Intolerância
Atualizado dia 7/23/2012 4:58:17 PM em Vidas Passadaspor Flávio Bastos
Não foi por acaso que a natureza nos criou diferentes uns dos outros. A começar pela impressão digital que distingue-nos como individualidades únicas no mundo. A nossa essência, ou seja, o espírito, também é uma identidade única e intransferível. E assim somos nós, semelhantes mas não iguais.
Quando nos tornamos seres preconceituosos, intolerantes com o outrem, revelamos a nossa ignorância a respeito da natureza humana. Portanto, um desconhecimento a respeito de si mesmo inserido em um contexto heterogêneo e desigual que representa a situação de cada indivíduo e seu histórico de muitas vivências na dimensão física.
A intolerância reúne o que o ser humano tem de mais desumano na sua visão de vida e sociedade, pois reproduz através de pensamentos e atos o que os nossos ancestrais já praticavam em forma de atrocidades contra aqueles que consideravam diferentes de si mesmos.
Neste sentido, aprendemos pouco com o passar dos séculos. Não aprendemos, por exemplo, que a diferença é inerente à condição humana, e que magoar, ferir ou matar não vai resolver o problema de uma minoria ou de uma maioria de pessoas, porque -como ocorreu na época da Inquisição medieval- sempre haverá alguem que pense, fale ou haja diferentemente desta minoria ou maioria que cultiva a mesma ideologia e que tenta se portar como se a humanidade fosse homogênea.
As ilusões em forma de ideologias encontram-se espalhadas pelo mundo à fora, a gerar obsessões individuais e coletivas que produzem atos de violência implícita ou explícita.
Como dizia Mahatma Gandhi: Se você quer ver a mudança no mundo, comece essa mudança em si mesmo! Isto é, a transformação a partir de um coração em processo de pacificação interior e uma mente com um melhor nível de percepção de si próprio, do outrem e do significado da vida no contexto das reencarnações.
Ilude-se aquele que debocha, humilha, fere ou mata em nome de uma pseudo-superioridade ideológica, pois a sua atitude revela a distância que o mantém afastado das coisas belas e saudáveis que a vida oferece a quem "tem olhos de ver e ouvidos de ouvir" além do mundo de aparências.
Ilude-se aquele que, ostentando o poder, "lava as suas mãos" diante das injustiças e intolerâncias sociais, porque enganar o outrem é antes de mais nada enganar a si próprio.
O exercício da tolerância deve iniciar no ambiente mais adequado aos aprendizados da criança: a família. É através do exemplo parental que o indivíduo consegue alterar para melhor os traços de caráter que traz de outras vidas. Portanto, aprender a respeitar as diferenças é um dos maiores legados que os pais -ou substitutos- podem deixar aos seus filhos. Pois, agindo desta forma, estarão contribuindo para que as próximas gerações da família vislumbrem um mundo melhor para todos.
Quando o homem despertar para os verdadeiros valores da vida, ele compreenderá o significado das diferenças que começam na família e se multiplicam pelo mundo e pelo universo. Somente, então, dará um tempo ao imediatismo de sua existência para refletir sobre a mensagem de Gandhi e de outros espíritos iluminados que deixaram as suas marcas em nossas consciências. Pistas que revelam um fantástico potencial ainda inexplorado.
Texto revisado
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Vidas Passadas clicando aqui. |