As origens de nossas angústias
Atualizado dia 17/09/2010 20:05:28 em Vidas Passadaspor Flávio Bastos
Márcia é uma mulher comunicativa, de fácil entrosamento social. Porém, nos bastidores de sua aparente alegria, emerge de seu inconsciente, um profundo sentimento de rejeição associado ao sentimento de abandono. É a segunda de uma série de cinco filhos do casal e a expectativa dos pais, antes dela nascer, era de que fosse um filho homem, já que a primeira a nascer fora uma mulher.
Apesar de Márcia ser produto da mesma forma biológica, era considerada rebelde e seguidamente cobrada pelos seus pais que não viam nela o interesse pelos estudos como percebiam nos outros filhos.
Com um histórico de idas e vindas a psiquiatras, psicólogos e terapeutas alternativos na tentativa de amenizar a angústia que a atormentava, somado a uma internação em clínica psiquiátrica, após duas tentativas de suicídio, Márcia levava a sua vida de profissional autônoma, divorciada e mãe de um filho de onze anos.
Às vezes deprimida, às vezes, alegre e comunicativa, Márcia alternava entre altos e baixos de uma vida vivida com uma certa dose de sofrimento. Não se encontrava, apesar dos cinquenta anos de idade. No entanto, era uma buscadora que não desistia de encontrar as origens de seu desconforto psíquico e físico, pois padecia também, há muito tempo, de uma dor na cervical sem ter conseguido um preciso diagnóstico médico.
Portadora de depressão, Márcia fazia acompanhamento psiquiátrico e tratamento químico. No entanto, a sua crença era voltada para a imortalidade da alma, Acreditava, porque tinha intuições de que a origem de seus problemas não se encontrava somente nessa vida. Por este motivo, procurou ajuda na Psicoterapia Interdimensional.
Após algumas sessões de psicoterapia, que foram importantes no sentido de entender o caso pela ótica de seu passado recente, vinculado às relações inter-familiares e à relação consigo mesma e com o mundo à sua volta, encaminhamos para a regressão de memória.
Na regressão, Márcia acessou uma vivência em que se via como mendiga com um bebê morto no colo. Era um beco escuro, conforme sua descrição, e ela se encontrava sozinha naquele lugar. Chorava muito e sentia-se abandonada.
A seguir, Márcia acessou uma segunda vivência em que se via em um hospital que identificou como um antigo manicômio. Estava internada e percebeu que terminou os seus dia naquele local.
Na terceira vivência, Márcia se via morta e deitada em uma maca. Sentia uma pressão em seu pescoço provocada por uma queda de um prédio em construção. Questionada a respeito do ocorrido, ela informa que havia se jogado daquele prédio e com a queda, fraturado a coluna cervical.
COMENTÁRIO
Precisamos entender as raízes de nossas angústias. Entender para elaborar a autocura através do processo de autoconhecimento.
Muitos dramas pessoais fizeram e fazem parte da vida de cada ser espíritual encarnado. Cada história de muitas vidas do espírito imortal é repleta de acontecimentos originados pela orientação do livre arbítrio. E os nossos desconfortos psíquico-físicos encontram-se, intimamente, relacionados com as leis da reencarnação, como a lei de causa e efeito que explica porque nos tornamos mendigos, terminamos nossos dias num manicômio ou as consequências do suicídio na futura reencarnação.
Tudo se relaciona sob a ótica das Leis Divinas. Não existe um Deus severo que incute sentimentos negativos ou que castiga, pune, julga ou condena. Somente o livre arbítrio e a consequência de nossas escolhas...
Durante muitas vidas, alternamos papéis de vítimas e algozes. Abandonamos e fomos abandonados. Rejeitamos e fomos rejeitados. Cometemos suicídio e sofremos as consequências de tal ato. Os desequilíbrios sentidos no psíquico e no físico, são o "efeito" da "causa". Fica difícil a cura se não passarmos pelo processo de reforma íntima através de um melhor nível de autoconhecimento.
Márcia obteve as respostas de que precisava para elaborar a sua cura interior. Processo de conscientização que exige o despertar da energia do bem e do amor fraternal. Energia que influencia nos momentos de dúvidas do livre arbítrio...
As três vivências experenciadas pela Márcia na regressão, não deixam dúvidas de que o seu sofrimento naquelas vidas foi o resultado de escolhas em que o orgulho, o egoísmo, a vaidade e a prepotência, praticamente neutralizaram o fluir da energia do bem e do amor que contagia e cura "feridas" do corpo e da alma.
Diante da experiência esclarecedora sob o ponto de vista da Psicoterapia Interdimensional, Márcia, que acredita na reencarnação como uma oportunidade de despertamento para a expansão da consciência, recebeu de seu mentor, o recado de que precisava para processar a sua cura interior.
No entanto, acima da vontade de um psicoterapeuta ou do mentor espiritual da pessoa, está a autoresponsabilidade, ou seja, o sentido de dirigir a sua vida através de escolhas sensatas. E esse, a partir de agora, é o maior desafio de Márcia.
Observação: o verdadeiro nome da pessoa foi preservado.
Psicoterapeuta Interdimensional.
Texto revisado
Avaliação: 5 | Votos: 17
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Vidas Passadas clicando aqui. |