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TRANSFORMAÇÃO

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Autor Elena Mara de Oliveira Ramos

Assunto Psicologia
Atualizado em 18/08/2008 17:05:39


Transformar requer desapego.Desapegar-se do que não serve mais, sem dó nem piedade. Vem junto com a dor daquilo que não tem mais função em sua vida e você preserva pelo costume. Quais os medos com os quais você se acostumou e nem existem mais?

Transformar é fazer literalmente arrumação interna e externa. Arrumar armários e gavetas traz dor, suor e alergias pelo pó acumulado da falta de uso.Traz transtornos de dúvidas e questões quanto ao que preservar. Para a limpeza dos armários da existência também e ainda precisamos de boa dose de disposição, coragem, movimento e ação para começar. Algumas vezes, precisamos de um "gatilho", um acontecimento, um marco para dar o início consciente, porque no inconsciente já ocorre a todo instante.

Pensemos na borboleta que se transforma de lagarta em lindo ser colorido, de molengona comilona em volátil criatura esvoaçante. A lagarta come, come, come folhas, enrola-se paralisada em um casulo que ela mesma constrói e quando sai ESTÁ borboleta. Ficou ali em Pausa e transformou-se para ESTAR borboleta. (Enfatizei a palavra ESTAR de propósito, porque SER, ela terá sempre sido. A essência da lagarta é semente latente na borboleta e o contrário idem.). Sabemos que pausa é ação, é estado de atenção, portanto intermináveis e mirabolantes reações e processos químicos ocorriam na pausa feita pelo ser, lagarta-borboleta.

Foi preciso quase morrer para renascer. Na transformação precisamos fazer acrobacias internas sem garantias de uma rede de proteção.Transformar-se é magia sem mágica, no final alívio e felicidade de ter realizado o belo como borboleta livre.

O tempo urge e ruge. Não quero ir embora desse planeta sem ter transbordado, sem ter derramado. Transformar é rasgar-se com suavidade, olhar a estrada que continua e arriscar morrer como um e renascer como outro, garimpar o que guarda e resguarda dentro de você e lançar, repassar e megulhar de ponta cabeça na emoção de viver.

Ontem uma amiga querida com quem conversava no telefone me fez a seguinte pergunta: " Você sente saudades do seu pai? "Respondi diretamente para não demorar na questão, com um certo ar de espanto que não quis demonstrar, devido a obviedade que era para mim a resposta: "Muita, muita, o tempo todo!" Talvez tenha perguntado por me perceber sem o peso da tristeza espiada, vivendo a vida em tranformação contínua, criando, estudando, trabalhando, empregando intensidade e como ela mesma disse vivendo a calma de quem está certo de que fez tudo o que podia.(Não sei bem se há calma ou um burburinho interno que impulsiona a criar na transformação.)

Nessa mesma semana, minha mãe em seus muitos momentos de agonia e dor que a falta provoca, me falou da saudade que sente e da certeza consciente que se instala, cada vez mais, de que papai não volta NUNCA mais.(NUNCA,palavrinha-palavrão que muitos consideram imprópria, impossível e desdita, mas posso garantir que a morte traz a tona sentimentos inerentes a essa palavrinha-palavrão.).

Respondi que era assim mesmo, que não tem jeito, é uma realidade, não dá para fugir da tristeza e teremos que viver transformando a dor e amargura em Vida. Temos que fazer surgir e criar uma Vida com faltas, mas Vida. Uma Vida com espaços que não serão e nem podem ser preenchidos, mas Vida. Uma Vida com versos, adversos e reversos, mas Vida. Uma Vida sem retornos, incluindo o "NUNCA MAIS", mas em processo de movimento contínuo de acontecer.

Tenho pensado no quanto ainda tenho para realizar, no tamanho do largo horizonte que ainda vejo. Não dá mais para se esconder depois que se percebe a constância do tempo a passar. Estou em fase de expansão, para que meu recolhimento seja experimentar o leve toque de Midas que transforma em ouro o coração. Estou soldada-bailarina, transformação em andamento, passo a passo, sopro a sopro e tal qual caleidoscópio esperando a surpresa da vez. Estou em cápsulas, gota a gota, reverenciando a Vida.

Nosso jeito de ser faz a diferença no mundo. Antes de partir, quero apenas ter sido em constante reverso e borbulhas, borboletas em viras e voltas.

Como diz Trigueirinho(pensador iluminado): "Alguns dependem da sua vitória."

Resta ainda perguntar para minha amiga no telefone: "SAUDADE ACABA???!!


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