As casas do caminho
Atualizado dia 8/22/2006 8:54:59 PM em Vidas Passadaspor Flávio Bastos
Embora seja um tema em moda neste alvorecer de terceiro milênio, o autoconhecimento como referência histórica, remonta das primeiras experiências espirituais da humanidade, quando o homem em seus cerimoniais religiosos comunicava-se com suas divindades sob o efeito de substâncias químicas retiradas da natureza e que alteravam o seu estado de consciência. Prática utilizada até hoje por tribos indígenas e por alguns segmentos religiosos ou espiritualistas espalhados, principalmente, pela América Latina.
Das tribos primitivas, o autoconhecimento evolui ao passar pelas ricas culturas egípcia e hindu, quando surge o budismo como marco histórico na busca da verdade interior pela meditação.
Com o surgimento dos primeiros pensadores gregos (os filósofos), o tema volta a ganhar força na cultura grega do século IV a.C. Sócrates, autor do famoso lema: "Conhece-te a ti mesmo", é o precursor de uma escola que marca época na cultura da humanidade e cujos conhecimentos filosóficos são utilizados até hoje por estudiosos e pesquisadores de várias áreas da ciência.
A era cristã tem como referência máxima Jesus Cristo, que pregava a necessidade de transformação interior através da prática do bem e da caridade como forma de purificação e evolução espiritual.
Com o aparecimento da psicanálise de Freud (e seus antecessores), séculos XIX e XX, o autoconhecimento dá um importante passo no sentido da metodologia criada em torno da psicanálise, que leva as pessoas a se conhecerem melhor através da elaboração de conteúdos que são resultado das interpretações realizadas pelos psicanalistas durante as sessões.
Da base deixada pela psicanálise, a psicologia e a psicoterapia evoluem através de seus seguidores chegando até nossos dias, quando surge a psicologia progressista que transcende ao tratar o homem como ser integral (corpo, mente, espírito), registrando mais um marco histórico na milenar cultura da humanidade.
Ao dar um salto de qualidade na investigação do inconsciente humano além dos limites da vida intra-uterina, a regressão a vidas passadas tem, nos últimos anos, aberto caminhos para que cada vez mais pessoas interessadas no autoconhecimento, possam acessar informações pretéritas que sirvam como conteúdo terapêutico para que, através de processo conscientizador, consigam com novas atitudes perante a vida, transformar padrões e vícios comportamentais muito antigos.
Imaginemos na tela, uma pintura a óleo: é um vilarejo antigo com casas dispostas nas margens de um caminho que segue a sua trajetória para fora deste lugar, indo ao encontro da linha do horizonte. As velhas casas da pintura representam nossos condicionamentos, nossos vícios comportamentais padronizados ao longo da nossa existência enquanto essência. O caminho, a opção que temos à medida que desejamos mudar a sintonia do que somos para o que podemos ser, ou seja, a oportunidade de sairmos das "casas" e buscarmos através do caminho do autoconhecimento a transformação interior.
A vida é como esta imagem da pintura. A escolha entre permanecer nas casas ou sair para desafiar a estrada, será sempre única e exclusivamente pessoal. E assim somos todos nós!
Texto Revisado
Avaliação: 5 | Votos: 27
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Vidas Passadas clicando aqui. |