O aborto na regressão de memória
Atualizado dia 11/2/2011 10:17:40 AM em Vidas Passadaspor Flávio Bastos
Ricardo é filho único e perdeu o pai quando tinha oito anos de idade. Homossexual assumido, mantém um relacionamento homoafetivo estável. Porém, recentemente iniciou um tratamento químico-psiquiátrico devido aos sintomas da síndrome do pânico.
Após algumas sessões de psicoterapia de orientação psicanalítica que evidenciou a falta da figura paterna na infância, associada à sua morte, perda não superada por Ricardo, fomos para a experiência regressiva com o objetivo de anexarmos mais informações de seu passado.
No processo regressivo, Ricardo acessa uma situação em que sente rejeição por parte da mãe que identifica como sendo a sua mãe atual. Percebe-se em local apertado, incômodo e escuro. De repente, sente dor física e percebe que está sendo sugado daquele lugar. Um intenso sentimento de rejeição representa o sofrimento psíquico que ele experencia naquele momento de indescritível dramaticidade.
Finalizada a experiência regressiva, Ricardo, ainda emocionado, consegue relatar detalhes dos últimos momentos no útero materno, quando foi retirado em decorrência da prática do aborto. Fato que ele não sabia, mas que foi confirmado pela sua mãe.
COMENTÁRIO
A síndrome do pânico, associada a lugares fechados, o sentimento de rejeição e a baixa auto-estima, foram peças de um quebra-cabeças psíquico que juntaram-se após a experiência regressiva de Ricardo, revelando a origem de seu sofrimento psíquico. A experiência regressiva também revela que o mesmo espírito reencarnou no útero da mesma mãe que o havia rejeitado através da prática abortiva.
Nas sessões que seguiram à regressão de memória, Ricardo encontrou uma certa dificuldade em processar internamente a experiência. Mas com persistência e discernimento, conseguiu um melhor nível de lucidez em relação aos motivos que o levaram à psicoterapia interdimensional. E o maior ganho de Ricardo foi o de não se sentir mais vítima de uma situação, à medida que sentiu-se aliviado da sensação de sufoco em lugares apertados e emitiu sinais de superação da perda do pai na infância.
Foi um caso repleto de ingredientes psíquicos que envolveu a natureza transcendental do homem, e cujo efeito revelou a causa que encontrava-se encondida em um trauma do passado.
No final, todas as peças do quebra-cabeças psíquico de Ricardo foram reunidas para que ele pudesse elaborar a sua cura interior, ou seja, o ponto de equilíbrio vital.
A mãe, que outrora o rejeitara, hoje é uma mãe amorosa e dedicada. Ele, um jovem adulto à procura de auto-afirmação e de afirmação em um contexto profissional competitivo e, às vezes, desumano.
Contudo, mais fortalecido internamente, sente-se em condições de enfrentar os desafios que a vida oferece. Para isso, está trabalhando e retornou aos estudos na faculdade.
Consegue lidar melhor com a sua sensibilidade e com as suas relações afetivas. Embora ainda em fase de elaboração do material psíquico que emergiu à luz da consciência, percebe-se em Ricardo, um melhor nível de autoconhecimento.
Com a apresentação deste caso, que envolve uma polêmica mundial e que é tabu mesmo entre os psicoterapeutas, espero ter contribuído para uma melhor reflexão sobre o aborto no âmbito de sua interdimensionalidade.
OBS: o verdadeiro nome da pessoa foi preservado.
Texto revisado
Avaliação: 5 | Votos: 17
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Vidas Passadas clicando aqui. |