Estação terminal
Atualizado dia 4/30/2010 10:05:44 PM em Vidas Passadaspor Flávio Bastos
A frase crística nos exorta a perceber o equilíbrio natural com o olhar do amor. Cristo, ao proferir essa frase, convida-nos a viver a vida numa relação simbiótica com a natureza como referencial de harmonia e crescimento.
Com o advento da moderna tecnologia que acelera o ritmo de vida e que progressivamente nos afasta da linha natural observada como opção saudável de vida, a frase de Jesus ressurge com toda a sua intensidade e significado, alertando-nos que desenvolvimento tecnológico sem consciência ecológica não combina com equilíbrio natural.
No entanto, a vida sobre o planeta Terra, segue o seu curso conforme o homem traça no presente, a linha de seu destino. Depredadores, indiferentes ou apaixonados defensores da natureza, seguem juntos no trem do futuro, embora cada um viaje em vagão separado...
No vagão dos depredadores, segue-os a sintonia da violência e da ignorância. Os indiferentes convivem com a inércia existencial, sintonia que os acompanha há muito tempo. E os defensores da natureza, acompanhados da percepção que encherga o "jogo" do equilíbrio/desequilíbrio e da harmonia/desarmonia natural a que estamos todos sujeitos nessa longa jornada.
Somos criaturas inteligentes criadas pela Harmonia Universal, que idealizou no processo evolutivo do ser, o caminho para a perfeição. Caminho que passa pela Leis Naturais que regem esse magnífico contexto cósmico, repleto de lógica e coerência na sua simbiótica relação.
O homem, no entanto, cada vez mais afastado dessa simbiose, divide-se em três categorias que ocupam os vagões do trem do futuro. Quantos chegarão ao fim da viagem ou ficarão pelo caminho, perdidos em uma estação do tempo passado?
Contudo, como um feixe de luz que ilumina as consciências humanas, segue a frase crística como referência de lucidez e equilíbrio para aquele que deseja crescer de uma forma íntegra e natural...
"Olhai os lírios do campo!" é Luz que tem sobrevivido às covardes agressões ao ambiente natural. É farol que tem afastado as sombras da ignorância e orientado as consciências mais lúcidas sobre a necessidade da luta pela preservação da vida no planeta Terra.
E o trem do futuro segue a sua viagem. Mas qual vagão ocupar? O espaço reservado aos alienados ou o espaço reservado aos lúcidos e perceptivos? Temos uma certeza: a passagem será cobrada no final da viagem - a estação terminal - e cada bilhete terá o seu justo preço!
Nunca é tarde para despertar e resgatar valores adormecidos na consciência. "Olhai os lírios...", significa despertar, abrir os olhos de ver uma realidade inserida em outra realidade. Desenvolver a sensibilidade que encontra-se embotada no coração, mente e alma. Perceber o perfeito equilíbrio que existe nos ciclos da natureza a qual estamos umbilicalmente ligados.
A mãe-Terra é o nosso lar, a nossa casa, a nossa proteção e acolhimento. Sem o seu abrigo e calor, estaremos órfãos de seu referencial de equilíbrio e, possivelmente, desesperados em busca de proteção, o que seria um impressionante contra-senso de características genuínamente humanas...
O trem do futuro segue a sua jornada. Já decidimos em qual vagão embarcar? A próxima parada... ano 2012, período de ocorrência de coincidentes profecias em relação a importantes mudanças previstas para o planeta e seus habitantes. Será verdade ou devemos "dar de ombros" como se as profecias e as previsões científicas nada significassem para nós?
Sem definitivas respostas, a máquina avança incólume, resoluta, rumo à ultima estação, parada e descida obrigatória para todos os seus ocupantes. Porém, entre uma estação e outra dessa longa viagem, as portas internas abrem-se para aqueles que desejam trocar de vagão. Troca que representa alteração de sintonia consciencial...
Sintonia que nos dá o direito natural de perceber muito além da obviedade sensorial ligada à dimensão da matéria. Sintonia que percebe entre "os lírios do campo", a energia do amor que alimenta o ciclo ecológico terreno e une o homem a um fio da imensa rede de interconexão universal.
Ultima curva, o trem sacode. Ouve-se um longo apito e o ranger das ferragens da máquina que para. É o final da viagem... e descida obrigatória na estação terminal. Uma cena fictícia, mas que representa nós diante de nós mesmos, ou seja, o indivíduo diante do tribunal de sua própria consciência.
Sentiremos nesse momento derradeiro, o perfume dos lírios levado pela refrescante brisa que sopra do campo?
Ainda é tempo: olhe os lírios do campo... sinta o seu perfume e inspire-se neles, porque há sempre a chance de cultivarmos o belo, o frutífero, o substancial e o edificante em nossas vidas.
Psicoterapeuta Interdimensional.
flaviobastos
Texto revisado
Avaliação: 5 | Votos: 6
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Vidas Passadas clicando aqui. |