Demência ou contato espiritual?
Atualizado dia 22/08/2012 15:15:20 em Vidas Passadaspor Flávio Bastos
Ocorrência que inevitavelmente gera dúvidas ou questionamentos a respeito da situação vivenciada. Ou seja: a experiência foi o resultado de alucinações em decorrência do estado de demência ou fraqueza orgânica da pessoa -como atribui a ciência nestes casos-, ou foi uma experiência real, verdadeira, de natureza interdimensional?
Desde tempos remotos, a tendência do homem civilizado em relação ao desconhecido, é explicar o "fenômeno" pelo viés mais cômodo e de acordo com a cultura materialista que tem as suas raízes fortemente fixadas à realidade física. Tudo que foge à visão linear de realidade tende a passar pelo crivo da análise científica, até o "veredito" final.
Um exemplo são as experiências citadas anteriormente, que podem ser autênticas à medida que entendemos ou cremos que a vida não termina com a morte do corpo físico. Experiências que são explicadas pela ótica científica como alucinações decorrentes de um quadro clínico demencial ou de um quadro clínico de fragilidade física e mental em decorrência de uma enfermidade. Portanto, ao ver ou falar com alguém que não existe no campo visual de outras pessoas que estão próximas, é suficiente para o parecer científico de fraqueza orgânica ou demência associada a surto esquizofrênico.
Não nos damos conta, por exemplo, que a vida inteligente segue um curso naturalmente interdimensional e que as emoções e os sentimentos humanos não fazem parte do corpo físico do indivíduo. Quando termina a sua fase de vivência materializada, ele leva consigo somente a sua essência carregada de sentimentos e emoções.
Situação que encontramos amplamente entre os vivos, e que se manifesta nas suas mais variadas formas. Como, por exemplo, quando emocionados, recebemos familiares que passaram um longo tempo distante da família. Então, por que que em relação aos entes queridos que se encontram no plano espiritual seria diferente, se aquilo que sentimos pelo outrem independe da dimensão física para se expressar?
Nas experiências regressivas de memória, geralmente, ocorre um intenso fluir natural de energias acumuladas durante as muitas vivências do indivíduo. Vidas repletas de situações em que o sentimento é a linguagem da alma.
Nas reuniões mediúnicas das casas espíritas, igualmente, é intenso o fluxo de energias relacionadas a sentimentos e emoções de espíritos que se reencontram pelos laços de amor ou pelo vínculo da vingança e do ódio.
Infelizmente, a nossa compreensão científica da linguagem da alma termina no momento em que rompem-se os laços do corpo com a dimensão física. A partir daí, somos náufragos do conhecimento, perdidos no oceano do desconhecido. Tudo porque a cultura da visão unilateral nos impede de seguir em frente nas águas profundas do descobrimento de si mesmo.
Portanto, precisamos avançar e apurar a nossa percepção sobre aquilo que muitas vezes presenciamos, mas que por uma questão de medo, tabu ou preconceito, acomodamos o raciocínio de uma forma que a dúvida ou o questionamento não nos perturbe.
Conheço uma família de dez pessoas em que seis irmãos e a mãe são portadores de sensibilidade suprasensorial. É a família da doméstica que trabalha na minha residência. Sou padrinho de duas crianças de dez e doze anos. Os afilhados e mais quatro irmãos veem, ouvem e falam com espíritos. E alguns ainda preveem acontecimentos. No entanto, todos têm medo e tentam evitar o inevitável, ou seja, o confronto com a realidade interdimensional de suas próprias experiências.
No passado, o terreno onde essa família reside foi local de prática de magia negra. Então, é de se imaginar -através de um olhar interdimensional- o que estas pessoas experenciam dentro de seu próprio lar. Ultimamente, tenho trabalhado no sentido de ajudar estas crianças, adolescentes e adultos a compreender e a administrar melhor as suas experiências. Ao mesmo tempo em que a depuração de energias que lá se encontram faz-se necessária para que a paz envolva aquele ambiente de convívio familiar.
Como afirmou o filósofo e cosmólogo Pierre Teilhard de Chardin: "Somos seres espirituais passando por uma experiência humana", podemos também afirmar que os irmãos que se encontram na dimensão extrafísica, são humanos com seus sentimentos e emoções que retornaram à condição espiritual.
É a realidade interdimensional da natureza humana que se manifesta em diversas situações, principalmente nos momentos vitais em que a tênue linha que separa as duas dimensões -como a proximidade do desenlace físico- propicia o reencontro de entes queridos sintonizados pela energia do bem-querer.
Texto revisado
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Vidas Passadas clicando aqui. |