Sobre a liberdade de ser você mesmo

   

Autor Joana Prata

Everybody wants to be somebody, but nobody wants to be themselves.

O mundo possui aproximadamente 7 bilhões de habitantes. Cada um, dentre todos eles, possui um conjunto de características próprias que os torna quem são. É fato inegável que não existe duas pessoas completamente iguais no mundo. Por isso, quem você é, do jeitinho que você é e com o conjunto de dons que lhe foi designado, é o seu presente sagrado, abençoado e único. É o seu caminho para a felicidade verdadeira através da alegria de ser; ser apenas você.
 

A lógica atual fez com que acreditássemos que quem se é corresponde ao que se tem. Vivendo obedientemente sob essa máxima, a maioria da população mundial mede o conceito de identidade através do Ter e não do Ser. Medimos quem somos através dos grupos que participamos, da cultura que consumimos, da grife que nos veste, do emprego e o cargo que temos, focando-nos sempre no que nos falta para alcançarmos o que é considerado o modelo padrão no qual todos precisam se enquadrar. Aprendemos desde cedo que ser diferente não é aconselhável, já que algum dia a diferença pode gerar algum tipo de crítica e/ou exclusão. Ninguém quer ser excluído, porque não pertencer significa ser menos amado. O resultado disso é uma massa teleguiada e não pensante.
 

É inútil a busca exterior pela identidade, quando todos os seus recursos mais infinitamente preciosos estão disponíveis dentro do seu coração. Não há razão para buscar fora quando nosso tesouro mais sagrado está dentro de nós mesmos. É preciso ter coragem para abraçar quem se é com todas suas dores e alegrias, e para fazer isso, precisamos primeiramente nos permitir sentir.
 

Dentro de cada um de nós existe uma ponte. Ela liga a cabeça e o coração. A razão e o sentimento. A terra e o céu. É preciso coragem para cruzar a ponte! É preciso coragem para despertar do sono da apatia e seguir com força total na direção das coisas que fazem com que você se sinta plenamente feliz.
 

Na minha própria busca por quem sou, já caí muitas e muitas vezes na armadilha do ter e vivia escravizada pelo que os outros pensariam caso eu me comportasse de alguma forma que não fosse considerada socialmente perfeita. O que sempre soube, desde a sábia infância, é que eu era menina, sentia-me feliz ao sol e amava brincar livre na natureza. Eu fui uma criança livre e amada – realidade bastante oposta da maioria das crianças do mundo –, o que foi fundamental para que eu pudesse reivindicar minha identidade própria. O amor e a liberdade são condições fundamentais para manutenção da integridade; por isso, agradeço profundamente aos meus pais pelo amor e pela compreensão que recebi na infância e continuo recebendo até hoje.
 

Hoje, dançando livre pelo meu caminho, eu sei com todo o meu coração humano e de mulher que eu nasci para amar, para ser a força feminina poderosamente sutil e acolhedora que eu posso ser e para trabalhar humildemente pelo Amor, pela Verdade e pela Justiça em todas as instâncias da minha vida. Nasci para unir os corações por onde se faça ouvir meu canto.
 

Voar amor por toda parte…
 

Amor+Luz,  Jo
 

original em:  https://joonthego.com/sobre-liberdade-ser-voce-mesmo
 

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