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Não me teste porque posso errar

Atualizado dia 22/11/2012 11:43:30 em Vidas Passadas
por Maria Silvia Orlovas


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Estava me lembrando da adolescência, quando o tempo todos testávamos nossos amigos, namorados. Às vezes, fazíamos perguntas ou até mesmo afirmações apenas para ver o que a pessoa respondia. E muitas vezes nos decepcionávamos muito com a reação das pessoas.

Em outras situações, não falávamos nada esperando que o outro notasse a nossa existência, oferecesse carinho, ou ajuda. E também, nesses casos, havia muita decepção porque quase sempre as pessoas não percebiam a nossa dor da forma que queríamos que acontecesse.

Quanto tempo perdido, quanta emoção desnecessária e quanto arrependimento. O impressionante é ver pessoas maduras fazendo joguinhos infantis, querendo nos manipular, procurando provocar respostas! Isso é muito triste e muita gente não nota que tem esse tipo de comportamento.

Recebi Rosane exatamente nesta sintonia. Moça bonita, com duas faculdades e, apesar disso, ainda estava totalmente presa à adolescência. Fazia de tudo para chamar a atenção do marido e da família. Criava doenças, e às vezes se sentia mal de verdade porque era tão carente, e sem amor-próprio que achou, nesse tipo de manipulação, uma linguagem distorcida para chamar a atenção das pessoas.

Quando chegou até a mim já tinha pulado de terapia para terapia. Percebi que todas as vezes que as pessoas a chamavam para crescer e assumir responsabilidade sobre sua vida, ela ia embora, decepcionada porque a outra pessoa não resolveu seus problemas.
A sessão de Vidas Passadas mostrou histórias de abandono, onde a condição de vítima era muito forte. O que de forma viciosa, ela repetia hoje, mesmo na vida atual tendo todas as oportunidades de fazer diferente. Sua mente estava viciada nessa leitura triste da vida. Então, nada funcionava. Já havia estudado, era casada, tinha filhos lindos. Mas o vazio e a mente presa a esta dor criavam um mundo muito triste para ela.
Expliquei que era preciso fazer um tratamento mais profundo e sair da condição aprisionante da vítima. Pois se um dia ela foi abandonada, tinha um motivo. Mas aceitar a força, a mudança, assustava Rosane que preferia ficar recebendo atenção em seus mil tratamentos.

É muito triste ver gente inteligente, bonita, cheia de potencial agindo assim. Acho muito saudável verbalizar para as pessoas o que pensamos, mesmo que tenhamos que ser políticos, falar com calma, com respeito, encontrando caminhos corretos para se colocar. Mas, uma vida sem exposição ao erro, nunca apresentara bons resultados. Precisamos correr riscos. Mas quando se trata de relacionamentos, melhor não ficar testando, porque a chance do outro errar é muito grande; melhor pedir ajuda quando necessário, falar o que está pensando na hora certa.

Sugeri a Rosane que ela começasse a falar abertamente para as pessoas o que esperava delas, que não se escondesse do erro não se posicionando. Pois ela tão presa ao vitimismo, começava apresentar sintomas da síndrome do pânico, o que mostrava que estava piorando. Porém, melhorar dependeria dela, de atitudes bem práticas para mudar sua vida. Ficar bem, no caso dela, dependia principalmente de abrir mão dos joguinhos, e de se expor mais e até de correr mais riscos.
Sei que a vida é sabia, e que se por acaso, minha cliente não fizer esse caminho positivo de cura, com certeza, será levada a mudar de qualquer outra forma. Mas melhor aprender por bem, não é?

O medo de errar, de se expor, tem também um orgulho misturado com mil outros sentimentos que precisam ser tratados. Afinal, para acertar é preciso correr riscos, e a vida não é um teste com vencedores e perdedores. A vida é uma dádiva divina com eternas chances para acertar. E até nos erros encontramos importantes recompensas.

Vamos na luz!

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Conteúdo desenvolvido por: Maria Silvia Orlovas   
Maria Silvia Orlovas é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores.
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