Nos bastidores da doença
Atualizado dia 06/12/2012 00:10:47 em Vidas Passadaspor Flávio Bastos
Desde o seu surgimento na face da Terra, o homem sofre com as consequências das doenças denominadas "físicas e mentais". Através dos tempos, aprendemos a associar doença com risco de vida ou com a morte, que em algumas regiões do planeta é sinônimo de medo ou sofrimento.
Atualmente, convivemos com a enfermidade que provoca sofrimento ao seu portador e efeitos colaterais a familiares e amigos. Desta forma, multiplicam-se aos milhões os casos geradores de angústia, desespero ou resignação, sem encontrarmos uma explicação plausível para a experiência de dor individual ou coletiva.
A medicina evolui, mas continua tratando o efeito da doença sem se aprofundar na investigação de sua causa. A psicologia progride, mas ainda não encontrou a saída do labirinto da alma separada do corpo físico. No cenário mundial, aumentam, consideravelmente, os casos de bipolaridade, depressão e doenças de difícil diagnóstico, sem se chegar a uma explicação científica para o surgimento em massa de tais fenômenos.
No entanto, se olharmos "com os olhos de ver além das aparências", observaremos que nos bastidores das doenças que se apresentam no palco da vida, existe um considerável número de vícios de comportamento que trazemos de muitas vivências no corpo físico. Vícios gerados por escolhas que nos prendem a processos obsessivos de natureza psíquico-espiritual.
Velhos conhecidos do homem, o egoísmo, o orgulho, a prepotência, a ganância, entre outros, encarregam-se de manter o indivíduo enquadrado a um padrão comportamental que não sofre alteração com o passar dos séculos, onde a maledicência finca raízes e estabelece o seu domínio.
Subjugados pela densa energia que os envolve, muitos indivíduos continuam no mesmo padrão de escolhas, sem encontrarem a saída dos ciclos viciosos que tornaram-se as suas existências.
Por outro lado, existe o medo de inovar, de renovar-se, de expandir a consciência além do "eu e as mazelas do meu mundo". Atrelado à mesmice de vidas em sequência, o indivíduo sofre consequências de seus atos porque provocou sofrimento no outrem com as suas escolhas do passado.
Um recente caso de regressão chamou-me especial atenção pelo fato da pessoa ter acessado duas vivências usando o livre-arbítrio de forma irresponsável e inconsequente para si própria ou para o outrem, sendo que, no final da experiência regressiva ela recebeu de seu mentor espiritual a orientação de que deveria praticar na vida atual o sentimento de compaixão.
O "remédio" da compaixão, indicado pelo espírito mentor da pessoa no final da sessão regressiva, seria a solução para um caso de "colecionismo patológico" do qual ela é portadora?
Ao buscarmos respostas, verificamos que nos bastidores de sua doença, a investigação interdimensional revelou as profundas causas de sua obsessão atual, ou seja, o ódio que ela sente de mendigos nesta vida porque fora maltratada por eles quando era uma mendiga órfã em outra vida. A freira que fazia falsas denúncias a um padre inquisidor, com o qual mantiñha uma relação íntima e dividia os bens confiscados das vítimas que eram torturadas ou mortas pela Inquisição. E, por último, uma dama da corte francesa que teve uma vida frívola, de aparências e alienada dos problemas sociais, e que odiava os pobres.
Se analisarmos o perfil psíquico-espiritual da mesma e associarmos estas características ou traços ao conteúdo regressivo de memória das três vivências, chegaremos à conclusão de que a cura de seu desequilíbrio psíquico-espiritual, denominado pela ciência de colecionismo patológico, encaixa-se perfeitamente no âmbito do sentimento de compaixão, que, pela sua amplitude, envolve algumas qualidades do espírito depurado da densa energia, como a simplicidade, a tolerância e a benevolência.
Portanto, o resultado da experiência regressiva de memória, associada ao contato espiritual de seu mentor, fez a pessoa despertar para um sentimento chamado compaixão. Fez também ela ver a sua vida atual por outro ângulo, o ângulo da verdade escondida nos bastidores do desequilíbrio psíquico-espiritual do qual ela é portadora.
Estimulou-a a reiniciar o curso de Apometria Quântica e a trabalhar com o Reiki no atendimento voluntário da casa espírita que frequenta. Motivou-a a abrir a sua mente e o seu chacra cardíaco para a heterogeneidade humana. A ser mais tolerante e compreensiva com as limitações das pessoas com as quais convive, e a perceber que a sua experiência de sofrimento não é nada se comparada ao sofrimento que proporcionou ao outrem na vida em que era uma freira. Mas, acima de tudo, inclusive do seu próprio passado, aprendeu que com a prática da compaixão em sua vida atual, beneficiará a si mesma e ao semelhante através do exercício do amor incondicional, o único remédio sem prazo de validade que cura as dores do corpo e da alma.
Texto revisado
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Vidas Passadas clicando aqui. |