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Interferências indesejadas

Atualizado dia 20/03/2009 22:00:45 em Vidas Passadas
por Flávio Bastos


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"Pai, fonte de amor, justiça e verdade. Jesus Cristo, nosso exemplo maior e iluminado caminho..." 

O pensamento humano é uma energia que viaja pelo universo afora. Porém, não completamente livre como imaginamos, porque a sua sintonia pode ser captada por outras sintonias que estejam na mesma frequência da origem, ou seja, no mesmo nível de afinidade psíquico-espiritual.

Portanto, cuidado com a forma como você projeta a sua sintonia no cotidiano da vida, em momentos especiais de relaxamento mental através de técnicas autodidatas ou por intermédio de técnicas de comunicação telepática de procedência suspeita.

A prática espírita orienta-nos no sentido de que antes de liberarmos a energia mental em forma de pensamento, devemos elevá-lo numa prece espontânea dirigida a Deus, a Jesus Cristo e a outras referências que considerarmos importantes no momento da concentração. Este simples procedimento, no início da nossa concentração mental, já é o suficiente para proteger-nos de entidades espirituais oportunistas.

No entanto, se nos encontramos desarmonizados, principalmente em razão de desequilíbrios emocionais que alteram o nosso nível vibratório, tornamo-nos presas fáceis nas "mãos" de entidades que buscam diversão, podendo iniciar por intermédio deste contato energético, um processo obsessivo de consequências imprevisíveis.

CASO CLÍNICO

Lúcia era uma mulher que padecia de constantes crises depressivas em decorrência de uma baixa auto-estima originada na difícil relação com o seu pai atual e que fora seu marido em vivência passada, conforme informou-nos a sua experiência regressiva.

As suas experiências amorosas, pelo fato de transferirem para essas relações o conflito não resolvido na relação com a figura paterna, foram frustrantes, a ponto de Lúcia isolar-se da vida social no sentido de evitar a repetição de experiências que a traumatizaram, mas alimentando dessa forma, o seu histórico sentimento de rejeição e abandono.

Porém, além de sua mãe, existia uma referência afetiva em sua vida. Era um homem mais velho que ela relacionara-se durante um curto espaço de tempo e que havia em parte, suprido a sua necessidade de carinho, afeto e amor. Este homem, portanto, tornara-se para Lúcia uma pessoa inesquecível sob o ponto de vista afetivo.

E foi em uma de suas crises depressivas de fundo emocional, na tentativa de contatar com esse homem que ela amou e ainda amava, mas que encontrava-se a milhares de quilômetros de distância, que Lúcia resolveu abrir a sua mente através do que denominara comunicação telepática.

Com o passar dos dias, conforme relatara, a conexão telepática entre ambos havia obtido o sucesso desejado por ela, tanto que o contato mental era comparado a uma conversa virtual pelo MSN.

Passaram-se dois meses desde que havia iniciado o contato telepático por iniciativa de Lúcia. No início do mês seguinte, dia do aniversário dele, ela teria uma confirmação de que realmente eles estavam telepaticamente se comunicando, ou experenciaria uma nova desilusão amorosa em sua vida. No entanto, para Lúcia, a experiência era quase uma certeza, pois sentia-se correspondida em relação às mensagens carinhosas que dirigia ao seu amado.

Quase sem perceber, chegara o dia "D" em que Lúcia, esperançosa, havia dirigido a ele no dia de seu aniversário, uma mensagem especial cujo conteúdo revelava todo o amor que ela ainda tinha por ele. Ao mesmo tempo que, telepaticamente, informou-lhe que lhe enviaria um bouquet de flores e e-mails (como de fato enviou), e que faria um contato telefônico (como de fato fez) na tentativa de reatar laços de amor que ficaram no recente passado.

No entanto, para desespero, perplexidade e nova decepção de Lúcia, todas as tentativas "reais" fracassaram. Imperou por parte de sua referência amorosa, o absoluto silêncio: nem um e-mail, um telefonema atendido ou um agradecimento pelas flores enviadas no dia de seu aniversário.

COMENTÁRIO

A experiência, infelizmente, retrata um caso de obsessão espiritual por uma entidade oportunista, que aproveitando-se da fragilidade emocional que Lúcia emitira em forma de pensamento obsessivo, sintonizara na mesma frequência da origem,  e fazendo-se passar pelo seu amado, correspondera-se com ela através de pseudomensagens telepáticas. Lúcia, na realidade, criara uma fantasia e a entidade soube muito bem aproveitar-se da oportunidade via sintonia do pensamento.

A experiência está sendo tratada com os cuidados que necessita dentro do enfoque psicoterapêutico interdimensional.

OBSERVAÇÃO: o verdadeiro nome da pessoa foi preservado.

Psicanalista Clínico e Interdimensional.
flaviobastos


Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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