Em busca do desconhecido
Atualizado dia 27/08/2014 11:48:57 em Vidas Passadaspor Flávio Bastos
Novas descobertas das últimas décadas fizeram a Física, a Química, a matemática, a Biologia e as Ciências Médicas darem um salto evolutivo sem precedentes na história da humanidade. No panorama científico, de um lado temos as ciências humanas, de outro lado, as ciências exatas. Mas será que a ciência como um todo evoluiu no sentido de sua exatidão, ou falta ao homem apurar a sua percepção na direção de um conhecimento que confirme ou não tal afirmativa? O conhecimento considerado exato limita-se à forma como interpretamos o universo, ou seja, as ciências exatas tornaram-se dependentes de uma visão unilateral que temos da existência humana inserida neste universo? São questionamentos que merecem respostas bem elaboradas.
Ao longo dos séculos, filósofos, cientistas e estudiosos da psique humana buscaram o conhecimento através de estudos, invenções e descobertas que acrescentaram qualidade à vida em sociedade. No entanto, apesar do progresso material, não houve uma conexão científica que aliviasse a sensação de angústia existencial do homem moderno. São conhecimentos que evoluem isoladamente com restritas áreas de afinidade ou interconectividade que ainda não levaram o homem a formar uma visão de conjunto ou unidade cósmica.
Nesta direção, tivemos a contribuição de algumas mentes brilhantes e visão expansiva como Ptolomeu, Nicolau Copérnico, Aristóteles, Galileu-Galilei, Isaac Newton, Johann Kepler, Albert Einstein, Carl Gustav Jung, Brian Weiss, Carl Sagan e Stephen Hamking, entre outros. Porém, foram Einstein, Jung e Weiss que mais se aproximaram do ponto de intersecção interdimensional entre as dimensões física e transcendental do homem.
No final de sua vida, numa carta enviada ao filósofo Gutkind, Albert Einstein afirmou: "Eu não acredito num Deus pessoal, nunca neguei isso, mas expressei de forma clara. Se algo em mim pode ser chamado de religioso, é minha ilimitada admiração pela estrutura do mundo que nossa ciência é capaz de revelar". Afirmação que afiniza com a sua célebre frase: "A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia".
As inúmeras entrevistas concedidas por Carl Jung causavam indagações, pois ele sempre era categórico em dizer que apenas a consciência humana revelava Deus como fato. As experiências de Jung indicavam que há um arquétipo de completude nas profundezas do inconsciente coletivo da psique/alma que se manifesta em sonhos e outras energias que rivalizam com a consciência.
Brian Weiss, psiquiatra norteamericano, que com a Terapia de Vidas Passadas expandiu o conhecimento além da vida intrauterina, sintetiza o amor como a energia que conecta todas as coisas e pessoas: "O amor é a energia mais fundamental, é a essência de nosso ser e do universo. É o amor que une e conecta todas as coisas e pessoas. O amor é mais que um objetivo, mais que um combustível, mais que um ideal". Em uma de suas obras, ao conectar o seu pensamento ao pensamento de Einstein, Weiss usa a citação do físico, que revela a sua visão expansiva e interconectada da vida: "O ser humano é parte de um todo que chamamos de universo, uma parte limitada no tempo e no espaço. A pessoa experimenta a si mesma, seus pensamentos e sensações como algo separado do restante. Trata-se de uma ilusão de ótica de sua consciência. Essa ilusão nos aprisiona, limitando-nos a nossos desejos individuais e sentirmos afeto apenas pelas pessoas mais próximas. Nossa tarefa deve ser libertar a nós mesmos dessa prisão, alargando nosso ciclo de compaixão para podermos abraçar todos os seres viventes e a natureza inteira".
É possível que Einstein, Jung e Weiss, entre outros, tenham nos indicado a pista a ser seguida pelos filósofos, estudiosos da psique e cientistas do século vinte e um em diante. Pista, que há cerca de trinta anos me foi revelada diante de um padre que palestrava durante um cursinho preparatório para o batismo do primeiro filho. A mensagem que surgiu do "nada" e intuiu-me que deveria entregar ao sacerdote, registrava o seguinte: "Padre, Deus é a única ciência verdadeiramente exata, e o caminho é a consciência".
Esta mensagem recebida, não por acaso, marcou a minha vida a ponto de influenciar-me até hoje nos meus estudos, formações e prática profissional. Percebo, cada vez mais em seu conteúdo, uma perfeita conexão -ou sintonia- entre a ciência e a natureza transcendental do homem. Conexão que representa a "pista" indicada pelos estudos descritos no parágrafo anterior, e que cobra firmeza de propósitos para aqueles que seguirem-na em busca de novos conhecimentos. Nesta direção, acredito que estejamos mais próximos de uma revelação científica -parcial ou total- sobre Deus. No entanto, para chegarmos a este propósito, acredito que precisamos nos despojar do orgulho para que alteremos a visão unilateral da existência humana que ainda persiste no meio científico e acadêmico.
Neste sentido, a atual fase de transição energética, que experienciamos, estimula-nos à conexão consigo próprio, com o outrem e com todas as coisas que formam o universo. Fase na qual a percepção humana torna-se mais apurada no sentido de estabelecer conexões entre as diversas áreas do conhecimento, inclusive, entre as dimensões que envolvem a natureza humana. É fase de seguirmos o caminho da consciência rumo ao desconhecido, em busca da "ciência" verdadeiramente exata.
Texto revisado
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Vidas Passadas clicando aqui. |