Uma Visão do Amor!
Autor SPAÇO NATUREZA & TERAPIAS
Assunto PsicologiaAtualizado em 14/08/2013 22:51:48
UMA VISÃO DO AMOR!
Por Silvio Farranha Filho, psicanalista.
O conceito de Amor é uma construção interna que varia de pessoa para pessoa. Esta construção tem inicio na relação do amor vivido pelos nossos pais, seja com eles próprios, com o outro, com a família e com a Vida.
Por Silvio Farranha Filho, psicanalista.
Aprendemos o amor observando diariamente o comportamento dos nossos pais, um para com o outro. Adotamos o estilo dos dois, com a predominância de um deles, como também de outras figuras masculinas e femininas do nosso convívio.
Dependendo do que aprendemos com as nossas observações, não temos coragem para casar ou entrar em relacionamentos afetivos sérios. É comum termos conceitos de amor extraídos de filosofias, doutrinas, filmes, novelas, etc e projetarmos esses mesmos conceitos no parceiro, desavisados da definição real do amor que trazemos do nosso lar de infância.
Tomamos por exemplo que se no lar de infância nossa observação pessoal considerou que o amor trocado entre os pais era do tipo servidão, teremos sérios conflitos ao entrarmos numa relação achando que o conceito de felicidade seja o companheirismo, pois este conceito ainda não está construído psicologicamente dentro de nós, pois o que vamos fazer é construir uma relação cujo significado seja servidão.
Tendo em vista que sempre vamos a busca do que não temos, entraremos, de fato, na relação servindo ou sermos servidos, forçando o parceiro a agir conforme aprendemos. Se a crença for em servir, vamos experimentar conflitos se formos servidos.
Identidade afetiva é saber quem somos e o que desejamos exatamente em matéria de amor. Podemos ser pessoas somente para amar, para construir, para amar e construir. Parceiros que se conhecem ainda na infância, estão num único relacionamento, construíram juntos a vida, filhos, patrimônio, carreira pertencem aos últimos. É comum vermos parceiros que construíram juntos e o amor vir depois.
Amar é também um compromisso interno com os próprios valores emocionais, sem este compromisso, podemos entrar nos relacionamentos na defensiva, buscando freneticamente pelo amor.
Os nossos medos em relação ao amor, também estão ligados a quem vimos amar. Está intrínseco no amor o cuidar, amar, ser amado e servir. O que acontece quando estes itens estão desequilibrados? Os problemas encontrados são as manifestações das crenças perniciosas desenvolvidas tais como: inferioridade, limitação, escassez, não merecimento, etc.
Resgatamos nossa identidade afetiva ao amar a nós próprios, em primeiro lugar e acreditar que o seu próprio amor é capaz de fazer alguém feliz.
Reflita, então, sobre estas questões: qual era o comportamento da sua mãe em amar o seu pai? Qual é ou era o estilo de amar dela? Qual era o comportamento do seu pai em amar a sua mãe? Qual é ou era o estilo de amar dele? Com base na observação do amor dos seus pais, como você define o Amor? O teu estilo de amar é mais parecido com o do seu pai, com o da sua mãe? Você é uma pessoa para amar, construir, amar e construir? Como você entra nos relacionamentos: na defensiva? Comprometido com os próprios valores emocionais? Busca frenética por amor? Que medos você tem do amor? Quem você viu amar assim? Você é uma pessoa para: amar ou ser amado? Cuidar ou ser cuidado? Servir ou ser servido? Que crenças você desenvolveu: sentir-se inferior, escassez, limitação, não merecimento? Você se ama? É capa az de amar alguém, sem antes, amara a si mesmo? Acredita que o seu amor é capaz de fazer alguém feliz?
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