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Término de relacionamento e como trabalhar o tema na terapia

Atualizado dia 6/26/2019 12:07:28 PM em Psicologia
por Cristiane Eppenstein


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No meu artigo anterior, respondi às dúvidas mais frequentes sobre terapia de casal e uma delas envolvia o término de relacionamento, pois este é um dos principais motivos de busca de terapia no meu consultório. 

De cada 10 pacientes que me procuram, 9 são relacionados ao término de um relacionamento afetivo, principalmente os mais longos, como casamentos, namoros longos, relacionamentos que tinham um projeto de vida em comum.

Quando termina um relacionamento, seja pela vontade de um dos lados ou de ambos, há uma mistura de sentimentos muito angustiantes, por isso a busca pela terapia. O paciente chega ao consultório com o discurso de “eu não sei o que fazer, minha vida parece que perdeu o sentido, a dor é muito grande, eu sinto muita falta da pessoa”.

E aí temos que começar a separar as coisas. Começando por “eu sinto muito a falta dessa pessoa”. Sim, isso é um fato, é concreto, vamos ter que lidar com isso, ter maturidade e continência emocional para conseguir lidar com esta dor. É um luto, é uma perda, quase uma morte. Você vivia com aquela pessoa, estava acostumado com ela, você amava, gostava, qualquer que seja o nome que você quer dar ao sentimento e agora não tem mais! Então, essa é a perda a ser trabalhada. Cada um reage de uma forma. Tem gente que quer sair e conhecer novas pessoas, tem gente que fica mais em casa, outros que se aproximam mais da família.. Cada um lida com a dor da forma que lhe é mais conveniente, mas é importante realizar que está lidando com aquela dor. E é assim que trabalhamos no consultório: você está lidando com esta dor; dói mas passa com o tempo. 

Com relação à queixa de tom avassalador como: “minha vida acabou, perdeu o sentido”, relacionamos isso com o que chamamos projeto de vida. Você tem um projeto, um plano de vida com a outra pessoa, este projeto é construído entre duas pessoas mas uma parte é sua, refere-se ao que você quer fazer com a sua vida, de como você quer conduzir a sua vida, dos planos e sonhos que você tem… E isso não morreu. É comum a dor da perda do parceiro se confundir com a sensação e dor de ter perdido também o plano de vida. O que morreu foi aquele plano de vida com aquela pessoa. O que você quer para a sua vida, aquilo que você está buscando, continua. E tem que continuar vivo, mesmo. Porque isto não tem a ver com a relação, tem a ver com o que você quer.

Finalizando, este é um ponto importante trabalhado na terapia em um término de relacionamento afetivo: separar a dor do final da relação, da dor de um final de plano de vida, que será refeito e atualizado, com ou sem outra pessoa.

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Conteúdo desenvolvido por: Cristiane Eppenstein   
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