Terapia Regressiva
Atualizado dia 19/03/2017 18:59:07 em Psicologiapor João Carvalho Neto
Por volta da década de 80 veio a se especificar em suas práticas, quando autores europeus como Hans Tendam, Morris Netherton, Roger Woolger, Edith Fiore elaboraram os fundamentos técnicos que persistem até os dias atuais. Hoje, mais difundida, é aplicada por muitos profissionais da área psíquica como um recurso importante e coadjuvante no tratamento das diversas patologias mentais e de estados emocionais insatisfatórios, como inadequação, baixa autoestima, insegurança, relacionamentos difíceis, hábitos estabelecidos, entre outros. Uma das questões que intimidam algumas pessoas é o medo de entrar em um processo regressivo e não mais voltar, o que não corresponde aos fatos reais. Na literatura sobre o assunto não vamos encontrar relatos de problemas dessa natureza, até porque não se vai a lugar nenhum no tempo, apenas se resgata memórias que permanecem ativas mas esquecidas. O que pode acontecer, muito raramente, é a permanência por um ou dois dias de algum estado emocional ligado à experiência regressiva, mas que se dissolvem rapidamente, normalmente após uma noite de sono.
Quanto a isso, algumas pessoas também temem lembrar de fatos ligados ao passado e prejudicarem sua liberdade de ação no presente. Na verdade, os possíveis fatos a serem lembrados só estão disponíveis porque permanecem ativos no inconsciente, apenas sem acesso à consciência. Sempre comparo isso com uma pedra radioativa que se queira guardar em uma gaveta. Ela ficará longe de nossa percepção visual mas ativa na sua capacidade de emitir radiação. Assim também com nossas emoções e lembranças reprimidas. Milton Menezes afirma que não se faz regressão para lembrar de algo, mas, na verdade, para se esquecer daquilo que está atrapalhando nossa liberdade de pensar, sentir e agir. Condicionamentos e experiências traumáticas de outras vidas e da infância podem sustentar comportamentos atuais que não se justificam pela realidade mas que acontecem apenas na nossa vida mental.
É importante perceber que, por ser uma terapia, ela não pode ser simplificada a uma estratégia regressiva, ou seja, não basta uma sessão de regressão e entrar em contato com lembranças do que se foi e do que se viveu. É preciso que todo o conteúdo vindo à tona seja contextualizado com as questões presentes da vida do paciente para que haja sentido e produtividade terapêutica nas recordações. Nesse sentido, objetivando alcançar a autopercepção sobre a própria vida, é que as sessões de regressão são realizadas com o paciente em estado consciente, levemente alterado, mas suficientemente lúcido para que possa se lembrar e elaborar suas vivências regressivas. A Terapia Regressiva, por tudo isso, não traz perigos ao paciente, quando aplicada por profissionais qualificados, mas é uma ferramenta de excelência na ajuda para restaurar a saúde e o bem estar emocional do ser humano.
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Psicanalista, Psicopedagogo, Terapeuta Floral, Terapeuta Regressivo, Astrólogo, Mestre em Psicanálise, autor da tese “Fatores que influenciam a aprendizagem antes da concepção”, autor da tese “Estruturação palingenésica das neuroses”, do Modelo Teórico para Psicanálise Transpessoal, dos livros “Psicanálise da alma” e “Casos de um divã transpessoal" E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |