Tempo, tempo, tempo, tempo...
Atualizado dia 07/11/2011 16:44:21 em Psicologiapor Andrea Pavlo
Sempre percebi que quando não estou fazendo nada, perco mais tempo. Parece que ele passa mais devagar mas não rende. E até descobri uma explicação científica para o fato, já que a percepção de prazer para o cérebro é mesmo mais rápida. Quando estamos numa situação complicada... nossa, como o tempo demora a passar!
Outro dia me submeti a uma tomografia computadorizada da mandíbula, para uma cirurgia que eu fiz. Eles colocam a sua cabeça dentro de uma máquina, lhe amarram inteira e pedem para você não respirar por alguns segundos. Aquela posição é desconfortável, não pode se mexer de jeito nenhum e nem respirar. Mas como o tempo demora a passar. Poucos segundos se transformaram em horas que não acabavam mais. É a mesma coisa com qualquer coisa que cause dor, desprazer ou até mesmo tédio.
Já com coisa boa, é bem diferente. Comecei um curso novo de 1h e meia, e passou em 5 minutos! Estava tão bom, eu não queria que tivesse fim. Mas logo que entrei, acabou, interessante isso...
Aquele ditado "se quer uma coisa bem feita, dê a alguém ocupado" é bem verdade. Quanto menos fazemos, menos queremos fazer. Quanto mais coisa, mais conseguimos agilizar o tempo e fazer tudo estar no lugar certo.
Li uma reportagem com a Sarah Jéssica Parker, diva de cinema e mãe de 3 crianças, que disse isso. Ela faz uma lista com os afazeres do dia e consegue conciliar tudo. E não, ela não tem um batalhão de ajudantes. Ela tem duas babás, para o dia somente. O resto é mesmo com ela.
Então, tudo é uma questão de organização e de usar as chaves certas para os cadeados certos. Tédio me dá depressão, me faz ficar mal. Gosto de ser ativa e rápida nas coisas que eu faço, mas preciso ter paciência com os outros, porque nem sempre as pessoas tem o seu ritmo. E para não pirar é melhor não entrar na energia de ninguém.
Uma pesquisa uma vez me fez pensar nisso também, de entrar na energia de tempo dos outros. Dizia que mulheres que corriam junto com seus companheiros tinham mais lesões do que as que corriam sozinhas. Foram pesquisar e, bingo, as que corriam com os seus homens se forçavam a seguir o ritmo deles, e acabavam machucadas. Então, não adianta. É preciso seguir o nosso tempo, o nosso ritmo. Nem correr demais e nem ficar parada. Porque tudo o que não é usado, enferruja não é mesmo?
A percepção é o tempo. Na verdade, ele nem existe. Einstein já disse isso há 50 anos, se não for mais. O tempo é a maneira como vemos as nossas vidas, os nossos anos passados. Teremos orgulho de chegar aos 70 se a nossa vida for rica e cheia das nossas aventuras. E teremos depressão aos 40 se percebermos que não estamos fazendo o suficiente, e aproveitando o nosso tempo, por nós mesmos.
Texto revisado
Avaliação: 5 | Votos: 8
Psicoterapeuta, taróloga e numeróloga, comecei minhas explorações sobre espiritualidade e autoconhecimento aos 11 anos. Estudei psicologia, publicidade, artes, coaching e várias outras áreas que passam pelo desenvolvimento humano, usando várias técnicas para ajudar as mulheres a se amarem e alcançarem uma vida de deusa. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |