As duas forças: a Luz e a Sombra
Atualizado dia 07/07/2011 15:33:28 em Vidas Passadaspor Mauro Kwitko
Numa sociedade ainda materialista, de valorização prioritária do terreno, do material, do visível, nós costumamos enaltecer o nosso corpo, o nosso nome e sobrenome, e embutidos num meio onde praticamente todos se enxergam e se sentem assim; onde o exterior sobrepuja o interior, o barulho sobrepuja o silêncio, a correria sobrepõe-se ao devagar; o rumo para o nosso Eu Verdadeiro, que é encontrado na introspecção, na quietude, no não-pensamento, raramente é considerado um caminho desejável. Por que não? É que esse caminho não traz status terreno, não traz riquezas materiais, não traz luxo, não traz vitórias egóicas, traz, sim, status espiritual, traz riquezas espirituais, traz a sensação de ser filho de Deus, de ser um pacífico irmão, um fraterno ser igual a todos, de qualquer cor, classe social ou país.
Um exercício que pratico quando lembro, é de parar um pouco com o que estou fazendo, principalmente se estiver muito estressado, e olhar para o céu. Fico olhando e pensando: “É de lá que eu vim e é para lá que vou voltar”.
Depois de um tempo, em que chego a suspirar de alívio, volto minha atenção para a Terra, para a vida cotidiana, e aí tudo está diferente, o que antes estava me parecendo tão importante, do ponto de vista emocional ou existencial, já não é mais tanto, e o que estava esquecendo, retorna à minha atenção. E eu retomo minha vida com a agradável sensação de que daqui uns 30 anos me despedirei daqui e voltarei para Casa e, então, devo aproveitar essas últimas décadas nessa vida atual, para evoluir espiritualmente, ajudar as pessoas, a sociedade, a humanidade e o nosso planeta, o máximo que puder, para quando eu me desprender do meu já descartado corpo físico e subir de volta, lá chegar com a agradabilíssima sensação do dever cumprido.
Os Mestres Orientais nos ensinam que, para aprendermos a viver, devemos pensar freqüentemente na morte, lembrar que um dia vamos morrer, não como algo horrível ou amedrontador, mas como o inevitável final de uma jornada de algumas décadas pela Terra, em que estamos, para aprendermos a ser obedientes a Deus, a ser humildes servos Dele, a sermos submissos à Sua vontade. Um sinal de inteligência, raramente utilizado, é abrirmos mão do comando da nossa vida e passarmos essa função para nossos Mestres Espirituais, que são intermediários entre nós e Deus, ou seja, estão em contato mais íntimo com Ele e podem, então, nos trazer a Sua paz, o Seu amor, a Sua luz.
Uma grande parcela dos seres humanos ainda tem o hábito de dirigir a sua vida, de querer dconduzir os seus passos, sem perceber que esse comando está nas mãos de quem não tem a menor capacidade para fazê-lo: o nosso Ego. Esse é o representante da nossa persona, a míope e quase-surda parte de nós, das mais recentes décadas de nossa existência, dos anos passados aqui na Terra, desta vez. Como é possível essa partezinha de nós comandar a nossa vida se ela não lembra de nada do nosso passado?
Todos nós temos, no mínimo, 500 mil anos de vida, então, não é um sinal de inteligência entregar o comando da nossa vida para a nossa persona que tem, apenas, 20, 30, 40, 50 ou um pouco mais de existência. Um Yogananda, um Chico Xavier, um Dalai Lama, um Shrii Shrii Anandamurti, um Buda, um Jesus, e alguns outros seres superiores que Deus mandou aqui para a Terra para nos ensinar como nos sintonizarmos na Luz, podem entregar o comando de sua vida para a sua persona, pois essa é uma fiel representante do seu Eu Superior, submissa, humilde e obediente. Mas a imensa maioria de nós não deveria fazer isso, pois a nossa persona sofre de egoísmo e egocentrismo e só pensa em si e nos seus, vive para si e para os seus, sem recordar que somos Um só, que todos são irmãos, que se nos libertássemos da nossa falsa visão que só enxerga as nossas “cascas” e os seus rótulos, perceberíamos que todos somos Luz.
Para sintonizarmos na Luz, onde já estamos e somos, devemos aprender a comandar a nossa persona e não sermos manipulados por ela, disciplinarmos o nosso Ego e não sermos submetidos à sua vontade, entendermos que o nosso pensamento é a pista que o nosso Ego deixa por onde passa e mostra nosso nível evolutivo: se estamos no caminho certo ou errado, se estamos indo para cima ou para baixo, se mais adiante nos espera a recompensa ou o arrependimento.
Texto revisado
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