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Apure o olhar sobre si mesmo!

Atualizado dia 12/12/2012 19:56:00 em Vidas Passadas
por Flávio Bastos


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"Sua visão se tornará clara somente quando você olhar para dentro de seu coração. Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, acorda". (Carl Jung)

Quem olha de fora, vê melhor o que acontece por dentro. Tal afirmativa representa o que ocorre durante o processo psicoterapêutico na relação entre terapeuta e paciente. No entanto, esta interação não se restringe a duas pessoas, mas ao âmbito de conexões interdimensionais que existe na vida destas pessoas e na vida de todos os indivíduos inteligentes do universo.

Da caverna, saímos para desafiar os riscos de sobrevivência em um ambiente selvagem. Com o passar dos milênios, descobrimos o fogo, as primeiras ferramentas, a roda, a luz elétrica e começamos a voar acima das águias e condores.

A tecnologia nos trouxe conforto e progresso material. Porém, aos poucos, afastamo-nos da essência, dos rituais sagrados que nos ligavam ao espiritual e mantinham-nos conectados à nossa natureza interdimensional.

Hoje, nos conectamos virtualmente com o planeta globalizado, mas perdemos a conexão com a nossa transcendentalidade, com o sagrado que nos ligava às estrelas, ao sol, à lua e ao sentimento de gratidão à natureza que nos oferecia o alimento, a água e a moradia.

Por mais estranho que pareça, a cosmologia da vida se fazia mais presente na cultura dos povos antigos do que na cultura moderna, onde as comunicações tornaram-se praticamente instantâneas e a informação de fácil acesso pela internet.

Perdemos o elo de ligação com o sagrado da natureza vinculada ao universal, ao cosmológico, porque nos perdemos num emaranhado de teorias filosóficas, científicas e religiosas sobre o homem e a sua existência.

O corpo físico, associado à mente, virou área restrita da ciência. A alma separada do corpo, virou poesia, ideologia, texto filosófico, mensagem religiosa. Algo distante, incompreendido e perdido em meio à avassaladora influência materialista e consumista da cultura ocidental.

Com isso, deixamos de olhar para dentro de nós mesmos, para desenvolver um olhar de dentro pra fora, onde predomina a influência dos cinco sentidos que detectam os acontecimentos relacionados à dimensão da matéria. 

A natureza deixou de ser uma dádiva, uma benção divina, para tornar-se um jogo de interesses lucrativos. A cosmologia da vida perdeu a sua originalidade para o dogmatismo religioso e para o pragmatismo científico.

Contudo, nada foi em vão, porque a sabedoria é um processo pré-adquirido e cumulativo, que se mantém latente à espera de ser aplicada no convívio humano. Nesta direção a sabedoria do sagrado mantém-se viva em nossas consciências, aguardando o momento para ser utilizada em benefício do próprio homem. E o terceiro milênio, que traz consigo o início de uma Nova Era para a humanidade, representa o momento histórico de resgate do sagrado, da conexão interdimensional esquecida pela cultura imediatista do "aqui-agora".

A partir do milênio em curso, a tecnologia, a ciência e o sagrado, ganham força e unem-se, expressando a síntese do progresso humano no planeta Terra. Neste sentido, nada foi por acaso e tudo teve uma razão de acontecer. O novo ciclo de transmutação energética estimulará o homem ao equilíbrio vital, que passa pelo sagrado, pelo conforto material e pelo avanço científico através da ótica interdimensional de nossa existência.

Portanto, apurar o olhar sobre si mesmo, resgatando o sagrado, isto é, a nossa transcendência em íntima relação com a dimensão das necessidades físicas de sobrevivência, significa assumir a interdimensionalidade em busca do equilíbrio vital. Processo, que em alguns casos, exige o auxílio da psicoterapia de abordagem interdimensional para que o indivíduo consiga elaborar o que de fora o psicoterapeuta visualiza.

Apurar o olhar sobre si mesmo e, como decorrência, apurar o olhar sobre o outrem e ampliar a visão de mundo e universo, é investir no que representa a cosmologia da vida a partir do  planeta-mãe, a nossa realidade imediata, concreta e inevitável sob o ponto de vista da sobrevivência e do envolvimento emocional e sentimental com o semelhante.

Apurar o olhar sobre si mesmo é desenvolver o autoconhecimento e a sensibilidade dos significados da vida em um mundo em fase de profundas transformações. É libertar-se das fixações do passado, cuja densa energia mantém um estado de coisas ao qual estamos sintonizados sentimental e emocionalmente.

Resgatar o sagrado é recuperar a essência de nós mesmos perdida no labirinto do tempo. É dar transparência a valores sufocados pelo avanço desenfreado de valores relacionados à satisfação do ego. É buscar o equilíbrio vital, aceitando que somos seres integrais pertencentes a um Todo Indivizível.

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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