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Violência Silenciosa

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Autor Aline Bellino

Assunto Psicologia
Atualizado em 8/7/2014 12:04:32 PM


Este artigo refere-se acerca da violência doméstica, com especial atenção a violência psicológica. A violência psicológica se desenvolve nos lares brasileiros de modo silencioso, no entanto progride sem ser identificado, mas imprimindo cicatrizes em todos os envolvidos na relação, especialmente na mulher e nas crianças. A violência psicológica se caracteriza como o início do processo de ataque contra a mulher e a família, evoluindo geralmente, para a violência física onde, muitas vezes, as vítimas acabam por experienciar situações agressivas fisicamente irreversíveis.
 


Segundo Silva e cols (2007), as “violências domésticas” ocorrem no âmbito familiar ou doméstico, entre quaisquer dos membros da família. Dentre os possíveis agressores, estão: maridos, amásios, amantes, namorados atuais, ou, até, ex-namorados ou ex- conjugues.
A violência na família pode ser compreendida como qualquer ação ou omissão que acarretem a vítima, abuso físico, sexual, emocional e social, onde o agressor possui vínculo familiar e íntimo com a vítima.

 


De acordo com o Ministério da Saúde, a violência psicológica é toda ação ou omissão que causa ou visa causar dano à autoestima, à identidade ou ao desenvolvimento da pessoa. Inclui: ameaças, humilhações, chantagem, cobranças de comportamento, discriminação, exploração, crítica pelo desempenho sexual, não deixar a pessoa sair de casa, provocando o isolamento de amigos e familiares, ou impedir que ela utilize o seu próprio dinheiro. Dentre as modalidades de violência, é a mais difícil de ser identificada. Apesar de ser bastante frequente, ela pode levar a pessoa a se sentir desvalorizada, sofrer de ansiedade e adoecer com facilidade, situações que se arrastam durante muito tempo e, se agravadas, podem levar a pessoa a provocar suicídio. (Brasil, 2001).
Miller apud Silva e cols, a violência se inicia de uma forma lenta e silenciosa, que progride em intensidade e consequências. O autor de violência, em suas primeiras manifestações, não lança mão de agressões físicas, mas parte para o cerceamento da liberdade individual da vítima, avançando para o constrangimento e humilhação. O agressor, antes de “poder ferir fisicamente sua companheira, precisa baixar a autoestima de tal forma que ela tolere as agressões”.

 


Neste sentido, o papel que o profissional da psicologia exerce ao acolher a vítima de violência doméstica é entender a forma pela qual a vítima entende que está sendo violentada, uma vez que a violência psicológica nem sempre é identificada pela vítima, pois estão associados a outros fatores, tais como o caráter violento do parceiro íntimo, bem como envolvimento com álcool e drogas, problemas financeiros e a rotina do casamento. Neste sentido, a mulher, em sua grande maioria, não compreende que está sendo submetida a uma situação de extrema violação dos seus direitos como ser humano, e desta forma, atribui as atitudes do marido às condições sociais e financeiras que o casal esta vivenciando.
 


Assim, é necessário identificar nos atendimentos às pessoas, os sintomas que evidenciam que elas estão na situação de vítimas de violência física e psicológica e, assim, auxiliá-las no próprio reconhecimento, de modo que compreendam que não possuem o controle da situação, incentivando-as a buscar pelos seus direitos como mulher.
 


Cabe também ao psicólogo procurar entender os motivos pelos quais essas mulheres optavam pela permanência desta situação, e oferecer a elas o mínimo que a situação nos permite, ou seja, a escuta psicológica e a orientação de caráter explanatório, a fim de que elas possam em algum momento refletir acerca das orientações oferecidas em atendimento.

Referências



BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Violência intrafamiliar: orientações para a prática em serviço. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. (Caderno de Atenção Básica, 8).

SILVA, Luciane. L. da; COELHO, Elza B. Salema; CAPONI, Sandra. N. Cucurullo de. Violência silenciosa: violência psicológica como condição da violência física doméstica. Interface (Botucatu), Botucatu, v. 11, n. 21, Apr. 2007. Disponível em:
<https: pid="S14" "="" link. Acesso em 21 Nov. 2013.

 
 


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