Apure o olhar sobre si mesmo!
Atualizado dia 12/12/2012 19:56:00 em Vidas Passadaspor Flávio Bastos
Quem olha de fora, vê melhor o que acontece por dentro. Tal afirmativa representa o que ocorre durante o processo psicoterapêutico na relação entre terapeuta e paciente. No entanto, esta interação não se restringe a duas pessoas, mas ao âmbito de conexões interdimensionais que existe na vida destas pessoas e na vida de todos os indivíduos inteligentes do universo.
Da caverna, saímos para desafiar os riscos de sobrevivência em um ambiente selvagem. Com o passar dos milênios, descobrimos o fogo, as primeiras ferramentas, a roda, a luz elétrica e começamos a voar acima das águias e condores.
A tecnologia nos trouxe conforto e progresso material. Porém, aos poucos, afastamo-nos da essência, dos rituais sagrados que nos ligavam ao espiritual e mantinham-nos conectados à nossa natureza interdimensional.
Hoje, nos conectamos virtualmente com o planeta globalizado, mas perdemos a conexão com a nossa transcendentalidade, com o sagrado que nos ligava às estrelas, ao sol, à lua e ao sentimento de gratidão à natureza que nos oferecia o alimento, a água e a moradia.
Por mais estranho que pareça, a cosmologia da vida se fazia mais presente na cultura dos povos antigos do que na cultura moderna, onde as comunicações tornaram-se praticamente instantâneas e a informação de fácil acesso pela internet.
Perdemos o elo de ligação com o sagrado da natureza vinculada ao universal, ao cosmológico, porque nos perdemos num emaranhado de teorias filosóficas, científicas e religiosas sobre o homem e a sua existência.
O corpo físico, associado à mente, virou área restrita da ciência. A alma separada do corpo, virou poesia, ideologia, texto filosófico, mensagem religiosa. Algo distante, incompreendido e perdido em meio à avassaladora influência materialista e consumista da cultura ocidental.
Com isso, deixamos de olhar para dentro de nós mesmos, para desenvolver um olhar de dentro pra fora, onde predomina a influência dos cinco sentidos que detectam os acontecimentos relacionados à dimensão da matéria.
A natureza deixou de ser uma dádiva, uma benção divina, para tornar-se um jogo de interesses lucrativos. A cosmologia da vida perdeu a sua originalidade para o dogmatismo religioso e para o pragmatismo científico.
Contudo, nada foi em vão, porque a sabedoria é um processo pré-adquirido e cumulativo, que se mantém latente à espera de ser aplicada no convívio humano. Nesta direção a sabedoria do sagrado mantém-se viva em nossas consciências, aguardando o momento para ser utilizada em benefício do próprio homem. E o terceiro milênio, que traz consigo o início de uma Nova Era para a humanidade, representa o momento histórico de resgate do sagrado, da conexão interdimensional esquecida pela cultura imediatista do "aqui-agora".
A partir do milênio em curso, a tecnologia, a ciência e o sagrado, ganham força e unem-se, expressando a síntese do progresso humano no planeta Terra. Neste sentido, nada foi por acaso e tudo teve uma razão de acontecer. O novo ciclo de transmutação energética estimulará o homem ao equilíbrio vital, que passa pelo sagrado, pelo conforto material e pelo avanço científico através da ótica interdimensional de nossa existência.
Portanto, apurar o olhar sobre si mesmo, resgatando o sagrado, isto é, a nossa transcendência em íntima relação com a dimensão das necessidades físicas de sobrevivência, significa assumir a interdimensionalidade em busca do equilíbrio vital. Processo, que em alguns casos, exige o auxílio da psicoterapia de abordagem interdimensional para que o indivíduo consiga elaborar o que de fora o psicoterapeuta visualiza.
Apurar o olhar sobre si mesmo e, como decorrência, apurar o olhar sobre o outrem e ampliar a visão de mundo e universo, é investir no que representa a cosmologia da vida a partir do planeta-mãe, a nossa realidade imediata, concreta e inevitável sob o ponto de vista da sobrevivência e do envolvimento emocional e sentimental com o semelhante.
Apurar o olhar sobre si mesmo é desenvolver o autoconhecimento e a sensibilidade dos significados da vida em um mundo em fase de profundas transformações. É libertar-se das fixações do passado, cuja densa energia mantém um estado de coisas ao qual estamos sintonizados sentimental e emocionalmente.
Resgatar o sagrado é recuperar a essência de nós mesmos perdida no labirinto do tempo. É dar transparência a valores sufocados pelo avanço desenfreado de valores relacionados à satisfação do ego. É buscar o equilíbrio vital, aceitando que somos seres integrais pertencentes a um Todo Indivizível.
Texto revisado
Avaliação: 5 | Votos: 115
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Vidas Passadas clicando aqui. |