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Inestimáveis tesouros

Atualizado dia 15/11/2010 18:18:21 em Vidas Passadas
por Flávio Bastos


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Um conto budista, intitulado O eremita e a ambição, informa-nos que na China antiga, um eremita meio mágico vivia numa montanha. Um belo dia, um velho amigo foi visitá-lo. Senrin, muito feliz por recebê-lo, ofereceu-lhe um jantar e um abrigo para a noite. Na manhã seguinte, antes da partida do amigo, quis ofertar-lhe um presente. Tomou de uma pedra e, com o dedo, converteu-a em um bloco de ouro puro. O amigo não ficou satisfeito. Senrin apontou o dedo para uma rocha enorme, que também se transformou em ouro. O amigo, porém, continuava sem sorrir. Que queres, então? Indagou Senrin. Respondeu-lhe o amigo: Corta esse dedo, eu o quero!

É o ouro que reluz? Não é! É o diamante que brilha? Também não é! O que é, então, que reluz, brilha e vale mais que os preciosos tesouros da Terra?

A ambição acompanha o homem desde tempos imemoriais, e muitas vezes,  em busca do enriquecimento material a qualquer custo, nos perdemos nos nebulosos atalhos da existência. Desorientação provocada pela perda ou desconhecimento de valores essenciais à evolução do espírito.

Envolvidos nesse processo alienado e de caráter obsessivo, direcionamos a nossa vontade e escolhas para um único objetivo: fazer fortuna, ou seja, tornar-se uma pessoa possuidora de bens e demais riquezas materiais que satisfazem os desejos do ego.

No entanto, obrigados a lidar com as perdas da vida, que não são poucas, somos impelidos a penetrar no "imponderável" que é o lado desconhecido de nossa existência. Nessa direção, a tentativa de descobrirmos tesouros não materializados, leva-nos à necessidade de procurá-los através do único caminho viável: o autoconhecimento. Processo que exige a difícil tarefa de encontrarmos riquezas ainda inatingíveis...

Historicamente,  na luta interna entre o ter e o ser, ou entre o apego e o desapego, experenciamos sentimentos negativos da natureza humana, que tem sido motivo de atraso no nosso processo de evolução espiritual.

Em meio à essa crise de identidade entre o eu inferior e o eu superior que acompanha-nos durante sucessivas reencarnações, nos tornamos, geralmente, indivíduos ricos empobrecidos ou indivíduos pobres enriquecidos de valores espirituais. E o conflito interno permanece até o momento em que despertamos para o equilíbrio de nossas necessidades fundamentais entre o ter e o ser.

Inestimáveis tesouros, portanto, representam as nossas conquistas baseadas em valores verdadeiros, que podem ser adquiridos com a consciência de equilíbrio entre as necessidades de origem material e espiritual.

Nesse lúcido jogo de crescimento equilibrado entre o ter-material e o ser-espiritual, a honestidade surge como imprescindível elo de ligação entre os dois polos da potencialidade humana, sendo a integridade de caráter o desafio mais difícil a ser conquistado pelo ser inteligente.

Tesouro de brilho real e verdadeiro à luz da espiritualidade superior, o homem de caráter íntegro brilha muito mais que os mundanos tesouros da Terra. Brilha intensamente porque tornou-se um vencedor se si mesmo ao eleger o eu superior como guia de sua jornada evolutiva...

Portanto, descobrir tesouros escondidos em nós mesmos é o desafio que nos aguarda a cada oportunidade reencarnatória. E o mapa do tesouro começa a ser desenhado à medida que avançamos no compasso do autodescobrimento.

Conquistar tais tesouros significa encontrar a cura de nossos males através da conscientização de que para curar os efeitos que se materializam em nosso corpo físico. É preciso eliminar as suas causas que trazemos conosco há muito tempo.

Tesouros eternos que não pertencem ao rol das conquistas efêmeras, nos aguardam para serem os seus segredos revelados, fazendo-os resplandecer em nossos corações como o cintilar de uma jóia de rara beleza, porque raros são os que brilham além do apego à bens materiais, que traz em seu rastro a vaidade, o orgulho e o egoísmo.

Somos seres criados para brilhar, mas para tal, precisamos lapidar a pedra preciosa que encontra-se ainda bruta no confuso emaranhado de influências materialistas. Diamante eterno que necessita de claridade para expandir a própria luz à dimensões até então inimagináveis.

Sois Deuses! Afirmou Jesus Cristo, referindo-se ao fantástico potencial que permanece escondido em nós mesmos. Potencial repleto de inestimáveis tesouros que precisam ser descobertos e elevados à luz da consciência.

flaviobastos
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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
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