro entre os parceiros.
Na verdade, embora pareça simples, em minha colocação anterior, há seus entraves. Talvez pelo fato de eu ser clínico, venho dando maior atenção as fatos que atravessam as relações. Isso sim, é que, a meu ver, vem causando muitos desencontros nos relacionamentos afetivos e sexuais em geral.
Quero reforçar que, quando falo anteriormente de relacionamentos, não me refiro a determinados tipos como namoro, casamento, ficar, amizade colorida e etc. Mantenho a coerência com o que venho dizendo, prego o prazer da relação, entre parceiros que se entendem.
Então é simples? Parece que não! Cada vez mais percebo que de fato há um grande impasse, que ao contrário de que podemos pensar em primeiro plano, que seria culpa do outro, na verdade vem de nós mesmos.
Será que na verdade nos relacionamos com os outros? Seja como for a relação há algo a se pensar.
Dependendo de nossa criação, valores vindo da cultura, crenças, formamos nossa personalidade, que de certo modo passamos também a projetar no outro. É como se fosse nossa própria imagem num espelho. Então volto a perguntar: Com quem nos relacionamos? Com nós mesmos, na maioria das vezes.
Será que dá certo nos relacionarmos com nossa própria imagem no espelho? Onde está o outro? Então estamos acompanhados de ninguém!
Temos que desmontar a imagem pré fabricada do outro, para assim podermos vê-los e então nos relacionarmos com ele. Quanto menos projetarmos nossas fantasias nele, mais o parceiro aparece, para troca de prazer.
Abandonar preconceitos, modelos pré formatados, nos permite ter uma real relação com o outro. E obter prazer com essa troca.
Sexualidade para mim é essa troca, com um outro que não somos nós mesmos.
Volto a repetir que, quando me refiro ao outro, de forma alguma atribuo qualquer responsabilidade a ele, pela relação. Conhecer, se relacionar, entender e ter sua correspondência, não significa, uma radiografia do outro, para sabermos como agir com ele. Falo de uma radiografia de nós mesmos. Não é possível o relacionamento sem primeiro sermos nós mesmos.
Temos que saber o queremos de fato, para não acabar cobrando do outro o que nem sabemos se queremos mesmo.
Muitos relacionamentos começam fadados ao fracasso. Culpa do parceiro? Seria ótimo! Não precisaríamos pensar em nós mesmos, pelo menos mais a fundo.Muitos se julgam azarados, dizem que nunca aparece alguém interessante, legal. Será que de fato isso existe?
Muitos, mesmo sem saber, preferem seu próprio mundo de fantasias, porque acham mais seguro, mais perfeito e cômodo, no sentido de administrar o desejo do outro, o que pode demandar maior envolvimento.
Quantos não preferem a segurança de seu mundo fechado e particular, ao mundo externo e perigoso, com suas coisas boas e também ruins? O parceiro está lá fora, esperando para trocar...
Alexandre Cruz Masi
Psicólogo CRP 05/26592
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