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Cuidado com o pacotão!

Atualizado dia 06/06/2013 15:43:53 em Vidas Passadas
por Maria Silvia Orlovas


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Tenho certeza que você já chorou por amor, por situações que não deram certo, por ter que enfrentar uma desilusão, ou a perda de um emprego, enfim, sofreu e extravasou o sofrimento em muitas lágrimas e tristeza, o que é normal.

Naturalmente, você também já conheceu alguém meio depressivo, que acha tudo meio triste, que vive devagar, tipo deixando a vida passar carregando um sentimento de impotência, o que é muito triste e negativo. E muitas vezes caso de tratamento clínico, psicológico e espiritual.

O pacotão a que me refiro é aquela grande tristeza, aquela grande dor que entra na nossa vida de forma desavisada, aquele tormento que de repente perdemos o controle. Chorar pela dor, sofrer por alguma miséria que tenhamos que enfrentar é natural, porque precisamos mesmo colocar para fora, derramar lágrimas, o que não é bom. O que realmente faz mal é se deixar conduzir por uma situação infeliz, e na hora em que tudo está negro, permitir que todas as sombras do passado venham à tona. Claro que a gente lembra-se do mal que nos fizeram, dos foras que levamos, das pessoas que ajudamos e foram desonestas, ou aproveitadoras, mas por que nos permitir recordar de tudo isso no momento do sofrimento?
Por que permitir que todas as histórias de rejeição tomem conta da nossa vida justamente no momento em que mais precisamos encontrar forças para nos equilibrar?

Conheci melhor Marli num dos meus grupos de Vidas Passadas, moça jovem, bonita, inteligente, carregando dois casamentos desfeitos. Na sessão individual, apareceu um perfil de personalidade meio complicado de uma mulher independente, extrovertida, aquele tipo de pessoa que fala tudo, que luta para mostrar talento e força. Tudo muito em sintonia da pessoa que sempre tentou sobreviver sozinha. Ela me contou que era assim mesmo, e que não entendia por que não dava certo no amor. A sessão de Vidas Passadas mostrou que ela tinha vivido num bordel, era uma linda dançarina, sedutora e cativante que teve muitos amores, porém, quando ficava brava, ou era contrariada, explodia, reclamava sem paciência com o outro... Em seguida, depois do término tumultuado, com a mesma impetuosidade e até desespero, ela chorava, gritava, deixava-se levar pela raiva e colocava tudo num “pacotão” emocional.

Num certo momento, ela me disse: Maria Silvia é exatamente isso que eu faço hoje, eu grito, brigo, choro, para ser amada, e quando as coisas não dão certo eu me recordo de tudo o que já vivi no passado, de todas as histórias boas e ruins. Parece que na hora da dor, os limites se rompem e eu sofro demais. Não quero mais agir assim, pois está me fazendo muito mal.

Fiquei feliz em ver que ela estava tomando consciência da sua atitude, pois muitas vezes a gente não percebe o que está fazendo para receber um troco infeliz. Vejo que muitas pessoas se sentem vítimas de situações com as quais não souberam lidar, assim, culpam as pessoas, os namorados, os pais, a vida, colocando tudo num pacotão!

Sugeri a Marli que observasse melhor suas atitudes e, quando acontecesse um sofrimento, uma derrota, um desentendimento, que ela olhasse para o momento presente e não levantasse todas as memórias do passado. Expliquei que não devemos somar a dor do momento atual com outras dores. Para que lembrar do tempo de criança, quando ficava sozinha, enquanto os primos tinham pais mais harmonizados que ofereciam férias na praia etc.? Para que lembrar das coisas que deu de presente para o ex-namorado? Enfim, para que ressuscitar o passado infeliz?

A terapia de Vidas Passadas ajuda a analisar esse tipo de comportamento. Ajuda você a olhar a forma que interage com a vida e com os desafios, em busca de desenvolver uma consciência maior dos fatos e não agir por impulso. Acessamos Vidas Passadas para aprender, para olhar nossas atitudes com certo distanciamento, justamente com o objetivo de nos analisar.

Então, amigo, cuidado com o pacotão!

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Conteúdo desenvolvido por: Maria Silvia Orlovas   
Maria Silvia Orlovas é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores.
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