A alma imortal
Atualizado dia 9/12/2008 1:09:03 AM em Vidas Passadaspor Bruno Gimenes
Nossa causa maior é a evolução. Pense que mesmo com tantos problemas e conflitos, esse progresso se dá na humanidade, dia após dia, ano após ano. É algo incontestável. Basta olharmos para a história da vida no planeta e constatarmos através de inúmeras formas que a evolução nunca parou, independentemente da vontade dos homens.
Essa evolução necessária para a humanidade, ou seja, o desenvolvimento desejável para a alma, seria impossível que acontecesse no tempo limitado de uma só existência. Em uma só vida seria possível corrigir todas as nossas falhas de caráter? Em uma só experiência poderíamos dizimar de vez o medo de nossas almas? Ou a raiva? Em uma só encarnação seria possível compreender a miséria ou a riqueza? A alegria ou a ou tristeza? Por que algumas pessoas têm histórias de vida cheias de conflitos, acontecimentos traumáticos e verdadeiras desgraças, enquanto outras experimentam a riqueza material desde o berço, o acesso à cultura e condições privilegiadas?
Deus seria tão injusto assim, a ponto de cometer tais injustiças? Se em uma vida a pessoa comete graves equívocos, não teria a oportunidade de consertar seus erros? Aquele que mata, roupa e destrói, sai imune da vida, após a morte, mesmo cometendo tantas atrocidades? É possível roubar, destratar, enganar, agredir, que quando a morte vem simplesmente tudo acaba?
A visão equivocada das linhagens religiosas tradicionais do Ocidente entendem a morte como o fim de nossas vidas, a perda irreversível de alguém. A cultura do feriado de Finados, de ir ao cemitério levar flores aos entes queridos, é uma percepção distorcida, baseada na crença de que o cemitério hospeda o morto em seu descanso eterno ou que o local de seu enterro seja o portal de comunicação com ele. Essa á apenas uma amostragem que revela o nível de consciência que a maioria das pessoas tem; algo alarmante.
Pare para pensar: qual é a importância do cemitério? Pense bem, de forma profunda e até de certa forma técnica.
O corpo físico, desligado de sua fonte de energia, morre. Assim como um motor pára de funcionar quando falta gasolina. Não somos o carro; ele é apenas um veículo que nos transporta de um lugar para o outro. Só entramos dentro dele para transitar por vários espaços e direções. Quando alguém troca de carro, com o passar do tempo, não fica tentando visitar o carro antigo, porque ela não é o carro, mas apenas o utiliza e o troca de acordo com as circunstâncias e experiências.
O cemitério tem como objetivo ajudar a depuração biológica da matéria orgânica que constitui o organismo físico, depois que o corpo espiritual o abandona no final de cada vida. O cemitério possui funções parecidas ao do aterro municipal, onde os resíduos domésticos são depurados. Você vai ao aterro municipal visitar uma embalagem usada, uma garrafa vazia ou o talo de um vegetal desprezado no dia-a-dia do seu lar?
Respeitosamente falando, ou seja, reconhecendo o importante papel ecológico e social do cemitério, sua função é apenas essa: depuração de resíduos. Esse ambiente não hospeda a alma dos corpos que ali se decompõem em um ciclo natural, mesmo porque, se assim fosse, os cemitérios seriam penitenciárias das almas humanas e, honestamente, não há sentido nessa visão.
Por isso, não gaste dinheiro com flores para levar ao túmulo de ninguém. Se comprar flores, dê para seu cônjuge, decore sua casa; faz mais sentido, é mais sensato. Não gaste seu precioso tempo com visitas ao cemitério, ainda mais levando flores. Reserve o mesmo tempo para fazer orações sinceras, desapegadas e amorosas para os desencarnados, porque eles continuam sendo consciências, continuam sendo espíritos em evolução, como todos nós. A prática da oração é a forma mais sensata de expressar o amor ao desencarnado, porque se não for assim, é porque não é amor verdadeiro, e sim apego disfarçado em um sentimento de saudade e dor, que tem como pano de fundo o egoísmo por só pensarmos na nossa dor e jamais na necessidade evolutiva que cada alma tem.
Não importa a distância nem a dimensão em que as almas estejam; quando nos concentramos em uma vontade amorosa e sincera de emanar bênçãos, essas vibrações seguramente são recebidas, onde quer que esses espíritos estejam, porque o limite da dimensão física não impede essa comunicação. Mesmo porque, se tivermos paciência e um pouco de dedicação, poderemos nos encontrar com eles nas contínuas projeções astrais durante o sono.
Precisamos compreender que a alma é imortal, que a vida é uma escola, que cada existência é um estágio, assim como cada ano no ensino tradicional também é. Tudo é cíclico. Voltamos para a dimensão física, vida após vida. Sempre com o objetivo da purificação da personalidade inferior. Mas como a cultura ocidental impregnada na nossa consciência, caracterizada pela influência do equivocado dogma não reencarnacionista das religiões ocidentais, é de que a morte é uma desgraça, somos estimulados a sofrer por antecipação. Isso pela percepção que temos da morte como “perda”.
E assim caminha grande parte da humanidade, iludida, equivocada da real função da morte, ou melhor da saída final da alma do corpo físico. Precisamos observar mais a natureza, aprender com os ciclos da vida e compreender definitivamente que a nossa alma é imortal.
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Texto revisado por Cris
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