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A tirania do ego

Atualizado dia 22/10/2012 11:26:54 em Vidas Passadas
por Flávio Bastos


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O ego tirânico no palco da vida é como o árbitro de futebol quando aparece mais do que deveria em relação ao próprio espetáculo. E assim tem sido a trajetória do homem sobre a face da Terra, onde a afirmação do ego custou o sofrimento de um número incalculável de pessoas.

No Brasil atual, chegamos a um ponto que foi necessário uma novela da mídia para chamar a atenção pública em relação a valores ético-morais esquecidos, como a honestidade e o perdão nas relações interpessoais. Indicativo de que a desonestidade, filha da perversidade, mãe da corrupção e irmã mais velha da trapaça e da desavença, ocupa um lugar de destaque na sociedade.

Durante os milênios, o ego, associado à necessidade de afirmação a qualquer custo, tem sido o principal motivo dos desequilíbrios psíquico-espirituais. Principalmente no âmbito do poder, onde o ego e seus derivados, ou seja, o egoísmo, o egocentrismo, o orgulho,  a vaidade e a ganância, entre outros, reinam absolutos.

Desta forma, os desequilíbrios envolvem as relações humanas, inclusive, a relação do indivíduo consigo mesmo. Neste sentido, observa-se a ação nociva do ego associado ao poder na política, no mundo empresarial, nas facções criminosas, nas organizações religiosas e na base familiar.

A história dos conflitos individuais e coletivos na luta pelo poder, gerou nas sociedades modernas algo considerado normal pela psicologia: a competitividade entre indivíduos. No entanto, a competição virou um "vale-tudo" onde perderam-se valores que indicavam a existência de um parâmetro ou de uma referência positiva que limitava exageros comportamentais nas disputas por interesses pessoais.

A barbárie, que na verdade nunca foi eliminada do inconsciente humano, alimenta a energia da perversidade através do ego em desequilíbrio psíquico-espiritual. Terreno fértil para a psicopatia associada ao poder, agir a favor de interesses escusos, que é o caso da corrupção. Mas nem por isso, milhões de pessoas deixam de acreditar ou de confiar nas mesmas pessoas ou nos organismos que as representam no âmbito público ou privado.

O ego tirânico que mata é o mesmo que se suicida, porque na esfera da desarmonia existencial não existem referências seguras ou confiáveis. Vale a lei do mais forte ou a lei do mais fraco. As disputas, geralmente, envolvem processos obsessivos que provocam níveis de sofrimento aos envolvidos.

Contudo, mesmo diante da experiência de sofrimento,  o homem não desiste de afirmar o seu ego nas disputas pessoais do dia a dia. Dissimulada ou descaradamente, o conflito humano marca a sua presença onde estiverem dois ou mais indivíduos dotados de inteligência e livre arbítrio.

Paradoxalmente, o mesmo homem que não abdica de afirmar o seu ego, tenta, através da ciência, descobrir a cura dos males do corpo e da alma. Porém, a cura não está fora, e sim dentro de si mesmo. É estrutural e não superficial, pois depende de um novo olhar, de uma nova visão a partir da repercussão psíquico-espiritual do "ego e seus derivados" no comportamento humano.

Ano 2012. O homem ingressa numa nova era cuja principal característica é estimular a expansão da consciência humana sobre e além da superfície terrena. Época em que a tirania do ego -que acompanha a humanidade desde tempos imemoriais- começa a perder a sua força de influência sobre a psique e o comportamento do indivíduo.

Enfraquecido o ego tirânico pela imposição natural dos novos tempos de transformações, o poder -e seu jogo de sedução- perdem força no palco da vida. Desta forma, surge uma nova energia que envolverá, gradativamente, mentes e corações voltados para valores ético-espirituais em consonância com realizações que visem o bem comum.

Portanto, neste alvorecer de milênio já é perceptível para quem tiver "olhos de ver", uma energia que expandirá consciências em benefício do coletivo humano. Energia que eliminará para sempre da face da Terra, a densa energia do ego tirânico.

Nesta direção, surge no horizonte do terceiro milênio, uma nova psicologia, atenta às alterações do comportamento humano, onde o antigo ego cede seu lugar ao verdadeiro self, que assume como representante da essência na era de renovação pela sensibilidade.

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
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